domingo, dezembro 31, 2017

Dica 3 para a passagem do anos

Último dia de 2017.
A Jesus, o Caminho, toda gratidão, ainda que descubra caminho fácil, difícil como nunca. 
E deixo ai minha dica:

Não se perca. 
Ouve o que diz o autor de Hebreus: 
"Olhai firmemente para Jesus". 
(Hebreus 12:2)

Feliz 2018.








sábado, dezembro 30, 2017

Dica 2 para a passagem do ano

Uma paciente, me disse: "O que acontece comigo? As pessoas dizem que eu sou inteligente, mas, eu não me sinto. Passei em um concurso público, contudo, não me livro da sensação interna  de ser um fracasso".
Não é estranho que alguém que tenha alcançado algo tão difícil e almejado em nosso país, uma vaga em um emprego federal, bem remunerado, acredite que não é inteligente?
Sim. É possível. São as cadeias internas trazidas. Mais difícil de vencer do que passar em um concurso cuja vagas são poucas, e a concorrência é desleal.
Contudo, embora a sensação sempre a dominou, ela não desistiu de tentar. Estudou por anos, e chegou onde queria. 
Na medida em que seguiu seu tratamento, ela se deu conta que era maior do que a sensação que trazia. E a sensação de fracasso, perdeu sua força de opressão sobre a sua alegria. E esta é a dica número 2:
Não desista de lutar. A luta pelos objetivos vai confrontar as cadeias internas que trazemos. E ainda que elas insistam, a realidade da força que trazemos, vai se impor. Creia. 

sexta-feira, dezembro 29, 2017

Dica 1 para a passagem do ano


Final de 2017.
Minha mãe, saindo de uma sala de exame, vira para a enfermeira e diz: " Como eu não tenho jeito de entrar o 2018 com pé esquerdo, feliz 2018 pra você, e se Deus quiser, como a mim, que você entre com o seu pé direito".
A enfermeira, não resistiu, e sorrindo disse: "Que bom que a senhora não perdeu o bom humor".
Coisas de minha mãe.
Fiquei pensando, eis ai uma dica para se ter um ano novo mais feliz:
Ria das amputações que a vida traz. Se deixe viver a alegria do que ficou, ainda que seja só o pé esquerdo. Não deixe a falta lhe tirar o bom humor. Afinal, Deus pode fazer, o entrar de pé direito sempre, uma possibilidade.
Minha mãe assim que saiu do hospital, após a amputação da perna esquerda, em 2013. Cara de sono, mas bem humorada. Nunca me esquecerei da forma como lidou bem com a sua nova imagem. A Jesus, toda glória.





quinta-feira, dezembro 28, 2017

A estrada do não querer guarda sucessos?


"Navegar é preciso. Viver não é preciso". A possível história desta frase, me fascina.
Conta-se que o general romano Pompeu, tinha a missão de levar suprimentos para a cidade de Roma, a qual, vivia uma crise de suprimentos, provocada por uma rebelião de escravos. Porém, encontrou tripulantes com medo, afinal, navegar nos mares era perigoso por falta de tecnologia e pelos aterrorizantes piratas. E, ficar na Silícia poderia ser confortável, assim, fugiria dos perigos da viagem. Com o intuito de motivá-los, o general proferiu esta frase. Muito tempo depois, Fernando Pessoa, ao desejar ter a consciência imprimida em si mesmo desta sentença, a tornou muito conhecida. 
Mas, navegar era para o general o que tinha que ser feito. E,  tendo como dever o suprir uma cidade, viu em sua tarefa o porto, inseguro, mas único.
Dizem que o general desta história teve tanto sucesso em sua empreitada que se tornou um cônsul, título importante para um cidadão romano. E, querido das camadas populares, fez parte do primeiro grupo que governou todo o território romano.
Ao fazer o que Roma precisava, em um mar cheio de perigos, navegou pela estrada do não querer. E ensinou que navegar é tantas vezes, cruzar mares de outras vontades.
Nem sempre é um caminho confortável fazer o que é preciso. Por vezes, nossas bússolas internas estão quebradas pelo egoísmo dos nossas vontades. Enntretanto, se diante do necessário, optamos pelo confortável, é possível que a gente mate de fome uma cidade, e morra, depois, pela culpa de não ter feito o que deveria.
Se viver é uma estrada de surpresas inexatas, e navegar pode ser o vislumbrar da escuridão que cobre a noite em uma tempestade em alto mar, não tenha dúvida, decida navegar.
Quem sabe fazendo o que é devido, você encontre a vida com presentes inimagináveis. E se descubra um verdadeiro herói, reconhecido pelo bem que fez, não só a si mesmo.
Navegar hoje é preciso.
A viagem do dever é incerta, porém, quem disse que o confortável é o que sustenta a vida?
E se desta realidade não tem certeza, de uma coisa não tenha dúvida, hoje, necessário se faz, consertar a sua bússola.


segunda-feira, dezembro 25, 2017

Uma pequena carta ao aniversariante

Cristo Jesus,

É seu aniversário, mas quem ganhou o presente que dá sentido a todos os outros, fui eu. Em seu amor tão concreto, satisfez a justiça de Deus, pagando na cruz todos os meus pecados. Obrigada.

