Tudo
aquilo que vem para a nossa vida e que nos desestabiliza pode gerar em nós a
dor do luto. E infelizmente não é só diante da morte de uma pessoa querida que
o experimentamos. Ele também pode nos visitar quando passamos por um fim de
namoro, um divórcio, a perda de animais de estimação, mudança para uma outra
cidade ou país, desemprego, doenças graves, estupro e tantas outras coisas.
Bom,
conforme informado aos meus leitores, estarei, como já disse, buscando dar um
olhar prático sobre esse assunto tão difícil. Minhas ideias sobre como vencer o
luto é fruto da minha experiência ao perder o meu marido, das muitas leituras
na psicologia e das conversas com meus pacientes e amigos. Certamente que ao lidar
com algo dessa complexidade sei que não vou esgotar o assunto, talvez falte
muita coisa, e quero deixar livre para que meus leitores façam suas críticas e
sugestões.
É
importante considerar que a morte é misteriosa demais... o que desejo é levar
meus leitores a pensar que sempre podemos fazer alguma coisa que poderá tornar mais fácil a difícil caminhada de quem está passando pelo luto.
Hoje
deixo o texto sobre as cinco fases do luto que encontrei em um site, que achei
bem didática. Na minha opinião, pensar sobre a vida é algo que não podemos
ignorar se queremos encontrar sossego para nossa alma. Embora a distância entre
o que pensamos, sentimos e o que fazemos muitas vezes é imensa, eu creio que,
quando começamos refletir sobre um assunto, então talvez temos aí uma
possibilidade de encontrar caminhos para lidar com nossas dores, não digo
certeza, porque o humano é rico em suas possibilidades, até mesmo em refletir
contra ele mesmo, fazendo com que o pensar seja um instrumento para
potencializar a dor e não amenizá-la.
A
psiquiatra Elizabeth Kubler-Ross, ao trabalhar com pacientes terminais,
percebeu que todos eles viviam uma reação psíquica que lhes era comum, durante o
processo da doença até a culminação da morte. Ela observou que seus pacientes
passavam por reações psicológicas bem claras, as quais ela denominou de as
cinco fases do luto. Essas fases não seguem uma ordem fixa, sendo possível que
a pessoa as vivencie em sequências diferentes, ou repetindo ou se fixando em
uma delas, tudo depende da história e das possibilidades que abriga a vida de
cada um.
Tem
pessoas que podem levar meses ou anos vivenciando apenas quatro das cinco fases
do lutos, num vai e vem interminável sem nunca chegar a quinta fase que é a
fase da aceitação. Essas pessoas sofrerão muito e sustentarão um ambiente de
muita tristeza para os que estão perto, dificultando assim também, o processo
de luto de familiares e amigos. Outras pessoas paralisam em alguma fase sem ter
avanços por muito tempo. Tem pessoas que conseguem prosseguir com a vida, e
vencem mais rápido essas fases. E infelizmente é possível que pessoas nunca o
vençam.
Por
essa razão, apresento a vocês as cinco fases do luto, dessa brilhante
psiquiatra, na esperança de que ao compreender o processo você possa encontrar
caminhos, dentro das suas possibilidades de vencer a dor, e não ser vencido por
ela. Busque identificar os seus pensamentos e ver em qual fase você está, o
quanto vai e vem nas fases e se está estacionado em alguma. Caso identifique em
que fase você está, ótimo! Quando sabemos onde estamos fica mais fácil decidir
para onde ir, e até mesmo se queremos ir.
Segue
as cinco fases do luto de Elisabeth kubler- Ross:
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Elisabeth Kübler-Ross
De modo lúdico esse vídeo mostra as cinco fases do luto;
assistam, aprendam e divirtam-se com a girafa!