segunda-feira, junho 26, 2017

Morre o bebê



Como é difícil compreender pessoas como Davi, que diante da morte do filho, causada pelo seu pecado, não ficou comprimido pela culpa, não se curvando a vitimização da sua própria consciência.

Pelo contrário, mesmo depois do Senhor cumprir sua sentença, Davi, se levantou, tomou banho, perfumou-se, entrou no santuário para adorar ao Senhor, e foi consolar a mulher que havia perdido um filho por sua causa. Enquanto confortava Bate Seba, Deus dá a eles um novo filho, Salomão, que se tornou o seu sucessor no trono.

Este Davi é um homem mesmo diferente!
Ele se dobra diante da punição, mas, como quem abraça alguém amado que chega depois de tanto tempo longe, assim, agarra com fé, a palavra de que o Senhor, também, o tinha perdoado.

Quem sabe o Senhor faça isto conosco hoje. Quem sabe abraçados com seu perdão, depois de reconhecermos que temos pecado, Ele restaure nossa vida, onde estamos sendo punidos.

O que sei, é que Deus não mudou, Ele continua a perdoar pecados.


sexta-feira, junho 23, 2017

Ser Crente, Ser Humano

Meu primeiro livro, agora em formato ebook,  disponibilizado no site da amazon.com.br.

'Ser Crente, Ser Humano, é minha tentativa de responder a algumas perguntas que os evangélicos me fazem sobre temas da minha profissão. O livro tem 5 capítulos:
-O crente precisa de psicólogo?
-Depressão: Doença ou falta de fé?
-Transtornos mentais existem?
-A culpa sob a mira da palavra
-Os sentimentos na Escola de Jesus
Sem nenhuma pretensão de esgotar o assunto, escrevo no desejo de que muitos encontrem descanso para seus sofrimentos".


Comprem, deem de presente, divulguem em suas redes de contato.Toda o lucro é revertido para missão urbana e transcultural.

quarta-feira, junho 21, 2017

Saul em nós


Por vezes, poupamos o que julgamos ser bom, quando Deus nos mandou destruir. Agindo assim, abandonamos o Senhor, e deixamos de seguir suas instruções, como fez Saul. (I Samuel 15)
E querendo tanto seguir nossa jornada, acreditando que o Saul está distante, nos escondemos atrás das nossas "boas intenções". Mas, o Espírito Santo, no correr da vida, vai despindo a alma da santidade suposta.
É que o Saul que julgávamos estar longe, é descoberto, pelas nossas escolhas. E o Espírito nos revela que ele sou eu, e eu sou ele.
Vendo agora um pouco mais sem sombras, não ousamos mais erguer nossos olhos aos céus, e como o publicano, oramos, 'Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador'(Lucas 18:13).







segunda-feira, junho 19, 2017

Na rodoviária da vida


Por muitos anos clamamos a Deus por um milagre. Mas, o que acontece com o todo Poderoso que se cala?
Perguntamos: Irá o Senhor nos rejeitar para sempre? Jamais tornará a mostrar-nos o seu favor? (Salmo77:7). E, tantas vezes no desespero dormimos, na cama feita pelas nossas lágrimas. 
E o tempo, no descompasso, passa, e nada.


O coração cansado, fica como o viajante que sabe o destino, porém, sem encontrar passagem, sabe que o que lhe resta é esperar o próximo trem. Nenhuma outra passagem o levará de volta para casa. E não tendo o que fazer, senta e espera. 
E o tempo, no descompasso, passa, e nada.


E somos lembrados, que não se ouviu falar do Deus como o nosso, que trabalha por aquele que nele espera, entretanto, a alma no desconforto do banco da rodoviária, se inquieta. (Isaías 64:4)
E o silêncio de Deus, sem misericórdia corta, a alegria do agora.
Tornando difícil o descanso, quando não há aviso, de qual é o ônibus que nos trará a resposta.
E o tempo, no descompasso, passa, e nada.

E sentados, ficamos a olhar o caminho. Nada resta a fazer. A mala ao lado é pesada, e os nosso braços estão frouxos por tê-la, um dia carregado. Pensamos, 'buscarei alguém para dividir o fardo', mas descobrimos que há bagagens tão íntimas, que não podem ser compartilhadas.
E o tempo, no descompasso, passa, e nada.


