terça-feira, abril 29, 2014

meu primeiro cartão


Escolher é sempre um desafio e este texto que apresento foi escrito durante minha graduação em psicologia e trata sobre as escolhas humanas na visão da Gestalt-terapia. 

Liberdade ou Desespero: A Escolha Sob o Olhar da Gestalt-terapia
Roseli Batista Sousa Barbosa de Araújo
Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Na perspectiva existencialista a escolha é um presente dos deuses aos humanos que tanto pode ser benção quanto maldição, ao carregar em si a liberdade e a responsabilidade diante da qual ninguém pode se evadir, colocando na sorte ou nos outros, a culpa por suas desventuras. E dentro desta ótica, o decidir torna o ser humano responsável pelo que é, e mesmo quando não é aquilo que deseja, sempre é o resultado de suas escolhas (Sartre, 1970; Cardella, 2002: Manniom, 2005).
Angerami (1950) coloca que na percepção dos existencialistas a angustia é o “holo” da existência humana, é companheira eterna e interna de cada ser. E sendo o existir marcado por um emaranhado de situações escabrosas, só poderá se revestir de sentido na medida em o ser humano compreender que é livre para fazer suas escolhas ao mesmo tempo em que é responsável por elas.
Diante da liberdade de escolha o ser humano se angustia, contudo, sendo o detentor da primazia de acordo com a filosofia humanista, é superior aos animais ao se inquietar diante das suas realidades pessoais, ao viver em um constante estado de busca, condição que muitas vezes o leva ao desespero e faz com que almeje sempre superar-se e ir além (Kierkegaard, 1849; Mondin, 1980; Ribeiro, 2007).
Nesta busca da transcendência, a pessoa necessita trilhar pelo caminho das pedras e das belas paisagens que é o seu ser, precisa ter coragem de andar sem sinalização, e voltar-se totalmente para o seu mundo interior cavando de si mesmo, o que é, o que deseja, aonde quer chegar e como quer chegar; (Yontef, 1998; Cardella, 2002; Ribeiro, 2007 Rodrigues, 2009).
A Gestalt-terapia então nasce imbuída de cooperar para que o ser humano se conheça, e se embasa no Existencialismo e no Humanisno, afirmando que a pessoa por mais perdida que esteja em algum momento da sua jornada, possui uma bússola interna capaz de levá-la a rota certa, conduzindo-a por caminhos que a faça encontrar os seus recursos criativos, compreendendo a si mesmo e transcendendo os obstáculos, os sofrimentos, as limitações (Ribeiro, 1985; Zinker, 2001; Cardella, 2002).
Para encontrar seus recursos criativos a pessoa necessita trilhar pelo caminho das pedras e das belas paisagens que é o seu ser, precisa ter coragem de andar sem sinalização, e voltar-se totalmente para o seu mundo interior cavando de si mesmo, o que é, o que deseja, aonde quer chegar e como (Yontef, 1998; Cardella, 2002; Ribeiro, 2007 Rodrigues, 2009).
A Gestalt-terapia, imbuída desta tarefa de cooperar para que o ser humano transcenda, faz uso do enfoque dialógico, que busca compreender que as dificuldades da vida necessitam ser vistas como parte da saga de cada ser, como sinalizações do desequilíbrio das relações humanas, como um convite concreto para o abandono do olhar adoecido pelo egoísmo ao mesmo tempo em que retorna para relação com o outro, certo de que o adoecer é sempre fruto de um diálogo que não ocorreu (Hycner, 1995; Yontef, 1998).
A Gestalt-terapia então caminha de mãos dadas com a abordagem dialógica, que afirma que a existência humana é relacional. E nesta perspectiva duas atitudes são destacadas: o “Eu-Tu” e o “Eu-Isso”. O “Eu-Tu” aponta para um encontro, para o face a face com o outro, onde seguimos confirmando quem somos e descobrindo qual o sentido maior da existência humana. O “Eu-Isso” nos fala da relação utilitarista que é estabelecida com os objetos que podem ser conhecidos de forma objetiva (Buber, 1965; Malaghut, 1995; Cardella, 2002)
Na psicoterapia, o “Eu-Tu” é o conceito de fundamental importância para nortear a busca do terapeuta na disponibilidade para o outro, no contato e na confirmação da humanidade deste cliente que chega mergulhado no desespero que nasceu diante das escolhas que fez e, angustiado frente às escolhas que se apresentam no presente (Buber, 1965; Malaguth, 1995; Cardella, 2002; Yontef, 1998).
A relação terapêutica alicerçada no “Eu-Tu”, fará surgir o amor altruísta por parte do terapeuta, fomentará a cumplicidade, o encontro. De acordo com Petrelli (2001) o diálogo completo, que suscitará a importante confiança no cliente que está vulnerável por causa da sua dor. Levando-o a revelar seus sentimentos na medida em que andam lado a lado. E assim, através da auto escuta, fazendo contato consigo mesmo e com o outro, vivencie o que se apresenta no hoje, escolhendo para si o caminho a seguir (Zinker, 2001; Feldman, 2004; Ribeiro, 2007; Perls, 1997; Polster & Polster, 2001).
