quarta-feira, novembro 29, 2017

O que eu posso fazer para ajudar uma pessoa com depressão?

Oi gente, hoje eu concluo minha séria sobre depressão. 

No texto, deixo aqui dicas práticas (retiradas do blog Sair da Depressão) do que você pode fazer para ajudar as pessoas, as quais, identificou que estão sofrendo ao seu lado com está doença. Gostaria de deixar como sugestão a leitura do blog Sair da Depressão, que trata do tema de uma forma abrangente e prática, tornando a leitura fácil e interessante. Se você está deprimido, ou se convive com pessoa com depressão, vale a pena conferir seus textos.


Segue as orientações para você que está disposto (a) ajudar uma pessoa com depressão:

  1. Aproxime-se da pessoa de forma a apoiar e manifestar a sua preocupação com o seu bem-estar;
  2. Tente transmitir uma sensação de compreensão. Em vez de dizer “Por que você não pode simplesmente sair da cama?” diga por exemplo “Você parece ter dificuldade para sair da cama de manhã. O que posso fazer para ajudá-lo neste aspecto? “;
  3. Mostre preocupação.
    • Estas palavras podem significar muito para uma pessoa que esteja a sentir em baixo: “Você é importante para mim. “ “Diga-me o que posso fazer para ajudá-lo.” “Nós vamos encontrar uma maneira de se sentir melhor. “Um abraço também ajuda;
  4. Esteja lá.
    • A melhor coisa que você pode fazer para ajudar alguém com depressão é estar com a pessoa, dar apoio ou fazer algo em conjunto como passear, fazer compras, ir ao cinema;
  5. Não julgue ou critique. Evite dizer :
    • Está tudo na sua cabeça.
    • Todos nós passamos por momentos como este.
    • Eu não posso fazer nada sobre a sua situação;
  6. Ofereça o seu apoio e ouça as preocupações da pessoa;
  7. Aceite que a depressão é uma questão complexa, que geralmente não é resolvida num par de semanas. Recuperar da depressão leva o seu tempo;
  8. Faça entender que a depressão é comum e tratável. Não é um sinal de fraqueza pessoal;
  9. Encoraje a pessoa com depressão a procurar profissional. A pessoa deprimida pode pensar que o tratamento é inútil e a sua situação não tem solução;
  10. Ofereça-se para procurar um médico ou terapeuta e vá com a pessoa à primeira consulta, é uma grande ajuda para uma pessoa deprimida;
  11. Incentive a pessoa a fazer uma lista completa de sintomas para discutir com o médico;
  12. Dê o seu apoio durante todo o processo de tratamento;
  13. Ajude a pessoa a manter compromissos (como ir a terapia), e a fazer o tratamento prescrito;
  14. Ajude quando e quanto, possível. Quando alguém está com depressão, as pequenas tarefas podem ser complicadas de fazer. Ajude, mas apenas o necessário para você não ficar saturado. 
  15. Caso a pessoa não admita ter a doença ou não crer que algo pode ajudá-la, e você percebe que seu quadro se agrava, marque a consulta com o profissional e insista para que a pessoa vá com você.

Para finalizar, algumas considerações:

Ajudar uma pessoa deprimida, é uma tarefa que exige disposição em compreender, que a depressão é uma doença. Sem este conceito claro em sua mente, pode ser que suas boas intenções, torne pior a situação da pessoa.
Percebo uma grande dificuldade na aceitação deste diagnóstico, porque somos uma sociedade preconceituosa, quando o assunto é transtorno mental. Podemos sofrer ou ver alguém com dor de estômago, câncer, problemas nos olhos, e tantos outros, mas, se alguma doença altera o comportamento, temos dificuldade em lidar. 

É impressionante que a depressão, no contexto de muitas comunidades religiosas, é sinônimo da falta de fé, de fraqueza espiritual, de problemas espirituais. Sou de fé evangélica, e é com tristeza que vejo irmãos, não aceitando o diagnóstico da depressão. 

É triste que em um tempo com tanta informação, o preconceito resista bravamente, e o irmão adoecido, ilhado fica em sua dor, se tornando um forte candidato ao suicídio.
Jesus Cristo disse: "Não julgueis, para não ser julgado"(Mateus 7:1). Sua ordem é atual. É sábia. E uma vez obedecida, nos tornaremos capazes de fazer muito pelas pessoas com depressão. Seremos mãos que acolhem, e não mãos que atirem pedras.
Que Ele nos ajude.


