Psicologia e atendimento on line

Atendendo on line?

Muitos estão me perguntando, como é isto?

Cadastrada em um plataforma autorizada pelo CFP-Conselho Federal de Psicologia, estou autorizada atender via on line. Caso tenha o programa de Skype em computador, iphone, tablet, e outras mídias, uma câmera, uma internet acima de 4 megas, você poderá de onde estiver se consultar comigo, caso precise e queira, basta estar em um local privado.

Normalmente as pessoas buscam a orientação psicológica quando estão entristecidas, angustiadas com uma situação e não estão conseguindo sozinhas encontrar alívio. Fala com amigos, mas percebe que precisa de algo mais para ajudar.

A orientação psicológica pode ser um recurso para ajudar avaliar o que está acontecendo. Se estiver confuso, pode ser que ela te ajude a ver com mais clareza o caminho a seguir.

Geralmente é preciso mais de uma sessão, pois as questões emocionais são demandas que normalmente exige tempo para tratá-las. Ou talvez, só queira uma orientação pontual sobre um assunto, e dependendo do tema, dentro das minhas competências, pode ser que eu consiga ajudá-lo.

Minha área de estudo é a depressão. Na clínica, nestes últimos 4 anos atendi pessoas que estão passando por problemas em seus relacionamentos interpessoais, já trabalhei com dependência química por 2 anos, e posso também trazer orientação dentro destes temas.

O pagamento da sessão é antecipado e fácil. Pode ser via depósito na conta bancária ou pelo cartão de crédito em minha conta na pag seguro.

Trabalho, também oferecendo o serviço em pacote (de 4 sessões) com o objetivo de torna o tratamento mais acessível.

O link da plataforma que eu atendo é: http://bit.ly/2xzZH7J

Caso queira conhecer meu trabalho, ou qualquer outro esclarecimento entre em contato pelo email: roselibsba@gmail.com ou pelo whatsapp +55 62 982385297.

A disposição

Psicóloga

CRP 09/008917 Roseli de Araújo

Bem-vinda chuva

Ontem a chuva caiu mansamente pela cidade. Embora não resolverá o problema dos nossos reservatórios, foi com alegria e alívio que vimos ela cair. 

Os jornais, nos falaram da boa sensação trazida pela chuva, mas também, nos contaram do caos provocado por causa da queda dos jamelões. Muitos acidentes em alguns pontos da cidade.

E a tão esperada chuva que trouxe alívio e alegria, chegou, também, com problemas. Alguns esperados. Outros novos. Alguns pequenos. Outros grandes.

Fiquei pensando que na vida quase tudo tem a possibilidade de trazer  alívio, alegria e também os inconvenientes problemas. Os  esperados. Os inimagináveis, pequenos ou grandes.

Já percebeu que é assim?

Veja aquele tão sonhado trabalho, agora remunerado como queria, tem o problema da administração do tempo, de novos colegas - nem sempre fáceis de lidar -, da responsabilidade que pesa no ombro de tal forma, que no final do dia, traz torcicolo.

E aquele relacionamento tão sonhado, agora chegou, e você tem que lidar com novas situações.Você tem que preparar a festa de casamento. O cartório. Tem que mobiliar toda a casa, e tanta coisa mais. Sem falar das bagagens que todos acumulam ao longo da vida.

E assim é com quase tudo na vida. Mas, tenho aprendido que apenas duas coisas mantém com alegria o nosso coração: 

A gratidão pelo recebido e a Esperança de que receberá o que precisa para administrar os problemas que chegaram e chegarão, sejam eles quais forem.

Então não se deixe dominar pela ingratidão, não deixe que a esperança se apague. 

Se não está conseguindo sozinho, 

                                                                                                  

 Clame a Deus, busque os que o amam. Ouça-os. 

E pegue para sua vida, as novas direções

Jesus senta para conversar com os divorciados

Chegou em casa. Era tarde da noite. Tomou um banho quente. Vestiu a roupa de dormir e comeu um lanche saudável.

Tentou evitar ir para o quarto, mas era preciso. Ligou a tv, entrou na netflix, mas nada lhe tirava o gosto amargo da alma.

A sua cama vazia era a lembrança amarga das medalhas que recebe os fracassados.

Ela (e) foi embora, apesar de todas suas tentativas.