Um dia, onde nada se pôde fazer, nos encontramos descansados.
Quase esquecidos... do ônibus tão esperado. 
É que vimos Ele chegar, por uma rota que não era a aguardada. E o tempo que pareceu fora do compasso, agora, passa, no consolo da sua presença na alma.




quinta-feira, junho 15, 2017

É impressionante este Davi

Davi chega no acampamento para levar provisões aos seus irmãos, e escuta Golias, o filisteus, afrontando o exército de Israel. Diante daquela desonra pública, Davi queria saber o que receberia o homem que matasse aquele inimigo. 
Seu irmão mais velho, Eliabe, que conhecia a sua coragem de correr atrás de leões e ursos que atacavam as suas ovelhas, pergunta: "Por que você veio até aqui? Com quem deixou aquelas poucas ovelhas no deserto? Sei que você é presunçoso e que o seu coração é mau; você veio só para ver a batalha". 
Seu irmão sabia que gente como Davi, não fica quieto diante de um desafio. E o critica abertamente. 
É sempre espantoso, o quanto uma pessoa corajosa se torna alvo de comentários maldosos, e normalmente pelos mais de perto. 
Contudo, Davi é aquele tipo de pessoa que não se curva frente as críticas infundadas. Ele não deixa de fazer o que pretende fazer, e sua insistência o leva a presença de Saul, que o permite lutar. Davi então se torna o herói de Israel, não porque ele era mais forte do que o inimigo, mas porque ele acreditou que o Senhor dos exércitos livraria o seu povo daquela afronta ( I Samuel 17).
Este Davi é mesmo homem impressionante. Ele não se curva diante das críticas. Ele não é barrado por causa da inveja do irmão. Ele não olha para o tamanho do gigante. Ele tem um alvo claro que é alcançar o prêmio prometido pelo rei de Israel. Ele acredita que ninguém deveria estar abatido pelo Golias, afinal, Deus é quem dá vitória ao seu povo.


terça-feira, junho 13, 2017

Triste decisão


A instrução era clara. O Senhor ordenava a Saul e ao seu exército, destruir todos os amalequitas e tudo quanto eles possuíam, porque no passado, eles tinham feito mal a Israel, quando peregrinavam no deserto. Contudo, Saul e seu exército desobedeceram poupando tudo o que era bom aos seus olhos.
Quando confrontado por desobedecer, se defendeu dizendo que os soldados preservaram o melhor das ovelhas e bois para sacrificarem ao Senhor. O engraçado é que Saul não diz para Samuel que outras coisas haviam sido poupadas, afinal, o texto nos informa, que guardaram tudo o que era bom dos amalequitas (ISamuel 15:7).
Saul, além de não dizer toda verdade a Samuel, ainda fez um discurso “piedoso”, dizendo que as ovelhas e bois, eram para ser ofertadas ao Senhor. Na verdade, o que Saul desejava era manter com ele as riquezas que o Senhor havia mandado aniquilar, e acreditando que o seu plano era melhor do que o plano do Senhor, fez o que desejou em seu coração. Afinal, para que aniquilar riquezas se podiam usá-las?
Nesta história o que me assusta, é a certeza de que a inclinação do coração de Saul é uma realidade que habita dentro de mim. E, muitas vezes sou tentada a pensar que os meus planos são melhores do que os planos de Deus.
Que loucura!!! 
Afinal, nós os humanos, não enxergamos nenhum um palmo a frente do nosso nariz.
Por acreditar nos seus planos, o rei Saul, perdeu o reino de Israel, e passou a viver atormentado por um espírito maligno. E o que é mais triste em sua história, é que Deus não tinha preparado um final infeliz para Saul. Deus tinha dado a ele qual o melhor caminho a seguir. A instrução era clara. 









segunda-feira, junho 12, 2017

Um recado nos dias dos namorados

Orlando,



Namorar é o que faço,



Afinal, você mora no meu peito, bem do lado esquerdo.




E neste dia de comércio, onde se gasta sem precisão,
Eu venho lhe dizer que acredito que o amor romântico pode até ter sido uma invenção.
Porém, eu desconfio que foi criado por um coração que bateu descompassado, como o meu,
Quando me olhou bem nos olhos e me disse: " Quero ter você em meus braços".

                                                                               
 Se ele existe ou não, este danado amor romântico,

O que importa?
O que sei é que ele faz nascer versos, poemas, livros, filmes e canções,
Trazendo cores tão belas e arrancando suspiros dos corações.