Para escolher é necessário considerar o “mundo” o qual o caminho se encontra, e a Gestalt-terapia ao evocar a teoria de campo e a teoria organísmica como parte dos seus pressupostos, torna-se detentora de refletores capazes de trazer luz ao cosmo do cliente, permitindo-o a vivenciar com mais clareza os potenciais e limites políticos, econômicos e sociais do seu contexto, bem como os seus próprios, levando-o a fazer escolhas mais ajustadas (Rodrigues, 2009).
 A Teoria de Campo parte do princípio que para compreender uma pessoa é necessário abarcar tudo que a cerca: seu ambiente, seus objetos, as pessoas que o compõem, assim como suas possibilidades e limitações (Kurt, 1965; Ribeiro, 1985; Yontef, 1998).
A Teoria Organísmica em seus apontamentos diz que a pessoa é uma combinação única e naturalmente organizada, no qual o todo que a compõe detém leis próprias que o regem, e que as partes são compreendidas como integrante do organismo total, não sendo possível jamais compreendê-las pela análise. Reflete também que a pessoa de forma permanente busca atualizar seu potencial que é inerente a sua natureza e, nesta empreitada se desenvolve enquanto ser (Ribeiro, 1985 p.107-108; Fagan & Shepherd, 1971).
A conexão entre estes princípios e a Gestalt-terapia é inegável, ambos defendem que a capacidade de “auto-regulação” é inerente ao ser humano, permitindo-o fazer escolhas que atualizem seus potenciais. Contudo, a confusão frente às escolhas que surge no campo a qual a pessoa está inserida rouba-lhe a ação imobilizando seu potencial na medida em que a desorganiza, e a psicoterapia deve ter como propósito situar o cliente quanto à direção dos seus sentimentos, discernindo qual o nível de energia possui para agir, e aonde quer chegar, o que facilitará certamente suas escolhas (Ribeiro, 1985; Perls, 1997; Rodrigues, 2009).
A ferramenta usada por psicoterapeutas da abordagem gestáltica para aportar o cliente a si situar em seu campo e a partir daí fazer suas escolhas, é o método fenomenológico. Este consiste em apreender a essência do que emerge a partir da descrição do fenômeno para atingir a realidade como ela é, alcançando o significado real do cliente, na medida em que investiga o que, o “como”, no “aqui e agora”, deste ser que é capaz de reconstruir-se a cada momento (Husserl, 2000; Ribeiro, 1985; Rodrigues, 2009; Ribeiro, 2007;).  Rohden (2007) ao apresentar a biografia de Einsteim nos conta que esse gênio afirmava que pensava 99 vezes e nada descobria, e ao deixar de pensar, a verdade se revelava a ele. Essa é a postura fenomenológica exigida para os gestalt-terapeutas. Despidos de qualquer juízo de valor devem trabalhar descrevendo o que se mostra - o fenômeno - se detendo no sentido do comportamento, captando assim todas as informações disponíveis e ajudando a pessoa a perceber seus sentimentos, seu ritmo, pensamentos e emoções, para que na medida em que entrar em contato consigo mesmo, vá se apropriando do poder que possui de gerir, através das suas escolhas, a sua própria história (Rodrigues, 2009; Cardoso, 2002).
De acordo com Fagan & Shepherd (1971) na medida em que uma pessoa “se identifica com os fragmentos alienados, ocorre uma integração” (p.112), pois ao ser o que é de forma plena, a pessoa pode se tornar a pessoa que quer ser.
Para a Gestalt-terapia, portanto, a pessoa só se identificará com seus fragmentos a partir da “awareness”, isto é, quando ela conseguir ter consciência do “aqui e agora”, do óbvio, da realidade que a envolve e do como ela se encontra frente a esse real (Yontef, 1987; Cardella, 2002). Diante desta realidade a “resposta consciente (como orientação e como manipulação) é o instrumento de crescimento no campo” (Perls, Hefferlin & Goodman, 1997, p.45).
O que permitirá a pessoa a vivenciar a “awareness” é a habilidade do terapeuta em levar o cliente a expandir suas fronteiras de contato, isto é, a experimentar e reconhecer suas possibilidades e limitações, a discernir o que é seu e o que é do outro, e a partir daí, escolher o que necessita para se ajustar criativamente. A expansão da “fronteira-de-contato” poderá capacitar o cliente a discernir o ritmo da música que se apresenta em seu campo, no tempo que se chama hoje, dando somente a ele, o poder de acertar seus passos (Perls, Hefferlin &Goodman, 1997; Yontef, 1998; Cardella, 2002).
Para a Gestalt-terapia, o processo terapêutico que permite a expansão da “fronteira-de-contato”, poderá levar o cliente “awareness”, ampliando sua percepção do que tem impedido o fluxo de sua vida e das situações inacabadas, para que fechando gestalts, abra-se para novas possibilidades que se apresentam no “aqui e agora”, deixando o passado no passado, e capacitando-o a fazer escolhas que venham a produzir o equilíbrio do seu campo (Yontef, 1998; Cardella, 2002).