Referências:

Leia mais: http://www.sairdadepressao.com/como-ajudar-uma-pessoa-com-depressao/#ixzz4zjdTsrFa
https://www.vittude.com/blog/12-maneiras-de-ajudar-um-amigo-com-depressao/

segunda-feira, novembro 27, 2017

Tecnologia vilã, mas amada.

Estou escrevendo meu segundo livro. Um pequeno trecho do primeiro capítulo.


.... Para nós criados em cidade grande, é complicado entender que Deus fala na natureza. Estamos cada vez mais cercados por concreto e asfalto. Entretanto, “os céus proclamam a sua glória ”xSl.19:1.
E rodeados pelo cinza, e sem folga por causa do nosso ritmo de vida, a pouca natureza que nos circunda é roubada. É que a práxis urbana - o correr de um lado para outro - sufoca com a falta de tempo.
Na cidade em que moro, ocupada, nem sempre consigo contemplar o céu azul, a noite caindo e trazendo as estrelas. E ainda que tento diariamente molhar as plantas, nem sempre desfruto das flores que nascem nos vasos que insisto em ter no meu quintal cimentado.
A tecnologia, vilã disfarçada da mais bela mocinha, também seduz. Sua maldade é refinada, sutil. Prometendo facilitar a vida, se alia a cidade. O que ela faz? Todos nós sabemos. Suga o tempo cada vez mais escasso.
Abrimos o Facebook, só queremos gastar 10 minutos, coisa rápida, ver os amigos não vistos. Nos assustamos quando, 30 minutos se foram. WhatsApp, só ver uma mensagem, estamos na mesa com a família, com os amigos – era só ver, não resistimos, respondemos. Gasta-se o tempo, o pouco tempo, que se tem com quem está do lado.

E a tecnologia vai nos deixando cada vez mais órfãos... Mesmo assim, nós a amamos, como amamos os atores que representam os mais cativantes vilões.

sexta-feira, novembro 24, 2017

Certa vez, ouvi uma estória de um homem, que estava viajando de carro. De repente o pneu furou. Ele, pensativo sentou no meio fio. Se lembrou que não tinha comprado o macaco do seu carro, que havia sido roubado, dias atrás. Estava a confabular as suas possíveis soluções.
Ficou ali parado, não conseguindo pensar em nenhum caminho fácil para resolver aquela situação. Os carros, passavam em alta velocidade, e pensava ser sempre perigoso precisar de pessoas desconhecidas.
De repente, um veículo parou a sua frente. O motorista do carro, ofereceu ajuda, mas, ele recusou. Achou o homem disposto demais, e com medo, disse que não precisava. O motorista que parou, seguiu adiante. Lá ficou o homem sentado no meio fio.
Uma hora depois, já desconsolado com o sol da manhã queimando sua cabeça, e com as horas de trabalho perdidas, o outro motorista parou, e ofereceu ajuda. Ele aceitou, mas ao saber o motivo de não ter trocado o pneu, sorriu. O homem, ficou indignado. Do que você está rindo? Perguntou. Mas, antes que ele respondesse, negou que precisasse de sua ajuda. E, assim, o motorista que parou, seguiu adiante. Lá ficou sentado o homem no meio fio.
Três horas da tarde. Com fome, suado, cansado, precisando de um banheiro, rogou com toda as suas forças por ajuda. Meia hora depois, outro motorista parou e ofereceu ajuda. Mas, ele recusou. Era um afro descendente. E, embora acreditava não ser racista, pensava, 'é preciso ter muito mais cuidado'. Assim, o motorista que parou, seguiu adiante. E o homem continuou sentado  no meio fio...
Penso, que eu e você, também trazemos nossos medos, o pavor de críticas e, tantas vezes, nossos sutis preconceitos. É possível, que  dominados por estas realidades ( medo, crítica e preconceito), paralisados ficamos diante de um desafio em nossa vida.
Tantas vezes, não aceitamos as respostas que precisamos, por causa das nossas expectativas de como é que as coisas deveriam ser, e perdemos o que é. 
Quem sabe hoje, eu e você, sentados no meio fio da estrada da nossa vida, estamos dizendo não, a todas as respostas para voltarmos a viagem que nos cumpre fazer. "Como o homem que planeja em seu coração o seu caminho", mas esquecidos de que "é o Senhor quem determina os seus passos"(Provérvio 16:9), fica a determinar quais são as soluções possíveis. 
Se assim estamos, é certo que ficaremos cada vez mais adoecidos, e  desconsolados, ao reclamar a ajuda que recebemos, mas, não conseguimos ver.







quarta-feira, novembro 22, 2017

Tratamento para depressão: Terapia medicamentosa

Oi gente, nesta quarta estarei falando sobre a terapia medicamentosa para depressão.

