Eu não concordo com esta frase, acho que a psicologia não me permite. |
Penso que necessitamos urgente traduzir
a linguagem do nosso coração em palavra falada.
O fundador da psicanálise, Freud, em
seus estudos de casos, nos mostra que há cura na fala. Vi gente morrer porque
não pôde falar do que lhe vai na alma.
No consultório, recebo gente
que não consegue falar a anos o que sente. E definitivamente, não falar da
música que o nosso coração toca... pode nos torna tão debilitados emocionalmente
e fisicamente.
Por isso ao ver essa mensagem no
facebook não pude concordar.
Entendo que não devemos falar com todo
mundo, isso seria a maior loucura. Tem gente de todo jeito, e se assim fizermos, é possível ficarmos malucos.
O que defendo é que devemos escolher com quem
falar com muito cuidado. Nem sempre líderes estão prontos para ouvir o que você
vai falar, nem sempre os familiares, nem os amigos, e até mesmo tem psicólogos
que você não deve confiar.
Escolher com quem falar do nosso coração dá trabalho!
É necessário que a pessoa não
fale mal de ninguém pra você, se ela fala de outros para você, falará, com certeza de você, para outros.
É de suma importância que ela seja misericordiosa em suas palavras, ao ouvir falar dos erros dos outros. Fuja de quem é santarrão, de quem escandaliza
demais com o pecado, isso significa que ele não se ver como um pecador, logo,
será seu juiz severo, e não seu ouvinte amigo.
E muito cuidado, tem gente que não se alegra com você,
tem gente que tem inveja da vida que você leva, cuidado. Tem gente que não aguenta a sua
tristeza, tem gente que não dá conta de escutar sua dor, respeite.
Mas sempre haverá alguém pra ouvir,
procure, não desista!
A solidão da partilha dos sentimentos,
é dor que não se estanca.
Esse negócio de sorrir sempre, é
esquizofrenia do humor, como sorrir se o que eu quero é chorar, como sorrir em
meio a um angústia no peito, como sorrir da vida com suas noites tenebrosas,
como sorrir diante do que nos sufoca, como sorrir para os que nos aprisionam,
com sorrir de sermos o tempo todo roubado, como sorrir quando sabemos que o
outro quer é tirar o nosso tapete, como sorrir na despedida de um amor que
gostaríamos de preservar, como sorrir na partida de alguém que amamos para a
eternidade?
Por isso viva o que tem que viver. Não
tenha medo de traduzir sua dor a você mesmo e a quem você escolher para
compartilhá-la.