Para os Gestalt-terapeutas o que interessa é a forma como seu cliente interage consigo mesmo e com o mundo a sua volta, o que ele vivencia e não o que fala, porque pressupõem que o seu funcionamento, sua forma de “ser-no-mundo” é que vai determinar o quanto saudável são suas escolhas (Hycner, 1995; Cardoso, 2005; Ginger & Ginger, 1995). 

quinta-feira, abril 24, 2014

O QUE SÃO TRANSTORNOS DO HUMOR?

É uma doença que se caracteriza pela alternância de humor: ora ocorrem episódios de euforia (mania), ora de depressão, com períodos intercalados de normalidade. Com o passar dos anos os episódios repetem-se com intervalos menores, havendo variações e existindo até casos em que a pessoa tem apenas um episódio de mania ou depressão durante a vida. Apesar de o Transtorno Bipolar do Humor nem sempre ser facilmente identificado, existem evidências de que fatores genéticos possam influenciar o aparecimento da doença.

Muitas vezes o paciente não percebe que tem esta enfermidade, e é necessário que familiares e amigos estejam bem informados, e saibam reconhecer alguns dos seus sintomas para poderem encaminhá-lo a um tratamento adequado A pessoa com Transtorno Bipolar do Humor pode apresentar grandes oscilações no seu estado de humor, atrapalhando muito o andamento de sua vida no trabalho, nas relações afetivas e familiares.

A EUFORIA

(Ou mania) É um estado de exaltação do humor, com aumento de energia, sem qualquer relação com o momento que o indivíduo está vivendo. Nesse período do transtorno bipolar, o paciente não está deprimido nem alegre por motivo especial, mas apresenta humor eufórico ou irritável. Em geral, a mudança do comportamento na euforia é súbita, mas o indivíduo não percebe sua alteração ou a atribui a algum fator do momento. O senso crítico e a capacidade de avaliação objetiva das situações ficam prejudicados ou ausentes.

Este texto foi produzido pelos pacientes da ABRATA sob supervisão do Conselho Científico.

QUE TIPOS DE TRANSTORNOS DO HUMOR EXISTEM?

Os transtornos do humor podem ter freqüência, gravidade e duração variáveis. Portanto, a depressão pode ser única ou recorrente (repetir-se várias vezes), de intensidade leve, moderada ou grave e durar semanas, meses ou anos. Se os sintomas persistirem por anos são chamadas de crônicas. Se for leve ou moderada, a pessoa ainda consegue realizar suas atividades, com esforço, algo impossível se ela for grave. A maioria das pessoas que sofre de depressão não acha que está doente porque não está gravemente deprimida, ou seja, incapacitada, desesperada ou angustiada. A distimia é um tipo de transtorno do humor com sintomas depressivos mais leves que da depressão, porém duradouros e oscilantes, em que predominam irritabilidade e mau-humor.

Freqüentemente é confundida com a personalidade da pessoa e costuma evoluir para depressão.
Basta uma única fase de hipomania ou mania, precedida ou não de qualquer tipo de depressão acima mencionado, para diagnosticar transtorno do humor bipolar. Depois da primeira (hipo)mania geralmente alternam-se depressões e euforias de intensidade variável.

Existem 4 tipos de transtorno bipolar. Se houve pelo menos um período de mania ou estado misto é bipolar tipo I; quando só aconteceram hipomanias - crises de euforia mais leves que mania - bipolar tipo II. O estado misto caracteriza-se pela superposição ou alternância num mesmo dia de sintomas depressivos e eufóricos importantes. Na ciclotimia se alternam durante anos sintomas de depressão e de euforia ainda mais leves, que duram apenas alguns dias. Pode ser confundida com um jeito de ser "instável", "cheio de altos e baixos" e freqüentemente antecede sintomas depressivos e eufóricos mais graves.

Se a depressão, a mania ou o estado misto estiverem acompanhados de alucinações (sentir, ver ou ouvir algo que não existe) ou delírios (pensar algo irreal, como achar-se culpado de coisas que não fez, que está sendo perseguido, que possui poderes especiais, etc. ) trata-se do sub-tipo psicótico.

O transtorno do humor bipolar também pode ser chamado de transtorno afetivo bipolar ou doença maníaco-depressiva.


COMO TRATAR ALGUÉM COM TRANSTORNO BIPOLAR?

O aparecimento do transtorno bipolar se deve a uma combinação de fatores, em que aspectos biopsicosociais desempenham papel importante no desencadeamento da doença. Assim sendo, tratamentos medicamentosos, orientação sobre a doença e psicológicos estão indicados. O segredo está no encontro da combinação ideal para cada paciente.

ORIENTAÇÃO PSICOEDUCACIONAL

Se o remédio não for tomado, de nada adianta receitá-lo. Para aumentar o sucesso do tratamento é preciso esclarecer o paciente e familiares sobre os sintomas da doença, suas causas, como ela pode seguir durante a vida da pessoa, quais os riscos, que atitudes tomar durante a depressão e na mania, como se preparar para as recorrências e assim por diante. Alguns aspectos são fundamentais. Em primeiro lugar, estará sendo tratado o diagnóstico de transtorno bipolar, não apenas sintomas depressivos ou eufóricos. Levando em consideração que a doença é para a vida toda, podendo hibernar por meses ou anos, o tratamento deve ser planejado para atender as necessidades a curto, médio e longo prazos. 

Na orientação acerca da doença também deve ser abordado o preconceito. Resolver dúvidas ajuda a diminuí-lo, mas só o tempo poderá eliminá-lo de vez. Infelizmente pacientes e famílias sofrem durante anos acumulando ressentimentos, queda do poder aquisitivo, atraso na formação, antes da aceitação do diagnóstico e do tratamento.

Outra questão a ser aprendida é como lidar com uma nova crise. Cuidar da decepção, da frustração, da desesperança e além disso prevenir conseqüências prejudiciais são fundamentais na recuperação.