Vale salientar que é um tema controverso. Somos uma geração acostumada com o microonda, controle remoto, celulares e caixas eletrônicos. Geração que vê o mundo, sem sair de casa pelas teclas de um computador conectado na internet. Não é a toa que queremos tudo para ontem. Mas, nem sempre o rápido é o caminho necessário. E tomar remédio, sem prescrição de um bom especialista, pode ser algo perigoso para a saúde.  

O humano passa por seus processos e crises. Alegrias e tristezas. Perdas. Tudo faz parte da vida. Temos que aprender a lidar com elas. Nenhum medicamento vai curar a saudade de um ente querido, ou aliviar a raiva da traição sofrida. É preciso tempo, novos olhares para a vida, nova forma de pensar, novas posturas internas para digerir eventos que marcam nossa história.

Porém, vivemos em uma sociedade que evita a todo o custo, o sofrimento. E o uso de medicamentos, como solução mágica é uma realidade cada vez mais presente em nossas casas. Os antidepressivos, vendidos no mercado, parecem prometer um alívio rápido e total, para uma doença que precisa ser tratada em muitas dimensões. 

Sou psicóloga e nada tenho contra o tratamento medicamentoso, caso este, de fato, ajude quem dele faz uso. A advertência é contra o uso de medicamentos para aliviar as questões, cujas causas são sociais, culturais, emocionais e psicológicas.
A terapia com antidepressivo é indicada como um dos tratamentos mais eficazes para combater a depressão. Estudos mostram eficácia, principalmente aliada a psicoterapia. Contudo, é preciso cuidado. Na depressão leve normalmente não necessita do uso de medicamentos. Na depressão moderada e grave, será necessária a avaliação de um bom psiquiatra para saber qual o melhor tratamento.
Já atendi pacientes que o médico insistiu em manter um medicamento que não estava trazendo nenhum benefício para a pessoa. Meses se passaram. E me pergunto: Se os sintomas de uma doença não foi contido, amenizado, e a doença só evolui, qual a finalidade de manter um medicamento no caso da depressão, se existe tantas outras alternativas?

Saber qual o melhor tratamento é sempre o desafio. Psicoterapia e medicamento, são os mais indicados pelas pesquisas, e o ideal era ter acesso aos dois, para ver a melhor resposta. 

Entretanto, muitas outras terapias podem ajudar, tais como: Meditação, acunputura, fitoterápicos, EMT, e tantas outras

Cabe salientar que a EMT- Estimulação Magnética Transcraniana - técnica não invasiva, com poucos efeitos adversos, é pouco conhecida. Porém, é regulamentada no Brasil, e tem eficácia comprovada. É um tratamento caro, e os planos de saúde não o cobrem, mas, é uma opção. Para quem interessar pelo assunto, deixei nas referências abaixo, links e artigos para pesquisa.


Vivemos dias difíceis. São muitas informações e não sabemos em qual fonte confiar. Existe também inúmeras criticas aos laboratórios. Estudiosos e jornalistas reconhecidos, afirmam que a indústria farmacêutica  manipula o mercado. Médicos são comprados com benefícios para receitaram medicamentos produzidos. E acho prudente o conselho que devemos ter cuidado com estudos publicados por laboratórios. 
Mas, a depressão é uma doença. Precisamos buscar tratamento. Certamente que existem remédios que podem funcionar para alguns.



Semana que vem irei terminar minha série sobre depressão. Com  dicas práticas de como podemos ajudar a pessoa deprimida. Espero por você. Até lá.

Referências:
http://www.sairdadepressao.com/tratamento-da-depressao/
https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/Caderno_AF.pdf
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/11/1832841-industria-farmaceutica-age-como-o-crime-organizado-diz-pesquisador.shtml
http://www.psicologiasdobrasil.com.br/estudo-mostra-que-industria-e-psiquiatria-criaram-doencas-e-remedios-que-nao-curam/
http://www.psicologiahailtonyagiu.psc.br/materias/esclarecendo/395-a-psiquiatria-esta-em-crise
Links e artigos para quem quer conhecer sobre a técnica EMT:
https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/vida/noticia/2015/04/conheca-um-novo-tratamento-para-depressao-quase-sem-efeitos-colaterais-4732432.html
https://jornalggn.com.br/noticia/o-tratamento-da-depressao-por-meio-de-estimulos-eletricos