Buscou dentro de si as razões. Poderia enumerar tantas. 

Mas, e daí, a cama estava vazia.

Naquela noite tinha ido a igreja. O pastor prega contra o divórcio. Ele faz o que a bíblia manda. Ele fala de como as relações se tornaram descartáveis, e enfatiza,"não pode ser assim com a gente". Lembra, o casamento é uma aliança. Fala das feridas que serão abertas, e que podem se transformar em um câncer incurável. Tudo verdade. Ele está certo. É isso mesmo. Concorda. e sua cama vazia ainda mais se torna.

E agora, o que será de mim? Eu não dei conta.

A comunidade antes tão desejada, agora é lugar desconfortável pra sua alma. Mesmo assim vai, mas sabe que nada será como antes. Os olhos de misericórdia se transformaram em olhares de acusação? Não sabe ao certo. Talvez sua dor que fizesse pensar que sim. 

Tinha lutado. Mas, porquê não conseguiu resistir até ao sangue?Por que não conseguiu esperar Jesus transformar a água em vinho? Se pergunta.  Seus pastores, líderes, irmãos modelos, eles sim, resistiam até ao sangue em tudo. E, os viam perfeitos na estrada da santidade. Tudo absolutamente certo com eles, pensava. 

Mas, olhou para si. Fracassou no casamento, sentia ter fracassado na fé. Não tinha mais onde fracassar.

E, este pecado lhe pareceu sem perdão. Como recomeçar?

E mais vazia a cama se fez naquela hora. 

Sentiu a  derrota. Sem caminhos. Sem esperança. Não havia confiado em Deus o suficiente. Não tinha obedecido a tudo. Não conseguiu fazer como Maria, e dar ordens para que o coração fizesse tudo quanto Ele ordenava. 

E a cama ficou insuportável naquela hora.

Abriu a bíblia. O coração sangrando. Não era quem acreditava que deveria ser. Mas, encontrou Jesus, sentado no poço conversando com a mulher samaritana. Assustou-se. Não podia ser. Ela divorciada mais de uma vez. Ficou ali a ver com a alma aquela cena...

Prestou bem atenção no que Ele dizia. 

Jesus a convida pedir água viva. Ele sabia da morte reinando em seu coração... e a confronta. O pecado dela é colocado sobre a mesa, contudo, Ele explica, a divorciada, onde deve adorar. 
Viu o seu pecado, mas também escutou o clamor do seu  duro coração. Tão partido, dividido, nem sabia onde mais adorar. E, mesmo assim sentou-se no poço, no meio do dia, onde o sol se faz mais quente, com aquela que a comunidade não mais conseguia aceitar. Sentiu uma comoção no peito.
Seus olhos foram abertos, iluminados no coração, e viu Jesus sentando em sua cama como sentou-se à beira daquele poço em Samaria. 

E, ainda que lutasse com a culpa que esfola, sentiu despontar no peito quebrado, novamente, a esperança. 

Compreendeu o que não era ensinado com frequência,  com Jesus sempre é possível recomeçar. 

Neste domingo quero compartilhar com vocês um texto que recebi de minha querida Beatriz. Não sei quem escreveu, mas achei gostoso de ler.

Quando eu flor.

Quando tu flores. 

Quando ele flor ...

Nós flores seremos.  

E o mundo florescerá. 

Que esta primavera que hoje(22/09) se inicia, perfume o seu coração com todos os aromas da alegria. 

Que o calor seja suave.

E que a brisa seja amena.

Que o perfume seja doce.

E que cada dia dia valha a pena.

Que estes três meses lhe renovem a paz, o amor, a saúde  e a força para seguir com os projetos da sua vida.

Deixe que a vida faça contigo, o que a primavera faz com as flores.

Encante - se!

Transborde cor!

Espalhe amor! 

Primavere -se.

Bom dia!

Nesta primavera eu dedico minhas flores a você.

Amigos do blog,

a 

A muita cor ao redor. 

Simplesmente observe.

E ainda que se sinta só, decore-se.

Seja como o girassol. 

Posicione-se na direção do Sol.

Saia e busque alguém. 

Pouse na árvore da amizade.

Caminhe sem medo. 

Tem luz no fim do túnel.

Mas, não deixe de ver a beleza em um só tom ao redor.