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

Existem vários tipos de substâncias usadas no tratamento do transtorno bipolar, dependendo do estado em que o paciente se encontra: estabilizadores do humor, antidepressivos, antipsicóticos e tranqüilizantes. Para tratar uma crise de depressão pode ser necessário o uso de antidepressivos, se os estabilizadores do humor não forem suficientemente eficazes; numa (hipo)mania apenas estabilizadores do humor podem resolver ou se adiciona antipsicóticos e tranqüilizantes. Estes são os tratamentos de fase aguda.

Quando a pessoa já teve pelo menos 3 crises ou uma muito séria e tem o diagnóstico de transtorno bipolar do humor, é aconselhável não adiar o tratamento de manutenção, para evitar ou reduzir a gravidade de novos períodos de doença. Os estabilizadores do humor podem bastar para controlar uma (hipo)mania ou estado misto, mas são os remédios ideais para o tratamento de manutenção ou preventivo de novos episódios do transtorno bipolar.

É importante lembrar que mesmo a curto prazo, o efeito dos medicamentos na depressão, na (hipo)mania ou no estado misto leva pelo menos duas a quatro semanas para ser significativo. A melhora completa pode levar alguns meses e depois disso é necessário manter as medicações usadas na fase aguda da doença por mais algumas semanas ou meses, dependendo da gravidade. Depois de melhorar por completo, não apenas parcialmente, o paciente segue para a fase de manutenção.

Nesta fase normalmente a pessoa se sente bem e corre o risco de descuidar do rigor no tratamento medicamentoso. Da mesma maneira como acontece na hipertensão arterial ou no diabetes, a pessoa se sente bem por estar tomando remédios. Ela não pode parar sem o consentimento do médico achando que está curada.

Felizmente dispomos hoje em dia de vários remédios que podem controlar o transtorno bipolar do humor, de tal modo que se a pessoa não puder tomar algum deles ou não se beneficiar o suficiente, é possível trocá-los ou fazer combinações entre eles. Serão mencionados somente os disponíveis no Brasil.

Estabilizadores do humor são os remédios mais importantes e devem ser usados a partir do diagnóstico de transtorno bipolar. Controlam o processo de ciclagem de um episódio a outro, reduzindo a quantidade de depressões e (hipo)manias e a gravidade delas. Eles variam entre si no efeito antidepressivo e antimaníaco. Os mais estudados e bem conhecidos são o carbonato de lítio, a carbamazepina e o ácido valpróico. Com exceção do lítio, todos eles são também usados como anticonvulsivantes (remédios para tratar epilepsia).

- lítio (Carbolitium“, Litiocar, Carbolim) 

- carbamazepina (Tegretol“) 

- oxcarbazepina (Trileptal“) 

- ácido valpróico (Depakene“) 

- lamotrigina (Lamictal“)

- gabapentina (Neurontin“) 

- topiramato (Topamax“)

Antidepressivos são o tratamento indicado para as depressões. No paciente com transtorno do humor bipolar o médico primeiro introduz o estabilizador do humor e se não melhorar associa um antidepressivo. Esta cautela reduz o risco de ciclagem para euforia, que os antidepressivos podem desencadear. Se isso acontecer, demorará mais para controlar a doença a longo prazo.

- tricíclicos e heterocíclicos 

- por exemplo, Tofranil“, Anafranil“, Tryptanol“, Pamelor“, Ludiomil“.

- inibidores da monoaminoxidase (IMAOs): 

- por exemplo, Parnate“, Stelapar“, Aurorix“.

- inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) 

- por exemplo, Prozac“, Cipramil“, Aropax“, Zoloft“, Luvox“.

- novos antidepressivos

- por exemplo, Efexor“, Remeron“, Stablon“, Prolift“, Zyban“.

Antipsicóticos são medicamentos de efeito antimaníaco e antipsicótico. Podem ser usados durante um episódio de depressão, mania ou estado misto se houver sintomas psicóticos.

- de primeira geração - por exemplo, Haldol“, Amplictil“, Stelazine“, Neuleptil“, Melleril“, Navane“.

- novos antipsicóticos - por exemplo, Risperdal“, Leponex“, Zyprexa“, Seroquel“.

Tranqüilizantes representam substâncias com ação hipnótica ou tranqüilizante, que devem ser usados temporariamente, enquanto os estabilizadores do humor não fizerem efeito.
- por exemplo, Valium“, Rivotril“, Lorax“, Lexotan“, Stilnox“. 

ELETROCONVULSOTERAPIA (ECT)

A ECT é um dos tratamentos antidepressivos e antimaníacos mais eficazes, indicado nos extremos da mania e da depressão, para prevenir exaustão ou suicídio, pelo rápido tempo de ação. Inclui aplicar pequenas correntes de energia durante rápida aplicação de anestesia geral, para obter uma convulsão de alguns segundos de duração. Jamais deve ser considerado tratamento de última escolha, prolongando inutilmente o sofrimento pela falta de melhora com os medicamentos. É o mais seguro em gestantes e idosos e pode salvar a vida do paciente.

TRATAMENTOS PSICOLÓGICOS

O tratamento medicamentoso é básico, mas o transtorno bipolar não é meramente um problema bioquímico, também psicológico e social. Entrar em contato com os sintomas do transtorno bipolar causa sofrimento e pode ser traumatizante para o paciente e a família. O medo de como isso vai afetar sua vida, o preconceito, a aceitação do diagnóstico requerem atenção psicológica. Para aceitar é necessário conhecer a doença a ponto de diferenciar seus pensamentos e sentimentos e fazer decisões baseado em conhecimento e não em emoções, como medo ou raiva da doença. Tratamentos psicológicos procuram fornecer boas informações, orientação e motivação em um ambiente de apoio e confidencial. 