Quem sabe este amor romântico seja também um caminho, que o criador do Universo, construiu com tanto carinho?


O que sei com certeza,
É que sem amor a gente não vive, só sobrevive.
E, seja como for que o amor se apresenta,
Dele o mundo carece mais do que o pão sobre a mesa.




E mesmo que eu e você descubra, com o passar do tempo,
Que o amor não é romântico como se desenha,
De uma coisa não tenho dúvida,
Ele é a rocha, onde a nossa casa, dia a dia, é construída.





E por Deus ter me dado a alegria de ter você ao meu lado,
Eu venho por meio deste versos
Afirmar no dia dos namorados,
Que namorar você é o que eu mais gosto do que faço.




quinta-feira, junho 08, 2017

Solidão, uma tentação?







O meu marido diz que “o diabo mora na porta da necessidade”.
Seria a necessidade de alguém ao lado, uma tentação a ser vencida? 
Que a solidão é um grande desafio a ser derrotado, isto, não tenho dúvida.

Em uma sociedade em que os vizinhos não se encontram; as relações com os colegas de trabalho se restringem ao ambiente da empresa; ninguém parece ter tempo algum para fazer uma visita; todos correm atrás de um lugar ao sol, envolvidos com suas próprias vidas, certamente, um vazio de gente perto, deflagra, no coração da gente. E, podemos pensar que encontrar uma pessoa para vivermos a vida juntos - um namorado, um noivo, um marido - seja talvez a solução tão esperada para nossa solidão, cada vez mais crônica.

Descobri que é perigoso pensar assim. Eu já cai neste conto, que um dia, eu mesma narrei para minha ansiosa alma. Acreditei que não podia viver sozinha, que precisava de alguém pra ontem, que a vida só tinha alegria se encontrasse um casamento, resultado? Entrei como Jonas em navios que o Senhor não tinha me mandado navegar. E quanto sofrimento desnecessário vivi e causei!!!

Sendo a fé um motor que nos leva a ação, sai em busca do que acreditava precisar.  E minha ora-ção passou a ser, “Senhor eu preciso”, ao invés de, “Senhor faça a sua vontade”. Orando assim, expus o meu coração a tentação de insistir com Deus que Ele atendesse ao que eu estava chamando de necessidade, em meu tempo e do meu modo. Que grande tolice!!!

Mas, aprendi, e espero que o Senhor não me deixe mais esquecer, que Ele sabia o porquê me mantinha sozinha. Ele via o trajeto que estava a minha frente, o qual, eu nada sabia.

Eu demorei acreditar que a graça de Deus é suficiente para suprir qualquer necessidade. Porém, não faça como eu fiz um dia, não conte para você uma historieta que não é verdadeira. Creia. Espere o tempo do Senhor. Lembre-se do que o Senhor ensinou ao irmão Paulo, “a minha graça te basta”.
(II Coríntios 12:9)


terça-feira, junho 06, 2017

Coração apaixonado não vê o nu a sua frente.

“Ouça a voz do seu coração, e faça o que ele mandar”, esse foi o conselho que uma colega, ainda no tempo de faculdade, me contou que recebeu quando estava apaixonada por um homem casado. 

Bom, seu coração queria ficar com aquele homem, afinal, uma pessoa apaixonada está com a química cerebral alterada, diz a neurociência, o que distorce a percepção da realidade, não permitindo que ela visse o óbvio. 

Ficamos impressionados, é claro, quando não estamos apaixonados, o quanto uma pessoa apaixonada não consegue ver o que todo mundo está vendo. Tentamos gritar, "não vai dar certo", mas não adianta, o apaixonado não ouve, não percebe o que está a sua frente sem nenhuma roupa.

Minha colega obedecendo a esse conselho, entrou em um relacionamento que só lhe trouxe sofrimento. O homem não gostava dela, queria apenas sexo, e afirmava categoricamente que amava sua esposa. Mas, obediente ao seu coração, seguiu como amante, escrava de uma relação que não a satisfazia.

A bíblia diz que “enganoso é o coração mais do que todas as coisas, desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9). E o Senhor da vida, Jesus, afirma que dele “procede os maus designíos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias”( Mateus 15:19).


Por isso muito cuidado em ouvir o coração, principalmente se está apaixonado. Desconfie dele sempre. O coração é terra desconhecida que trazemos dentro da gente. 










sábado, junho 03, 2017

A injustiça ignorada é guerra levantada

Não vale a pena ignorar a injustiça! 
Ela, pode fermentar guerras. Mas, se ignoradas, não devemos nos assustar com as batalhas nascidas.