É possível extrair mel de uma só beleza.

Então aventure-se.

Amo o amarelo. 

E saiba que ter a sua companhia me traz a beleza da cor que mais gosto.

Por isto, nesta primavera eu lhe convido a desfrutar das flores dedicadas a vocês: 

Meus textos.

Felicidade alheia, quem suportar?

Ela estava trabalhando. O dia quente faziam com que o suor corresse pelo seu rosto. 
Pegou a furadeira, conectou a tomada no interruptor. Já havia organizado as buchas e os parafusos 8. Olhou com entusiasmo as caixas de madeiras que tinham conseguido sem nenhum custo, e começou a furar a parede. Por alguns minutos, continuou a sua empreitada. Instaladas as caixas, começou a organizar empolgada seu novo armário.
Sua vizinha, observando tudo, estranhou seu sorriso satisfeito diante do tão pouco. Aquele armário montado tão alegremente... como era feio. E, com ar sarcástico lembrou a sua pobre vizinha que vida de pobre não é fácil.

Mas, ela estava feliz, não tinha tempo a perder. 
Sua vizinha não se conteve, deu uma gargalhada alta, daquelas bem sem graça. 
E, seus olhos brilharam um sombrio e maléfico tom, afinal, quem pode aguentar um pobre feliz?

 Mas, ela estava.

Seu aniversário. Que coisa boa.

Hoje, quero contar a vocês uma linda história de amor que eu vivo.

O primeiro batom que me deu de presente, me disse, "você é uma menina bonita, e precisa de uma cor nos lábios". E assim aprendi a usar batom.

Ela foi resposta de muitas orações que fiz. Além de ser quem me ensinou a orar com fé. Dizia: "nunca diga que não tem dinheiro, fale com Deus primeiro, e se Ele quiser, Ele te dará o que pede". 

Incapaz de um gesto, por mais sutil, mal educado, descobri em nossa jornada, que a educação é uma das demonstrações de amor mais encantadora. Tão sutil as vezes, mas tão poderosa. Educada, ela não precisa tentar ser, simplesmente é. Qualidade rara... 
Quando fui sua bolsista, as manhãs em que tínhamos tempo, me contava histórias bíblicas nos mínimos detalhes. Eu pensava," como ela guarda tanta coisa na cabeça?" E seu conhecimento bíblico me levou a querer também conhecer a bíblia.

Sua paixão pela Palavra, me contaminou. E, com ela aprendi os primeiros fundamentos da minha fé. Fui discipulada. Amando Jesus, me ensinou a amá-lo. 
Eu conheci a Janine a mais de 29 anos. 

Hoje, sinto como no inicio da minha fé, o bom perfume de Cristo que ela exala. Sua vida "é carta de Cristo, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo..."IICo3:2) e a mim foi dada a alegria de conhecer e ler. 

Quando cansada, ou culpada, nela eu sempre encontrei o colo da amizade que me fez sentir em casa. E, foram muitas as vezes que sua presença me ajudou acreditar, que mesmo sendo quem sou, por Jesus eu sempre seria amada.  

Minha grande amiga Keylla me disse no dia do amigo, que a nossa amizade só aconteceu porque a gente decidiu mantê-la. Achei sensacional. 
Amigos de verdade são aqueles que decidiram caminhar juntos, concordando ou não com nossas escolhas, aguentando nosso bom humor ou mal humor, ficando nas gargalhadas ou nas lágrimas. E a Janine escolheu ficar em minha vida, e como sou grata a Deus por isto. E como ela mesma gosta de dizer, está amizade é eterna.

Nossas vidas sempre se encontraram, apesar dos caminhos as vezes nos levarem para lugares distante. Minha ida para São Paulo, minha volta, minhas muitas mudanças em todos estes últimos anos, não foram suficientes para trazer alguma distância entre nós, a distância só foi ,e é, por vezes geográfica.

Hoje é o seu aniversário. 
Que linda história de amor a gente viveu até aqui. 
E neste dia em que completa mais um ano de vida, meu coração a celebra com alegria. 

O que eu desejo a você minha eterna amiga?
Ah... eu desejo que continue conhecendo mais e mais o Jesus que posso ler em sua vida: O Deus da bíblia.
E que em suas escolhas, seja sempre prudente como as serpentes e simples como as pombas. (Mateus 10:16)
Assim, eu creio, será sempre feliz. 
Parabéns!!!