Há vários tipos, dependendo da necessidade específica de cada paciente, como psicoterapias individual ou grupal, terapia familiar ou conjugal e orientação psicoeducacional, como mencionado anteriormente.

Durante o curso do tratamento o paciente costuma enfrentar recorrências, pois o manejo medicamentoso pode demorar até ser acertado. Tais experiências trazem desapontamento, dúvidas sobre o tratamento, sentimentos de culpa e de revolta. Na psicoterapia e na orientação sobre a doença é possível encontrar esclarecimento e apoio necessários para superar cada novo obstáculo que a doença impõe.

PROBLEMAS QUE COMPROMETEM O RESULTADO TERAPÊUTICO

A magnitude das conseqüências depende da combinação de uma série de fatores: idade de início (quanto mais cedo, mais compromete os estudos e a formação profissional), gravidade dos sintomas, quantidade de episódios, tratamento adequado, aceitação do tratamento, apoio familiar, associação com alcoolismo ou abuso de drogas (praticamente impossibilita o tratamento), associação com outras doenças, características de personalidade (fragilidade, imaturidade, dependência), problemas persistentes considerados sérios pela pessoa. 

COMO A FAMÍLIA E AMIGOS PODEM AJUDAR?

Antes de mais nada é necessário conhecer a doença e o tratamento do transtorno bipolar do humor. Mesmo assim, cada novo episódio representa um desafio, porque se misturam problemas individuais, questões pendentes, características de cada família.

O apoio ao tratamento é fundamental para ajudar o paciente em momentos difíceis a manter os medicamentos na dose certa e no horário prescrito. Bastam alguns dias sem tomar a medicação ou tomando menos que necessário para que entre em nova crise. Compreender os sintomas não como seu jeito de ser, mas como doença, alivia muito e reduz o sentimento de culpa no deprimido. O doente em euforia requer firmeza e paciência, porque o relacionamento se torna mais desgastante. Ele pode recusar as orientações da família, alegando que agora toda vez que se sentir feliz e de bem com a vida logo pensam que está em mania. A intervenção junto ao médico antes que perca a autocrítica previne conseqüências piores ou eventual internação.

- se os medicamentos estiverem causando efeitos colaterais muito incômodos e o paciente mencionar que quer parar com tudo isso, o médico deve ser informado;

- detectar com o paciente os primeiros sinais de uma recaída; se ele considerar como intromissão, afirmar que é seu papel auxiliá-lo;

- falar com o médico em caso de suspeita de idéias de suicídio e desesperança;

- compartilhar com outros membros da família o cuidado com o paciente;

- estabelecer algumas regras de proteção durante fases de normalidade do humor, como retenção de cheques e cartões de crédito em fase de mania; auxiliar a manter boa higiene de sono; 

- programar atividades antecipadamente.

- mesmo depois da melhora, há um período de adaptação e desapontamento; é importante não exigir demais e não superproteger; auxiliá-lo a fazer algumas coisas, quando necessário;

- evitar chamar o paciente de louco ou demonstrar outros sinais de preconceito, que favorecem o abandono do tratamento; tratá-lo normalmente e apontar sintomas com carinho;

- aproveitar períodos de equilíbrio para diferenciar depressão e euforia de sentimentos normais de tristeza e alegria. 

COMO O PACIENTE PODE SE AJUDAR?

A pessoa mais interessada no próprio bem-estar é quem está doente. O paciente com transtorno bipolar do humor tem uma doença que costuma durar a vida toda, que se mantém sob controle com tratamento adequado. Cabe a ele o esforço de manter o tratamento: é ele quem toma os medicamentos - ou não. Ninguém pode forçá-lo, a não ser em situações que ponham em risco a sua segurança ou a de outros. Portanto, se você é portador do transtorno bipolar:

- comprometa-se com o tratamento - discuta dúvidas com seu médico, eficácia dos estabilizadores do humor, intolerância a efeitos colaterais, etc.;

- mantenha uma rotina de sono; mudanças no sono ou redução do tempo total de sono podem desestabilizar a doença; converse com seu médico, caso precise mudar o hábito de dormir; - evite álcool e drogas; além de interagirem com algumas medicações, também agem no cérebro, aumentando o risco de desestabilização da doença; se tiver insônia ou inquietação, não se automedique - converse com seu médico;

- evite outras substâncias que possam causar oscilações no seu humor, como café em excesso, drinques, antigripais, antialérgicos ou analgésicos - eles podem ser o estopim de novo episódio da doença;

- enfrente os sintomas sem preconceito - discuta com seu médico sobre ele;

- se não estiver podendo trabalhar, "não queime o filme" - é mais sensato tirar uma licença, conversar com a família ou com o patrão, e se permitir convalescer;

- lembre-se: você está bem por tomar a medicação; se parar de tomá-la, mesmo após 5 ou 10 anos, os sintomas podem voltar sem prévio aviso; é preciso manter-se alerta para o aparecimento dos primeiros sinais, como insônia e irritabilidade;

- há indícios de que quanto mais crises da doença a pessoa tiver, mais ela continuará tendo, por isso, procure participar ativamente do tratamento;

- descubra seus sintomas iniciais de nova crise depressiva ou maníaca - tome nota e avise imediatamente seu médico;

- aproveite períodos de bem-estar para redescobrir como você de fato é; como são os sentimentos de tristeza, alegria, disposição e como você lida com seus problemas;

- quanto mais você conhecer a doença, melhor você poderá controlar os sintomas no período inicial; proteja-se: evite estímulos de risco em potencial, como decisões importantes, relações sexuais sem preservativos, projetos ambiciosos, gastos - ponha seus planos no papel e espere para executá-los quando se reequilibrar; procure canalizar hiperatividade ou idéias negativas para atividade física ou manual; se estiver deprimido, dê-se um empurrão, pois a iniciativa está em baixa;

- procure e aceite ajuda da família e dos amigos quando perceber que não consegue se cuidar sozinho.