Veja como os benjamitas por não buscarem a justiça, quando os homens de Gibeá violentaram a esposa de um levita ao ponto de matá-la, provocaram o massacre de um exército, além da destruição de cidades. A matança foi tão grande que nem seus animais foram poupados. E eles, quase foram extintos como tribo de Israel. E tudo nasceu porque eles ignoraram a injustiça (Juízes 19,20).

A injustiça é mesmo coisa que não se brinca. E, mesmo aquelas que se apresentam como uma simples goteira, no passar do tempo, ela enche de ira o tanque do coração. Suscitando assim, no comum da vida, guerras que nasceram de coisas que vimos, mais não buscamos tratar.

Basta, tratar um filho melhor do que o outro, para que o ódio possa se tornar uma possibilidade entre irmãos. Se a desigualdade social impera, é certo que a violência vai crescer, e nós seremos reféns em liberdade. Se o chefe abusa do poder, não demora que os liderados os sabotem, ainda que seja cuspindo na xícara de café. Se o marido se apropria de forma indevida de ser o cabeça do lar, oprimindo sua esposa, é certo que o amor vai morrer, e uma mulher estrategista nascerá para se aliar aos filhos, aos parentes, aos de fora, para tirar dele, o que ele, nem em sonho imagina.

Subestimar a injustiça não é sábio. Seja grande ou pequena aos nossos olhos, é certo que traz em si a semente das mais cruéis batalhas. 

Que o Senhor da justiça, nos faça livres de ignorá-la

quinta-feira, junho 01, 2017

O cisco do olho de Ana

Ana, estava ali a chorar sua dor na presença do Senhor.  Queria orar silenciosamente, mas tão angustiada estava que seus lábios se moviam com a força da sua agonia. 

Eli a observava da sua cadeira."Seria ela uma prostituta? Dessas que adentram sempre o templo embriagadas com o vinho?"Não se contendo, caminhou em sua direção e a repreendeu por estar alcoolizada,  exortando-a, abandonar o vício. (I Samuel 1)
Fico me perguntando, porquê Eli não se aproximou para ouvir Ana, antes de expressar qualquer opinião que tinha a seu respeito. Do lado de fora, lendo a história, eu penso que era o sensato a fazer. 

Afinal, Ana só movia os lábios em silêncio. Ela não dava nenhum show, e só olhares atentos poderiam ver o que se passava em seu semblante.
Ana, se defende, explica que estava com sua alma amargurada. Ela sofria por não ser mãe, o que era considerado maldição em seu tempo. Eli ao ver que Ana não estava bêbeda, despede-a com palavras de paz.
Estranho... não havia palavras de paz antes, apenas, um julgamento, baseado, quem sabe, em outras mulheres que adentravam o templo dominadas pelo vinho. 

Eli, desobedeceu a ordem de Jesus que diz para não julgarmos, porque assim seremos julgados.  E veja como Jesus tem razão, estou aqui a julgar a atitude de Eli. Aprendo que o julgamento é como um bumerangue, ele sempre volta. Afinal, sendo pecadores como somos, todos nós temos algo para se arrepender diante do Pai. Todos precisam de misericórdia e perdão.

Entretanto, o religioso legalista se esquece disto! Como o sacerdote Eli, corrigi o que não entende sobre o outro, sem ser capaz de confrontar os seus próprios pecados. 

A história deste sacerdote, nos mostra que tal foi sua complacência com os pecados dos seus filhos, ao roubarem as melhores ofertas do povo de Deus para o Senhor, que toda sua família sofreu a maldição de não ter vida longa. Sua geração não chegou a terceira idade. Deus mesmo eliminou a força deles (I Samuel 2:27-30).

Tudo aconteceu porquê Eli viu um cisco no olho de Ana, porém, não viu a trave que estava em seus olhos. Quando isso acontece, o ouvir se torna atitude de segunda ordem, o que domina é a nossa primeira impressão das pessoas e dos fatos, nos tornando incapazes de ver quem somos.

Que o Senhor nos ajude a tirar a trave do nosso olho, antes de ver o cisco no olho, do nosso irmão (Mateus 7:3-5). Que o bumerangue do ouvir seja o primeiro, sempre, atirado por mim e por você.(Tiago 1:19).