Artigos científicos:
COELHO, C.L.S. et al. Higher prevalence of major depressive symptoms in Brazilians aged 14 and older. Revista Brasileira de Psiquiatria. v. 35, n. 2, p. 142-43. abr.-jun. 2013.
KRISHNADAS R, CAVANAGH J. Depression: an inflammatory illness? Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry. vol. v. 84, n. 5, p. 495-502. 2012.

segunda-feira, novembro 20, 2017

Sucesso dos fracassos

O sucesso dos fracassos. Fui desafiada a escrever. Mas, como é difícil ver na dor não buscada, algo que faça algum sentido de triunfo. 
Afinal, o que teria para ser visto de bom na dor da descoberta do "amigo", que só se teve, por causa do olhar da inocência que não nos fez prudente? Seria o sucesso deste fracasso, ver os amigos, que são amigos de fato?
O que teria para ser visto de bom no desemprego, a nos tirar a dignidade de uma vida com possibilidades? Seria o sucesso deste fracasso, a nova estrada do nada, que diz os gênios ser o lugar do nascer da criatividade?

O que teria para ser visto de bom em uma batida de carro, que o deixou na oficina por longo tempo, nos fazendo perder o dinheiro investido, nos impondo o não ir? Seria o sucesso deste fracasso o novo, nos velhos caminhos a se destacar? Lojas vistas, pessoas perto, flores, plantas, jardins, calçadas desenhadas. Beleza presente nos caminhos de todo dia?
O que teria de bom no amor que não vingou? Seria o sucesso dos fracassos a chegada de corações antes não conhecidos, trazendo um amor nunca sonhado?

O que teria de bom na saúde que se tornou turista? Seria o sucesso dos fracassos, a pausa ao corpo cansado das férias nunca tiradas? Ou seria, a alma a celebrar o repouso que lhe traz novas janelas abertas,  no sentar sem pressa ao redor da mesa, e no falar e ouvir de sentimentos não nomeados?

Enquanto aceito o desafio de escrever sobre o que eu não compreendo, eu sigo me questionando:
Se o sucesso dos fracassos, é descobrir que o controle é ilusão sem tato? É segurança falsa prometida a seres impotentes e finitos? 
É se vê, sem ver o todo? É se assustar sempre com o novo? É se perceber nada sem o outro?
Duas coisas tenho por certo: 
A primeira: É que a vida é a dona das possibilidades. Do sol ou chuva na manhã seguinte, quem é que sabe?
A segunda: É preciso o olhar da criança, e  não do adulto que acredita não ter mais tempo. É preciso ver além da realidade insossa, e vislumbrar a oportunidade, que o fracasso seja, apenas o recomeço. 
Não sei se conheço o sucesso dos fracassos... Desconfio não ter a criança com este olhar que traz a simplicidade da fé teimosa, que nada precisa ver para crer.
Contudo, vendo o que os olhos só veem, após ser provado pelo fogo, eu abraço o fracasso, certa de que Deus pode o tornar, o meu  maior sucesso.

quarta-feira, novembro 15, 2017

Tratamento para depressão: Psicoterapia


Oi gente, nesta quarta, continuo falando sobre depressão. O tema de hoje: o que é Psicoterapia e como pode ajudar a pessoa deprimida.

Os estudos apontam que a psicoterapia é um dos tratamentos mais eficazes para o combate da depressão. É um método de tratamento de problemas psicológicos e emocionais baseado no conhecimento científico do funcionamento psicológico. 
A partir da abordagem adotada (teoria científica a qual o profissional se baseia para fazer seus atendimentos), o profissional da psicologia vai fazer a leitura de como o paciente se encontra, e elaborar a intervenção.  
Estudos mostram, que independente da abordagem, quando há domínio do psicoterapeuta da sua teoria e um bom relacionamento entre o profissional e o paciente, a psicoterapia pode ser eficaz. E, somente psicólogos credenciados ao conselho de psicologia de sua região podem realizá-la.
A psicoterapia pode promover um novo olhar sobre os problemas. Levando a pessoa a se conhecer melhor e a descobrir outras formas de reagir diante do que está vivendo. Com uma nova forma de ver o mundo, a maneira de se portar diante da vida pode mudar, podendo levar a pessoa ao encontro de caminhos, de volta ao equilíbrio emocional.
As psicoterapias podem variar relativamente à frequência das sessões e duração do tratamento. A frequência é acordada entre paciente e psicoterapeuta, de acordo com as necessidades e condições do paciente. De um modo geral, as sessões são bissemanais, semanais ou quinzenais.

A relação entre paciente e psicoterapeuta não é uma relação de amizade, caso contrário, deixa de ser uma técnica científica implementada por um profissional qualificado, o que compromete a eficácia do tratamento. E só pode ser feita por psicólogos que não fazem parte do seu círculo familiar e de amizade.