- é comum querer parar o tratamento, ou porque vai tudo bem, ou porque não está dando certo; procure conversar com outras pessoas com o mesmo problema, que já passaram por isso; lembre-se de como era seu sofrimento; discuta com a família se valeria a pena buscar uma segunda opinião sobre o diagnóstico e o tratamento. 

Temporariamente o paciente pode ficar inapto a se tratar adequadamente. Nestas fases a intervenção amiga da família é fundamental. 

MENSAGEM FINAL

Há quem considere que o transtorno bipolar do humor "é como um animal selvagem em sua mente, pronto para escapar a qualquer momento", e que precisa de grades fortes para ser contido. Às vezes a porteira se abre um pouco e ele volta a ameaçar - o importante é não deixá-lo à solta. A luta a ser travada com esse animal é longa e difícil, mas vale a pena - vale o resgate da própria vida.

Compartilhar essas lutas com outros pacientes e familiares pode servir de exemplo e motivar quem está a ponto de desistir de si mesmo. São bem-vindas iniciativas como as da ABRATA (Associação Brasileira de Transtornos Afetivos), que auxilia no amparo aos pacientes através da própria experiência com o transtorno afetivo bipolar



segunda-feira, abril 14, 2014

A psicoterapia pode ser um recurso para ajudar as pessoas nessa transformação, para que elas possam alçar altos voos.
Por isso, diante de situações que você não esteja conseguindo elaborar sozinho, busque ajuda profissional.

quinta-feira, abril 10, 2014

Olá, pessoal, tudo bem?
Devido à relevância do tema "criação de filhos", repasso para vocês um e-book, que pode ser baixado gratuitamente na internet. É de autoria da Doutora Fernanda Spengler, e seu título já diz a que veio:" 10 grandes erros dos pais na educação disciplinar dos filhos".
Creio que a leitura será proveitosa, pois além de mostrar os erros a autora apresenta uma série de procedimentos para corrigi-los e evitá-los.

https://psicoinfantil.leadpages.net/e-book10erros-site/

quarta-feira, abril 09, 2014

PALESTRA  MINISTRADA por mim no PRONASCE (Projeto missionário voltado para países de língua portuguesa, nas áreas de Nutrição, Agricultura, Saúde, Crescimento Bíblico, Educação) dia 8 de abril de 2014.

  O QUE É DEPRESSÃO?
 Caracteriza-se por um estado que dura pelo menos duas semanas em que o humor fica deprimido, melancólico, “para baixo”.
  O indivíduo sente angústia, ansiedade, desânimo e falta de energia;
  Sente-se apático, perde a motivação, tudo fica sem graça ou sem sentido, nada o satisfaz.
  Torna-se negativista, preocupa-se com tudo.

As Sinapses
Todo o nosso organismo é constituído por extensas ramificações dos neurônios.
A região de interligação de dois neurônios, que garante a passagem do impulso nervoso, é a chamada sinapse. É nesta zona que se dá a transmissão e ampliação dos impulsos nervosos.

Alteração neuroquímica
Os neurônios se comunicam por meio de neurotransmissores. Um dos principais é a serotonina, um dos responsáveis pelo estado de ânimo.
No cérebro deprimido há uma menor quantidade desses mensageiros entre as células. Com isso, a comunicação entre os neurônios fica comprometida, o que gera sintomas como o cansaço e a falta de ânimo.
}  A DEPRESSÃO PODE SER:
Intermitente: Durar apenas algumas horas do dia, ou o dia inteiro.
Contínua: Durar semanas, meses ou anos.

Importante:
Não deve ser confundida com tristeza que faz parte da vida psíquica normal.

COMO DIFERENCIAR TRISTEZA DE DEPRESSÃO?
Os sintomas da depressão costumam ser mais duradouros do que o da tristeza;
 O deprimido reage às situações estressantes com sofrimento maior e mais prolongado, desproporcional ao estímulo;
 Para o deprimido, os problemas tornam-se mais pesados e difíceis de resolver;
 O deprimido busca se isolar;
 O deprimido não consegue se alegrar como antes, perdendo o interesse e a força de vontade;
 Alguns deprimidos passam a maior parte do dia se ocupando sem parar, encontrando nas atividades um meio de se distrair da depressão, porque percebem o mal-estar.
Podem ficar mal-humorados, sempre insatisfeitos com tudo ou aparentar bem-estar.
O deprimido luta para ficar bem e essa luta mina as forças já abaladas pela própria depressão, e aumenta ainda mais a irritabilidade e a impaciência.