Cegos?

A escultura que representa a justiça de olhos vendados, frente ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília, sempre me intrigou.

 Ao pesquisar descobri o porquê.

Ela foi esculpida por um mineiro chamado Alfredo Ceschiatti, e dá para ver pelo nome que é descendente de italiano. 
Inspirou-se na mitologia grega, na deusa Diké, filha de Têmis. Que em seu tempo poderia ter sido representada por um estátua de olhos abertos, segurando uma balança. Também, poderia ser representada por  sua mãe Têmis, com um só balança, ou com um vaso  em forma de chifre, que simbolizava riqueza, fertilidade, abundância. Tempos depois em Roma poderia ter sido representada por Ivtitia, outra deusa, que aparece de olhos vendados, sustentando uma balança, já com o fiel da balança ao meio. Nosso mineiro, no entanto, fez a estátua para representar a  nossa Justiça com vendas nos olhos, e uma espada sobre o colo.

Tendo o resultado da pesquisa em mãos, fiquei me perguntando porque Alfredo não a representou com os olhos abertos e com a balança, ou só com a balança, ou só como o vaso de chifre. Coisa de quem tem tempo, pode ter certeza.
Mas, tive a resposta do porquê a fez de olhos vendados, que é o que mais me intrigou.
Fiquei sabendo que a venda nos olhos da nossa estatua simboliza imparcialidade. Em outras palavras, significa que a justiça não faz acepção entre as pessoas que estão sendo julgadas. Fez sentido.  Acredito que justiça humana carece de venda para não ver os envolvidos numa demanda, e assim não tomar partido, decidindo o que é justo, seja quem for que estiver envolvido. No Brasil, onde a cultura do amigo prevalece sobre as filas e as regras impostas, a venda é mesmo necessária. Bom, está é a minha leitura, que certamente não é a do artista. Artista ver com outros olhos.
Agora como psicóloga, sei que no julgar dos humanos não há imparcialidade, os homens não são capazes de deixar de lado a sua subjetividade. Do ponto de vista psicológico, os homens são como a Justiça de venda nos olhos, porque são parciais. Decidem sempre para o melhor para eles. Os outros não enxergam. 
E a estatua do mineiro, fique bem claro, para mim, representa o estado psicológico dos nossos políticos. Um grupo de olhos vendados - cegos- para os outros cidadães brasileiros. 
Cegos para os outros, tornam a nação em escravos que sustentam seus luxos, enquanto mantém altos os impostos, modificam as leis trabalhistas, roubam os cofres públicos.
Cegos se tornaram insensíveis frente aos brasileiros que morrem nas filas dos hospitais; Frente nossas crianças sem futuro - sem educação; Frente a devastação da nossa floresta; Frente aos milhões de brasileiros que levantam cedo e com sangue - não o suor - ganham o pão ... Duros tanto quanto a estátua  construída de granito na frente do Supremo Tribunal Federal. 
Fico pensando. Eles estão lá. Sentados sem nenhum movimento de justiça para com o mais o pobre, mas, a espada da corrupção, oprimindo o povo brasileiro, está sobre o colo.

Mas, Deus é reto juiz. Enquanto a justiça humana precisa tampar os olhos, o Deus da justiça contempla a terra e seus olhos estão sobre os maus e os bons.(Provérbio 15:3)
Por esta razão eu oro. Eu acredito que há esperança para este nosso Brasil.

I

Tentados pelo tempo ou pelo sucesso?

O tempo passou para as tribos de Rúben, Gade e a metade da tribo de Manassés, como passa para mim e você. O tempo não poupa ninguém.

O que me intriga são os soldados valentes, homens famosos e  os chefes das famílias, se esquecerem do Deus que lhes haviam dado vitória contra os hagarenos (ICR 5:18-26). 
Agora, bem sucedidos, eles passaram a adorar os deuses vencidos,  ao invés de adorar Deus que havia dado vitória a eles. 

Não é estranho?

O tempo passou e eles foram servir deuses que não podiam livrá-los? Parece que a passagem do tempo não foi muito boa para eles.

E para nós? 

