quarta-feira, agosto 15, 2018

Sou quem eu quero ser? Aceitar os pais não é fácil


Meus ascendentes conhecidos:
Meu pai é este com o cigarro na boca,
 minha mãe está ao seu lado.
Ao lado de minha mãe, minha avó paterna com o dedo no queixo.
Eu sou está menina de boca cheia e aberta kkkk...

Se desejas conhecer-se, não podes negar seus ascendentes, antes, é urgente acolher a história deles para compreender quem você é.
Quando fui de encontro a minha história familiar, descobri que meu pai quase nada sabia do meu avô, e pude compreender que embora não tivesse nenhum modelo, conseguiu cumprir bem sua missão de ser pai.
As críticas advindas da adolescência perderam todo o sentido quando fui capaz de visitar sua história para compreendê-lo, em mim brotou um profundo respeito, ficando mais fácil obedecer ao princípio bíblico de dar a ele a honra.
Sei que não é um processo fácil nos depararmos com as escolhas dos pais que nos feriram. É muito difícil deixar de lado o juiz que habita dentro da gente. Temos costume de sermos implacáveis com os erros dos nossos pais, os apontamos sem nenhuma empatia. Sem tentar compreender, gritamos nossas dores e fazemos nossas cobranças sem prestar atenção que eles também têm os seus gritos, pois também foram feridos, e muitas vezes, muito mais do que nós.
E, quem sabe talvez marcados por algum transtorno psiquiátrico, algum abuso sexual ou psicológico, pela vida dura que não permitiu eles serem crianças, pela ausência dos seus pais... e tantas outras possibilidades neste mundo, onde o caos tantas vezes se instala, eles tomaram caminhos que não conseguimos aceitar.
Eles são culpados? Sim!
Entretanto, quem pode atirar a primeira pedra?
Eles erraram, nós erramos e erraremos, nossos filhos errarão, e somos todos culpados.
Entretanto, Jesus Cristo nos ensinou: ‘Não julgueis¹’.
Sei que suas palavras são tão fáceis de compreender como complicadas de obedecer. Mas, quem busca obedecer este ensino, experimenta a misericórdia pelo outro, tornando-se livre da amargura, da ingratidão e do não reconhecimento.
O maior resultado que vejo em mim desta visita a minha história, é a recuperação da minha segurança interna. Sempre sonhei ser psicóloga e escritora, contudo, trazia um medo terrível de não conseguir, entretanto, quanto mais dou a meus pais a honra, mais confiante me torno diante da vida.
Portanto, quando somos restaurados na confiança interna do que podemos ser e fazer, nada mais nos segura e nos tornamos capazes de recriar a nossa própria história.
Por esta razão, vá em busca deste caminho onde o julgamento não impera, onde a aceitação é instrumento certo que te ajudará a cada dia dar a seus pais, a honra.
E para quem honra os pais, há uma promessa de que o caminho será bom. Creia.
 Roseli de Araújo
 Psicóloga clinica
(62) 982385297