Em nenhuma hipótese, a psicoterapia pode ser usada para dar conselhos aos pacientes. As decisões da vida de uma pessoa, só podem ser tomadas por ela. E a psicoterapia pode ser uma forma de ajuda para que o individuo chegue as suas próprias decisões. Psicoterapia eficaz é aquela que desenvolve a autonomia e liberdade. Por isto, o paciente  tem que estar motivado a colaborar com o terapeuta, porque as mudanças da sua vida, só podem ser realizadas por ele.

A psicoterapia pode ser aplicada a uma diversidade de situações clínicas em que se verifique sofrimento emocional e dificuldades de adaptação à vida, tais como: Crises no desenvolvimento, transtornos mentais, luto e divórcio, e outras.
No tratamento da depressão, a psicoterapia pode ajudar a compreender a doença com seus sintomas, e como ela se manifesta na vida do paciente. Também, a identificar os problemas que a causam, ou que a mantém. E o psicoterapeuta ao dar feedback (explicação do que está vendo) ao paciente, pode ajudá-lo a buscar novas formas de lidar com a doença. 
Vale lembrar que a depressão é uma doença que precisa ser tratada levando em consideração a vida do paciente como um todo. O que certamente levará o profissional a indicar a busca de outras abordagens de tratamento.
Na semana que vem vamos falar sobre a terapia farmacológica - remédios usados no combate da depressão.

Compartilhe com seus contatos. Vamos espalhar estas informações.

Aguardo você. 

sábado, novembro 11, 2017

O Fracasso dos sucessos.



Tem coisas sonhadas por toda uma vida, mas que depois de conquistadas, nos trazem o vazio da sua não frutificação. É aquele diploma sonhado desde a infância, mas, que não abriu porta para nenhum trabalho realmente compensador; Aquele dom transformado em produto, mas que pouca gente compra, ainda que  admire; Aquela família sonhada que se desfez, no não encontro dos corações; O filho almejado, agora, adulto, se vai. E de costas, percebemos que ele esqueceu tudo o que recebeu. 
Dói o fracasso dos sucessos... o pensar que não se chegou a lugar algum por aquilo que tanto se esperou...
O desespero não conhecido enquanto se lutava por todas as conquistas, agora, ronda a alma a querer enforcar a expectativa dos sonhos, pra além do momento presente, diante do feito que não se fez.  
E o olhar que mantinha a esperança, ameaçado fica em se voltar para o passado, e pensar que o tempo não volta. Ou, afligido é com o futuro que parece trazer a sentença fatal de não ter mais tempo...
Assim, a alma esvaziada dos sonhos, se cobre da mais refinada angústia: O não viver no aqui e agora, onde o fazer pode se refazer.
Este olhar desesperado se perde nas histórias daqueles que nunca foram admirados, por não tocar a terra dos sonhos. 
Mas, detido, nos seus escritos em branco, assustada a alma dos sonhadores ficam pelo caos visto. Como é triste a vida daqueles que nunca tiverem ousadia para alcançar o que a sua alma implorou. Teme-se aquela vida, ainda que pense: Eles não sonharam, mas conquistaram muito além do que a gente com todos os nossos sonhos... 
E a alma não se conforma. É teimosa em sua busca infinita.
Seriam os sonhos vilões?
E, descobre que não saberia viver, nenhum um dia sequer, sem alegria de persegui-los. Os sonhos são a esperança mantida.
Então o coração volta ao sossego, descobre que a alma viveu apenas o que conseguiu ter vivido: Em busca dos seus sonhos.
O olhar volta-se ao presente. A jornada da construção recomeça, de onde nunca deveria ter parado, por nenhum instante.
E o fracasso dos sucessos, acolhido é, sem sombras, porque " a esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida (Provérbio 13:12), diz o Senhor dos Sonhos. 


quarta-feira, novembro 08, 2017

Depressão e tratamento - Considerações

Oi gente, continuo a falar sobre o importante tema da depressão nas quartas feiras. A partir de agora, falaremos sobre os tratamentos mais indicados.
No Brasil, 11,5 milhões de pessoas estão sofrendo com a depressão. E vale considerar que não existe fórmula mágica para curá-la. Seria maravilhoso se existisse. Eu seria a primeira a comprar e a indicar para meus pacientes e amigos. 