Como reconhecer alguém com depressão? Quais os sintomas?
1) Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias;
2) Anedonia: interesse ou prazer diminuído para realizar a maioria das atividades;
 3) Alteração de peso: perda ou ganho de peso não intencional;
4) Distúrbio de sono: insônia ou hipersônia praticamente diária;
5) Problemas psicomotores: agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias;
6) Falta de energia: fadiga ou perda de energia, diariamente;
7) Culpa excessiva: sentimento permanente de culpa e inutilidade;
8) Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar ou concentrar-se;
9) Ideias suicidas: pensamentos recorrentes de suicídio ou morte.

Causas da depressão
Existem fatores genéticos envolvidos nos casos de depressão, doença que pode ser provocada por uma disfunção bioquímica do cérebro.
Entretanto, nem todas as pessoas com predisposição genética reagem do mesmo modo diante de fatores que funcionam como gatilho para as crises: acontecimentos traumáticos na infância, estresse físico e psicológico, algumas doenças sistêmicas (ex: hipotireoidismo), consumo de drogas lícitas (ex: álcool) e ilícitas (ex: cocaína), certos tipos de medicamentos (ex: as anfetaminas).
Tratamento
Depressão é uma doença que exige acompanhamento médico sistemático.
Quadros leves costumam responder bem ao tratamento psicoterápico.
Quadros mais graves e com reflexo negativo sobre a vida afetiva, familiar e profissional e em sociedade, a indicação é o uso de antidepressivos com o objetivo de tirar a pessoa da crise.
Há evidências de que a atividade física associada aos tratamentos farmacológicos e psicoterápicos representa um recurso importante para reverter o quadro de depressão.
Observações importantes:
Depressão é uma doença como qualquer outra. Não é sinal de loucura, nem de preguiça nem de irresponsabilidade. Se você anda desanimado, tristonho, e acha que a vida perdeu a graça, procure assistência médica. O diagnóstico precoce é o melhor caminho para colocar a vida nos eixos outra vez;
Depressão pode ocorrer em qualquer fase da vida: na infância, adolescência, maturidade e velhice. Os sintomas podem variar conforme o caso.
Nas crianças, muitas vezes são erroneamente atribuídos a características da personalidade e nos idosos, ao desgaste próprio dos anos vividos;
A família dos portadores de depressão precisa manter-se informada sobre a doença, suas características, sintomas e riscos.  É importante que ela ofereça um ponto de referência para certos padrões, como a importância da alimentação equilibrada, da higiene pessoal e da necessidade e importância de interagir com outras pessoas.

Maior incidência da depressão
-Idosos, mulheres na menopausa.

Causas da depressão
Mulheres parecem ser mais vulneráveis aos estados depressivos em virtude da oscilação hormonal a que estão expostas, principalmente no período fértil.

Observações sobre a depressão
A depressão é um transtorno incapacitante
A depressão foi estimada como a quarta causa específica nos anos 90 de incapacitação através de uma escala global para comparação de várias doenças.
A previsão para o ano 2020 é a de que será a segunda causa em países desenvolvidos e a primeira em países em desenvolvimento.
Quando comparada às principais condições médicas crônicas, a depressão só tem equivalência em incapacitação às doenças isquêmicas cardíacas graves

Descubra se você está depressivo por meio da aplicação do Inventário de Depressão de Beck

Avaliação da Escala de Beck
}  1

0 Não me sinto triste.
1 Sinto-me melancólico(a) ou triste.
2a Estou triste e melancólico(a) o tempo todo e não consigo sair disso.
2b Estou tão triste e infeliz que isso é extremamente doloroso.
3 Estou tão triste e infeliz que não consigo suportar. 

}  2

0 Não estou particularmente triste ou desencorajado(a) em relação ao futuro.
1 Sinto-me desencorajado(a) em relação ao futuro.
2a Sinto que não tenho nada para alcançar.
2b Sinto que nunca superarei meus problemas.
3 Sinto que o futuro é sem esperança e que as coisas não podem melhorar.


}  3

0 Não me sinto um fracassado(a).
1 Sinto que tenho fracassado(a) mais que uma pessoa comum.
2a Sinto que tenho realizado muito pouca coisa que valha.
2b Quando olho para trás, na minha vida, tudo o que posso ver é um monte de fracassos.
3 Sinto que sou um completo fracasso como pessoa (pai, marido, mulher...).


}  4

0 Não estou particularmente insatisfeito(a).
1a Sinto-me entediado(a) a maior parte do tempo.
1b Não tenho gosto pelas coisas como costumava ter.
2 Não consigo ter satisfação por nada atualmente.
3 Estou insatisfeito(a) com tudo.

}  5

0 Não me sinto particularmente culpado(a).
1 Sinto-me mal ou indigno(a) uma boa parte do tempo.
2a Sinto-me bastante culpado (a).
2b Sinto-me mal ou indigno (a), praticamente o tempo todo, agora.
3 Sinto-me como se estivesse bem ruim e sem valor.


}  6

0 Não sinto que esteja sendo punido(a).
1 Tenho um pressentimento de que alguma coisa ruim possa acontecer comigo.
2 Sinto que estou sendo punido(a) ou que irei ser punido.
3a Sinto que mereço ser punido(a).
3b Quero ser punido(a).

}  7

0 Não me sinto desapontado(a) comigo mesmo.
1a Estou desapontado(a) comigo mesmo.
1b Não gosto de mim.
2 Estou aborrecido(a) comigo mesmo.
3 Eu me odeio.