Clamamos a Deus no calor das nossas batalhas diárias - enquanto lutamos pelo diploma, enquanto nos preparamos para os concursos, enquanto brigamos para manter nossos relacionamentos, enquanto nos esmeramos para termos aquela promoção, enquanto trabalhamos para pagar nossas dívidas. Vencemos. Ufa. Aleluia. Deus nos deu vitória na medida em que confiávamos nele. Ele fez da nossa batalha a sua e nos saímos vitoriosos, como foram os das tribo de Rúben, de Gade e metade da tribo de Manassés.

Mas, algo acontece quando o tempo passa, eita tempo danado. Cuidado. 
É possível acreditar que foi nós que conquistamos, nós lutamos, nós nos preparamos, nós brigamos para manter o relacionamento, nós demos o sangue para aquela promoção. E tentados podemos olhar para traz, pensar e falar, "mas eu estudei, eu tive paciência, eu perdi noite de sono, eu fiz hora extra, eu economizei, eu... eu... eu estava bem treinado para a batalha, como os da tribo de Rúben, de Gade e metade da tribo de Manassés.

Enquanto batalhávamos sabíamos que era impossível sozinhos, como os nossos irmãos, nós sabíamos que o mar era grande, e só tínhamos forças para nadar em um laguinho. Então clamamos. Deus nos atendeu.
Porém, um tempo depois...estamos servindo os deuses a quem um dia Deus derrotou por nós?

É verdade que os deuses mudaram suas configurações em nosso tempo, agora, eles se apresentam com outras caras. 

Agora é possível adorar ao deus dinheiro - ter,  ao deus relatividade - tudo é permitido -  ao deus individualismo- só pra mim. 

É possível esquecer quem foi que nos deu a vitória. 
Passamos a adorar as coisas, a adorar as filosofias do nosso tempo, a adorar o nosso umbigo?

É muito estranho o efeito do sucesso que pensamos ser nosso.

Agora não temos tempo de servir aos outros, 

Não vamos mais a igreja, 

Não investimos no reino do Senhor,

Não declaramos mais ao mundo quem é o nosso Deus.

Somos soldados valentes, sim. Homens e mulheres famosos, sim. Chefes das nossa família? Não sei. Família é algo que nós ainda cremos?

O tempo passou, e as tribos de Rúben, Gade e a metade da tribo de Manassés, de valentes, famosos e chefes de família em sua terra, se tornaram exilados, escravos do rei da Assíria. E o Deus a quem tinha dado vitória a eles, foi o mesmo que os tornou escravos.
E se o tempo também nos fez esquecer quem foi que nos deu a vitória, que a gente acorde antes do tempo da escravidão chegar, porque o Deus da bíblia, Ele não mudou. 

Estamos bem preparados?

"As tribos de Rubem, Gade e a metade da tribo de Manassés tinham juntas quarenta e quatro mil e setecentos e sessenta homens de combate, capazes de empunhar escudo e espada, de usar o arco, e treinados para a guerra"(IICr. 5:18). 

Eles eram homens capacitados, contudo, foram para a guerra, e descobriram que não era suficiente todo o seu preparo.

Muitas vezes nos encontramos nesta situação.

Fizemos o que nos era possível, estudamos, nos preparamos para o mercado de trabalho, mas, sabemos que não é suficiente, em um país com a economia instável, com representantes que não buscam nossos interesses, em que uma vaga  é disputada por mais de mil pessoas em concursos públicos.
O mercado é competitivo, muito profissional qualificado, poucas vagas. Concorrentes ao nosso lado oferecendo serviços e produtos como o nosso. 
Lutamos. Fazemos mais e mais cursos, nos qualificamos. É mesmo o certo a fazer, pensamos.  

Entretanto, vamos nos dando conta que tornarmos bons guerreiros não nos garante a vitória.

E o que fazer? Muitas vezes somos tomados por um certo desespero, por uma expectativa de dias sombrios, por uma sensação de vida construída e não habitada, como aquela casa tão sonhada,  mais que depois de pronta não foi ocupada por seus idealizadores.