Mas, ao contrário, a depressão precisa ser combatida levando em consideração o humano como um todo. Se tem me acompanhado nas quartas feiras, sabe que a depressão é uma doença que precisa ser compreendida, em seu aspecto biológico, psicológico e social.
Os tratamentos devem buscar dar uma respostas a todas estas demandas. Logo, podemos verificar que não existe uma só indicação.

É preciso profissionais competentes e éticos, para ajudar no encontro de melhores caminhos para tratar a depressão. Encontrá-los, nem sempre é uma tarefa fácil. 

Tratamentos com qualidade no Brasil é algo muito caro. Em minha família, vivemos este drama quando um parente vivendo um transtorno mental, não se equilibrava com os medicamentos indicados por médicos do convênio o qual possuía. Percebemos que seria necessário levá-lo a um profissional mais competente. No convênio, não conseguimos, e a indicação que recebemos foi de um particular. A consulta na época foi de R$ 400, e precisou ser feita mensalmente, até a pessoa se estabilizar. Os medicamentos indicados ficavam por mês por volta de R$1000 a R$1.200. No mês, era preciso R$1.600, fora os outros tratamentos necessários, tais como, atividade física orientada por personal. Os tratamentos deram e continuam dando certo. Entretanto, quem no Brasil pode gastar por mês este valor? Por algum tempo, pode até ser que pessoas da classe média consiga, mas por longo tempo, é insustentável para a maioria dos brasileiros. 
A verdade é que tem medicina eficaz no Brasil, mas ela é cara e são poucos os que têm acesso. É lamentável.

Contudo, existem tratamentos disponibilizados na rede pública. Os Centros de Atenção psicossocial- CAPS, atendem usuários com transtornos psiquiátricos e dependentes químicos -  álcool e outras drogas. Estes, possui profissionais da área da psiquiatra e psicologia. Cada região tem sua forma de encaminhamento, sendo preciso ir buscar informação na secretaria de saúde da região em que mora. E a lei determina que  toda cidade acima de 20 mil habitantes deve ter estas unidades de atendimento. 
Sabemos que apesar das dificuldades do setor público, ainda há muito profissional competente nestas unidades. 
A depressão é uma doença que pode debilitar muita a pessoa caso ela não consiga tratamento, além, de aumentar a motivação para o suicídio. A busca pelo tratamento não pode ser adiada.
Um dado importante sobre a doença é o fato de que a pessoa deprimida acredita que não tem solução para ela. Seu pensamento está alterado, e a visão negativa da vida normalmente domina sua forma de vê o mundo. O que predispõe a pessoa a não procurar e nem se empenhar nesta busca de se tratar. 
Entretanto, se você está perto de uma pessoa com os sintomas da depressão, é preciso que insista com ela para que se trate.
Os estudos apontam que os tratamentos mais eficazes para o combate da depressão é a psicoterapia e a terapia farmacológica. 
Na próxima quarta, falarei especificamente sobre psicoterapia. 
Aguardo você. Até lá.
Referência:

- Psiquiatria básica organizado por Mario Rodrigues Louzã Neto, Thelma da Motta, Yuan-Pang Wang e Hélio Elkis Porto Alegre: Artes Médicas,1995
- Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Paulo Dalgalarrondo. Porto Aleg: Artes Médicas Sul, 2000.
- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500005
- https://drauziovarella.com.br/drauzio/diagnostico-de-depressao/
- http://www.sairdadepressao.com/diagnostico-da-depressao/
- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500007

segunda-feira, novembro 06, 2017

As incursões no coração

Nasce um dia. E começamos mais uma jornada em rumo ao conhecimento. Agora, a busca é por nós mesmos. Queremos saber quem somos?
Ficamos animados ou desconsolados com tamanha aventura? Sabemos que há um mundo dentro de nós a ser percorrido. O que encontraremos? Quem eu sou e quem é você?
Damos o primeiro passo, o segundo, o terceiro, o quarto... E seguimos...  A vida é mesmo um presente a ser festejado?

Sei que se conhecer acontece, para quem começou tal façanha de se aventurar em si mesmo. E não há vida realmente vivida se a gente  não pisa no solo da nossa essência, todo dia. É preciso ver, ainda que seja um metro quadrado, do universo de tudo o que somos.
Contudo, avistando ou não a terra estranha que somos, o viver vai se fazendo. Não tem como fazer a nossa história não seguir. Ela é escrita pelos escritores da nossa genética, escritores da nossa cultura, escritores do tempo em que nascemos na história do mundo (social e econômico), escritores dos eventos e das escolhas que fazemos. Enquanto nos damos conta que o tempo que nos trouxe é o mesmo tempo que não nos dará tréguas. Sem descansar do seu trabalho de seguir sempre, nos faz seus prisioneiros, e acorrentados aos seus pés, andamos, ainda que cansados ou não.