}  8

0 Não sinto que eu seja algo pior do que qualquer outra pessoa.
1 Critico-me por minhas fraquezas ou erros.
2 Acuso a mim mesmo(a) por minhas falhas.
3 Acuso a mim mesmo(a) por tudo de ruim que acontece.

} 9

0 Não tenho quaisquer pensamentos sobre prejudicar a mim mesmo(a).
1 Tenho pensamentos sobre prejudicar a mim mesmo(a), mas eu não os colocaria em prática.
2a Sinto que estaria em melhor situação morto(a).
2b Sinto que minha família estaria em melhor situação se eu estivesse morto(a).
3 Eu me mataria se pudesse.


} 10

0 Não choro mais do que o comum.
1 Choro mais do que costumava.
2 Choro o tempo todo, agora; eu não consigo parar com isso.
3 Eu costumava ser capaz de chorar, mas agora não consigo chorar de maneira alguma, muito embora eu queira.

}  11

0 Eu não estou mais irritado(a) agora do que costumo estar.
1 Fico aborrecido(a) ou irritado(a) mais facilmente do que costumava ficar.
2 Sinto-me irritado(a) o tempo todo.
3 Eu não fico irritado(a) de maneira alguma com as coisas que costumavam irritar-me.


}  12

0 Eu não perdi o interesse por outras pessoas.
1 Estou menos interessado(a) nas pessoas, agora, do que costumava estar.
2 Perdi a maior parte do meu interesse por outras pessoas e tenho pouco sentimento por elas.
3 Perdi todo o meu interesse por outras pessoas e não me importo com elas de maneira alguma.


}  13

0 Tomo decisões tão bem quanto sempre tomei.
1 Tento adiar as tomadas de decisão.
2 Tenho grande dificuldade em tomar decisões.
3 Não consigo tomar quaisquer decisões atualmente.

}  14

0 Eu não sinto que pareça algo pior do que costumava ser.
1 Eu estou preocupado(a) que esteja parecendo velho(a) ou sem atrativos.
2 Sinto que há mudanças permanentes em minha aparência e elas me fazem parece sem atrativos.
3 Sinto que estou com uma aparência feia ou repulsiva.


}  15

0 Posso trabalhar tanto quanto antes.
1a É necessário um esforço extra para conseguir começar a fazer alguma coisa.
1b Não trabalho tão bem quanto costumava.
2 Tenho de me esforçar demasiadamente para fazer qualquer coisa.
3 Não consigo fazer nenhum trabalho de maneira alguma.


}  16

0 Posso dormir tão satisfatoriamente quanto o de costume.
1 Acordo mais cansado(a) de manhã do que costumava.
2 Acordo uma ou duas horas mais cedo do que é comum e encontro dificuldade para voltar a dormir.
3 Acordo cedo todo dia e não posso conciliar mais do que cinco horas de sono.

}   17

0 Não fico mais cansado(a) do que o comum.
1 Fico cansado(a) mais facilmente do que costumava.
2 Fico cansado(a) ao fazer qualquer coisa.
3 Fico cansado(a) demais para fazer alguma coisa.


}   18

0 Meu apetite não está pior do que o comum.
1 Meu apetite não está tão bom quanto costumava estar.
2 Meu apetite está bem pior agora.
3 Não tenho apetite de maneira alguma.


}   19

0 Não tenho perdido muito peso, se é que perdi algum, ultimamente.
1 Perdi mais do que 2 quilos.
2 Perdi mais do que 4 quilos e meio.
3 Perdi mais do que 7 quilos.

}    20

0 Não me preocupo com minha saúde mais que o comum.
1 Estou preocupado(a) com dores ou sofrimentos, desarranjo estomacal ou prisão de ventre.
2 Estou tão preocupado(a) em como eu me sinto ou com o que sinto, que é difícil pensar em muitas outras coisas.
3 Estou completamente absorto(a) com relação ao que sinto.


}    21

0 Não tenho notado mudança alguma recente no meu interesse por sexo.
1 Estou menos interessado por sexo que costumava estar.
2 Estou muito menos interessado por sexo, agora.
3 Perdi completamente o interesse por sexo.



}  PONTUAÇÃO: 

Some a quantidade de pontos referente à sua resposta (exemplo, 2a = 2 pontos)
Abaixo de 10 = Sem depressão 
      Entre 10 e 18 = Depressão leve a moderada; 
      Entre 19 e 29 = Depressão moderada a grave; 
      Entre 30 e 63 = Depressão grave.

Importante:
 Quanto mais elevada for sua pontuação mais se faz necessária a busca de profissionais para ajudá-lo.
Psicólogos
Psiquiatras

De acordo com o número de itens respondidos afirmativamente, o estado depressivo pode ser classificado em três grupos:
}  1) Depressão menor: 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas, incluindo estado deprimido ou anedonia (ausência de prazer);
}  2) Distimia: 3 ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos, no mínimo;
}  3) Depressão maior: 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido ou anedonia.

 Obrigada.

E-MAIL: roselibsba@gmail.com
 BLOG: ascarasdamente.blogspot.com
}  Bibliografia
1.http://www.scielo.br/pdf/rbp/v25n2/v25n02a13
2.Manual informativo sobre o transtorno bipolar do humor – Grupo de estudos de doenças afetivas – GRUDA-1998;
3.Neto, M. R. L., et al. ( 1995). Psiquiatria Básica. Porto Alegre. Artes Médicas.
4.http://forum.jogos.uol.com.br/avalie-o-grau-de-sua-depressao-escala-de-depressao-de-beck_t_1897243