Mas, estas tribos, "durante a batalha clamaram a Deus, que os ajudou, entregando os hagarenos e todos os seus aliadados nas suas mãos" (IICr.5:18). 
Diante do inimigo mais bem preparado do que eles,  não ficaram imobilizados, se lembraram de quem era Deus, e clamaram. E tal foi a confiança que tiveram no Senhor, que o Senhor os atendeu (IICr. 5:20)

Que neste dia, eu e você, possamos erguer as nossa vozes a Deus, a despeito de qualquer sentimento que queira nos imobilizar. 
Que a nossa confiança no Senhor torne as nossas batalhas em batalhas dele. 
Que morra nossos inimigos externos e internos, "como mortos foram os inimigos" (IICr. 5:22) naquele dia, em que estas tribos clamaram ao Senhor.

Deus fala alto.

Estou escrevendo o meu segundo livro, e compartilho com vocês um trecho do primeiro capítulo.

... 

Era fim de tarde. A mocidade estava correndo de um lado para o outro para organizar o palco na praça que ficava de frente da igreja. Iriamos fazer um culto de evangelização.

Eu e um grupo distribuíamos folhetos para convidar as pessoas para participar, e um rapaz que estava sentado no banco da praça me chamou atenção. Fomos até ele, e ao lhe entregarmos um folheto, nos contou que estava longe, porém, escutou uma música que o atraiu aquele lugar. Ele estava abismado que tivesse ouvido a música a mais de 4km, afinal, não havíamos colocado o som com toda a sua potência, e ainda que estivesse era impossível que ele a ouvisse estando tão longe.

Atraído pela música que ouviu, foi de bicicleta até a praça, sentou em um banco, e logo foi abordado por nós. Contou-nos que estava longe da igreja, longe da palavra, e que precisava voltar. Dizia ser desviado, contudo, sabia que precisava voltar para os braços de Jesus. Ele não tinha dúvida. Deus havia falado para ele ir a praça. Nós que ouvimos sua história também não duvidamos. Deus falou tão alto que aquele rapaz ouviu a 4km de distância.

Fiquei pasma. Fico.  Deus continua falando.

Que verdade maluca. Ele, o Criador e Sustentador de todas as coisas. Ele, Ser infinito. Ele - O Grande - que segura o mar na palma das suas mãos. Ele - O observador - que vê as nações como um pingo d’água num balde. Ele - O Verbo que se fez carne - Se fez humano para que os humanos pudessem compreendê-lo..

Que verdade consoladora. Não ficaremos sem resposta. 

O Deus dá bíblia é o Deus que se comunica com os homens. 

Não importam a distância que eles estão.

...

Sou árvore plantada?

Era mais um dia difícil. Eu não conseguia me mover. Na verdade, eu havia sido plantada. Era mesmo impossível qualquer passo.

Olhei ao redor. Não vi sinal de vida. Areia, areia, areia... Era tudo que me cercava. Desejei uma árvore como nunca. Queria a sombra. O sol daquela dor não me deixava..

Mas, eu estava plantada.
Eu sou árvore. Já imaginou uma árvore querendo sombra? As árvores, foram feitas para dar sombras. Percebi, que eu tinha um problema complicado, eu queria, o que eu, tinha que estar fazendo.

Eu tinha me esquecido que estava plantada.
 Tinha medo de morrer de sede. Tinha medo da sequidão do tempo. Tinha medo do clima de deserto. Incomodava-me muita a minha sensação térmica. E, a realidade da alta temperatura me pareceu maior, muito maior do que na verdade era.
É que o sol escaldante queimava as folhas das minhas copas, trazendo dores inimagináveis. Tive medo de morrer queimada. Sombra era tudo que eu desejava.
Cansada, fiquei da busca de pernas para ir a algum lugar. Mas, quem pode dar pernas as árvores plantadas? E,  quase desfalecida ficou a minha alma.

Tentei olhar para cima, contudo, os montes, não me deixavam ver além.
Queria alívio que viesse de cima - de fora.
Tudo porque eu me esqueci que estava plantada juntos as correntes das águas.
Não havia como morrer... ainda que algumas copas minhas fossem queimadas.


E não tendo mais forças para nenhuma busca....parei.
Não parei para descansar por conta própria, parei porque eu estava plantada, e não tinha jeito, eu não tinha como ir a qualquer outro lugar.

Mas, as correntes das águas seguiram correndo, a despeito da minha grande dor. O tempo passou... O devido tempo chegou.