Querendo ou não, estamos na caminhada. O ser que somos vai se fazendo, e saiba, jamais a revelia de nós mesmos. 
Sabendo ou não quem somos, somos. Sempre se é. Ainda que a consciência de nós, não a temos. 
Mas, quem vive sem saber de si, vive o quê? Não sei ao certo. Talvez apenas sobreviva, como o peixe que foi levado pelas ondas a praia, ficando exposto ao sol, ao desconhecido, a outra maré que vai subir daqui algumas horas. 

Pense no risco... É possível morrer na praia, antes que outras águas o levem ao mar que o permitirá viver. É possível que o sol o queime. É possível que o desconhecido o roube.
Então, não perca tempo. Descubra-se. Encontre caminhos, antes que eles os enlacem.
Saiba que as incursões no coração é preciso. São elas que nos permitirá afugentar as trevas, se estas, ousam dominá-lo. São os passos dados na trilha do saber quem sou que me dirá se é preciso buscar Luz enquanto se pode tê-la.
E enquanto vamos nesta viagem desafiadora, oremos:
"Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim, um espírito inabalável".(Salmo 51:10)







sexta-feira, novembro 03, 2017

Eu quero ver o que Simão viu

Eles pescaram a noite toda. A maré não estava boa para peixe. Voltaram para a praia cansados depois de uma busca exaustiva para suprir suas necessidades. Acostumados com o mar, sabiam que os peixes por vezes desapareciam nas águas profundas, contudo, era sempre uma experiência frustante. De volta a praia só restou lavar suas redes vazias e deixá-las preparadas para uma próxima tentativa. Trabalhar com esforço e não vê o resultado convertido em salário, é pisar na terra da impotência - o que fazer? Coisas da vida de um pescador experiente - de um trabalhador brasileiro -, restando naquele dia lavar suas redes e deixá-la preparada para outro dia.
Simão, está cansado, a noite foi longa, e deseja ir para casa, mesmo não tendo boas notícias. Contudo, percebe que o movimento que tinha avistado do mar à beira da praia, agora, está cada vez mais próximo do seu barco. Sem se deixar distrair do trabalho, fica a observar o movimento das pessoas atrás de Jesus de Nazaré. Ele mesmo está ouvindo suas palavras...

De repente o Mestre que falava a multidão, sendo comprimido por ela, pede o barco emprestado. Simão, não hesita. É preciso ajudar aquele Homem que fascina as multidões com suas palavras.
Simão está cansado, mas, algo nele inspira. E o tempo passa sem que percebesse. Suas palavras embalam a alma. Nunca viu ninguém falar com tanta autoridade.
O Mestre ao acabar de falar a multidão, disse a Simão que fosse " para onde as águas são mais fundas", e a todos seus companheiros que lance as redes para a pesca. Ele sabia do coração ansioso do dono do barco. Sabe que sendo pescador, sua família espera pela provisão diária. Toca no que lhe incomoda a alma.
Ah... Como é cruel está tal ansiedade. Tão presente na vida dos homens e mulheres que lutam diariamente para manter o pão sobre a mesa. Que pagam impostos altos e vivem com uma inflação que não cede. Submetidos estão a um governo que governa a favor de si mesmo, e não do povo. Mas, é preciso manter o pão se quer sobreviver.
Ele pensa e fala ao Mestre ter pescado a noite toda. Em outras palavras, os peixes não estão nas águas profundas, ele mesmo tinha lançado as redes e visto. 
Mas, algo no Mestre inspira confiança. É ele quem está mandando que todos lancem a rede ao mar. E por ser a sua palavra, obedece. 
E o milagre se torna uma realidade. Suas redes vazias, agora, quase se rompem de tantos peixes capturados.
Simão teme. É pescador pecador. Sabe que está diante de um enviado de Deus. 
Mas, um milagre, ainda mais extraordinário acontece. 
Encantado, Simão arrasta com seus parceiros os barcos abarrotados de peixes para a praia, e ali deixam tudo e o seguem. 
O visto, em Jesus, o fez se esquecer do suprimento das suas necessidades, e da sua ansiedade, no momento, não mais se lembrava. 
Agora, Jesus o faz pescador de homens. Vida nova, novo trabalho, novo caminho, novos desafios.
Mas, é Jesus quem segue. E seja o que for que Simão tenha visto, que a gente possa ver hoje. 

Evangelho de Lucas 5:1-11

quinta-feira, novembro 02, 2017

Dia dos mortos ou dos vivos?

Fiquei a pensar que só existe o dia dos mortos por causa dos vivos. Sei que é óbvio. Mas, se o humano não tivesse criado este dia, é certo que não existiria. Coisa de humano estabelecer datas para isto ou aquilo. Como também, é coisa do humano não viver a sua própria vida. Isto é o que eu acho mais estranho... E você?
Afinal, a vida dos que partiram foi um desafio diário, e a nossa própria vida é também aventura no cotidiano da rotina. Não tem caminhos fáceis. Não tem jornada sem dor nos pés da alma. E como diz minha amiga Eliane, psicanalista," viver é não estar completo". Assino embaixo. 
O que me sustém nesta vida de vazios é Jesus Cristo.
Ele é o caminho, a verdade e a vida. Esta verdade me faz caminhar com alegria no coração ainda que os pés sangrem. E ao saber que a verdade é encontrada nele, liberta, sigo com esperança na medida em que Ele faz o meu interior fluir rios de águas vivas. 
E vou descobrindo o que já sei: Em Jesus existe vida que anseio. Ele, o Ser único e completo do universo quis dividir sua vida conosco. Que bom que Ele venceu a morte. Que consolo é a verdade de que tudo é só uma questão de tempo. E como o tempo não pará, descubro que o tempo está a favor de quem já creu, e passou da morte para a vida.(Evangelho 5:24) 
E esta vida que recebo todo dia me motiva, mesmo quando quero desistir. É que Jesus faz nascer a certeza de que a vida será encontrada em toda sua plenitude quando voltar. Que alegria pra além de qualquer conquista nesta terra. Afinal, seja qual for o sucesso provado, ele será passageiro, como a erva que nasce, mas ao meio dia seca, e no final da tarde morre.
Mas, até que Ele venha. A vida é pra ser vivida. 
E viver é o desafio de aceitar o que falta, fazendo do que se têm o melhor que pode ser feito. 
Que Ele no dia dos mortos nos dê ainda mais coragem diante da vida. E que em nossos lábios esteja sempre uma palavra de gratidão por tudo que Ele já conquistou para nós: A vida eterna.


Gratidão: Um caminho para felicidade?




Tive a oportunidade de falar sobre Gratidão, na perspectiva da psicologia positiva. Foi uma agradável experiência com mulheres que fazem a diferença na vida de muitas crianças. 








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quarta-feira, novembro 01, 2017

Depressão e diagnóstico: Quem pode fazer?

Oi gente, neste mês de novembro sigo falando sobre a depressão nas quartas-feiras. 
O diagnóstico da depressão, é o tema de hoje.
Em minhas pesquisas nos livros, artigos e sites, cheguei a algumas conclusões sobre este tema, e vou compartilhar com vocês:

Primeiro: É preciso ir ao médico para ver a saúde como um todo. Fazer exames de rotina. Embora, a depressão não é diagnosticada por exames, contudo, muitas doenças podem trazer sintomas da depressão, sendo necessária a investigação. Não adianta fazer tratamento para depressão se você estiver, por exemplo, com hipertireoidismo. ( Veja sobre as causa da depressão: Texto do dia 25/10/2017)
Segundo: Descartada a possibilidade de ser outra doença que cause sintomas depressivos, o próximo passo é buscar profissionais habilitados para fazer o diagnóstico. São eles os psiquiatras e psicólogos;
Terceiro: Testes e questionários não são suficientes para fazer o diagnóstico de depressão. Na internet vamos encontrar alguns. Contudo, fatores biológicos, psicológicos e sociais devem ser avaliados, antes de dar o diagnóstico de uma doença, seja ela qual for. 
Quarto: Tratamento para depressão é individual. Isto significa que o remédio que meu vizinho, parente e amigo está tomando, se tiver sido indicado por um médico, foi para ele, e não para você. É necessário passar pela avaliação de um profissional, para que o seu contexto histórico, genético, cultural e social, sejam considerados. Jamais faça uso de medicamentos sem prescrição médica. 

Semana que vem irei falar sobre como tratar a depressão. 
Até lá.

Referência:
- Psiquiatria básica organizado por Mario Rodrigues Louzã Neto, Thelma da Motta, Yuan-Pang Wang e Hélio Elkis Porto Alegre: Artes Médicas,1995

- Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Paulo Dalgalarrondo. Porto Aleg: Artes Médicas Sul, 2000.
- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500005
- https://drauziovarella.com.br/drauzio/diagnostico-de-depressao/
- http://www.sairdadepressao.com/diagnostico-da-depressao/