Fui lembrada no final do dia difícil, que o  socorro das árvores plantadas, junto as correntes das águas, sempre está presente. É impossível a morte para quem é árvore plantada.
Flores e frutos vão nascer, a primavera chegará em sua estação.
Então... Bom descanso as árvores plantadas.

.

46?

Teve um tempo, graças a Deus, curto, em que eu me olhava no espelho, e meu coração se angustiava com as marcas de expressão que nasciam, sem serem convidadas, é claro. 

Isto me aconteceu aos 34 anos. Eu, que gosto muito de fotos, e sempre estou visitando meus álbuns, nesta época, já não me reconhecia. 

Aquela menina de rosto liso, de pele sem nenhuma marca, sem mancha, com muito cabelo, estava se transformando em uma mulher que eu não estava gostando de ver.

Hoje, eu faço 46 anos. 

As marcas no rosto aumentaram. Ganhei alguns quilos. Os cabelos estão cada vez mais brancos, e só não estão mais ralos por causa da receita do dermatologista. E, cada vez mais gosto das tintas que deixam o meu cabelo loiro. 

Contudo, aquela crise com a imagem, anda desaparecida. Por que? Afinal, ao ver as minhas fotos do passado, estou mais distante ainda da menina, que hoje, eu acho bonita. Que pena! Quando eu era mais jovem, não acreditava ter beleza alguma. 

Desconfio que o sumiço da angústia, tem haver com o olhar pra vida, que se fez, a cada marca que minha alma, até aqui, experimentou. 

E, dentre tantas coisas vividas, lembrei-me do dia em que fui a funerária, para proceder com o enterro da perna de minha mãe que fora amputada na altura do joelho. Foi atordoante. No caminho, chorei compulsivamente, não tinha imaginado que passaria por tal situação. Mas, ao chegar lá, e ver pessoas abatidas pela perda de entes queridos, meu choro estancou. Celebrei a vida. Minha mãe continuava conosco. Parte de sua perna não era maior do que Ela. Que alegria. Ela continuava presente. 

Eu sou lenta para entender coisas importantes. Ainda acho que estou longe de compreender isto com toda minha alma, mas, as pessoas são as coisas mais importantes que temos. Não gosto desta terminologia de coisas para referi a pessoas. Contudo, não sei porque, não consigo pensar em um termo melhor.

Talvez, ou melhor, com certeza, estou contaminada pelo modo de viver do nosso tempo. Embora, sempre achei que nunca consegui corresponder a todas as exigências. Cheguei a pensar um dia que isto era uma grande desvantagem, contudo, hoje, luto para não me conformar com esta vida de só fazer e ter.

É sufocante este planeta de afazeres. Tantas cobranças externas, já internalizadas em nosso peito. Soa-me sempre cansativo chegar a um lugar, nem termos tempo de respirar, e já ser esperado de nós, novas conquistas. Nada parece suficiente. E vamos, aprendemos com o ritmo imposto, não respeitar, nem o limite do nosso corpo. 

E a vida, que tem data para ser ceifada, nos é roubada. 

É aniversário, meu coração reclama que a morte não combina com esta data. Minha mente, concorda. 
Nestes 46 anos, eu quero é pensar na vida.

No café da tarde com minha mãe que ri de tudo. Na presença do meu pai, que nestes últimos tempos, conversa mais. No meu filho que segue transmitindo sua juventude, sonhos, risadas altas. Nos meus irmãos Sandro e Rogério, que a vida me deu de presente tão cedo. No meu marido que é com certeza a melhor companhia que tenho. Nas minhas amigas e amigos, que reveste de beleza qualquer dia. Na minha família de Brasília, primas queridas, tias, tios, minha avó Mariana, ainda que hoje, sinto falta da sua alegria.


Quero seguir tendo tempo para sentar a mesa. Conversar. Rir de quase tudo. Escrever, escrever e escrever.

Aos 46 anos, estou feliz em acreditar que a vida é mesmo o melhor presente que recebi. E que as pessoas que tenho tão perto, são as melhores pessoas que posso conhecer. 

A Deus, obrigada por me dá um coração feliz.

Aos meus - família, amigos -, obrigada pela certeza do apoio sempre.

Aos meus amigos do blog, quando vocês me dão um feedback, sei que leram, então, escrever, fica muito mais gostoso.