Por tantas vezes, minha alma farta dos caminhos santos não trilhados, de viver o que não deveria, encontra em ti, não só o arrependimento, mas, a certeza do perdão, que traz a alma ao descanso tão necessário. Obrigada. 

Com o coração lavado e leve da culpa do pecado, meus pés se calçam com o evangelho da paz, e vou ao mundo, do jeito que a mim for possível, dizer que só em ti, meu Jesus, a salvação encontrei. E quando minha jornada terminar, sei que por sua graça, contigo, eu irei estar. Obrigada.

A ti Jesus, todos os louvores é devido. Parabéns é muito pouco para o Deus que se fez menino.







quinta-feira, dezembro 21, 2017

Máquina de lavar roupa conversa com a vida



A máquina tem um peso certo para poder funcionar bem.
Coloque um peso a mais que ela suporta, e você a verá batendo mais devagar. 
Se por outro lado, colocar o peso mais de um lado do que o outro, vai perceber que baterá descompensada. E não se assuste ao encontrar a máquina fora do lugar, antes colocado. E sabemos o fim da história, a máquina se quebrará.
Agora, deixa eu te avisar: Se você insistir em carregar peso maior do que suporta, vai acontecer com você o mesmo que acontece com a máquina.
Comece a tentar resolver todos os problemas da família e ficará tão sobrecarregado que vai sentir a alma pesada. Seus passos ficaram lentos. Por que alma pesada, corpo cansado. Corpo cansado, vida vivida, sem alegria que traz descanso.
Se o tempo todo carrega mais o peso de algo que tem que ser dividido meio a meio, é só uma questão de tempo, ficará como a máquina a bater descompensada. Sairá do lugar que deveria ficar.
Fora do lugar, resta a agitação da alma e do corpo, a sofrer com os pesos que não foram bem repartidos. E sua coluna poderá se curvar em afronta ao que a alma não pode concordar.
E saiba, sua alma se quebrará ao viver com aqueles cujo leme é: "Tô nem ai". 
Não se assuste se for acusado de ser intrometido, afinal, quem pega o peso do outro, sai do lugar que deveria ficar, como as máquinas.
Desista enquanto ainda tem tempo.
Se até as máquinas tem um peso, um jeito certo de colocar a roupa,  quanto mais nós humanos, temos que saber quanto peso carregar e quanto peso a repartir.
Nada de ser 10 ou 11, é preciso ser gente como se é. Respeite a força que tem, e assim guardará seu coração dos cansaços de viver o que não cabe em si. 

terça-feira, dezembro 19, 2017

Passou...


Hoje foi para o Senhor a dona Isa Eli , mãe da minha querida Janine. Ela viveu 87 anos. Que alegria. Crendo e confiando nas boas novas.
E pensando nisto escrevi este texto, com o coração comovido, pela certeza de que para ela, tudo passou.



Passou...
O inverno da alma.
As dores não compreendidas.
O medo de sofrer em uma cama de hospital.

Passou...
A inquietação insistente.
A solidão dos dias que não já mais habitam.
Todas as incertezas do caminho.

Passou...
As lágrimas choradas em silêncio.
O medo do desconhecido.
O não conhecer, como sou conhecida.

Passou...
As guerras travadas com o reino do mal.
O bom combate.
O desejo de ver quem me comprou com o seu próprio sangue.

Passou...
A escravidão do tempo.
O corpo que perecia.
O já e o ainda não da vida recebida. 

Passou... Descansou!

Venceu o mar revolto de mãos dadas com Jesus, e agora, chega a terra que não abriga dores.













segunda-feira, dezembro 18, 2017

Seja como for vá

Mais um dia começa.
Sê valente.
Deixe a pressa do click da janela do computador. É preciso acolher as pequenas alegrias, são elas que nos dão forças para nossas maiores conquistas. 
Diga a sua alma que o mal que se apresenta todo dia, não pode roubar sua fé. Ela já se tornou chão, ainda que seus pés estejam feridos.
E se as lágrimas sufocam o peito. Não resista. Deixe que elas corram livremente. Quem sabe a alma lavada, não ache mais lugar para a tristeza.
Contudo, jamais pare. Segue valente. 
Vá lento. 
Vá com calma. 
Vá de olho no bem que está sobre você.

sábado, dezembro 16, 2017

Tem hora certa para seguir o fluxo do rio

"Se a gente não aceitar a gente desaba", disse seu Leonel, um querido senhor que conheci,  ao perder sua esposa. 
Acredito que se a morte é a pauta discutida, não me parece ter outro caminho, se queremos dela recuperar. 
O que me inquieta não é a morte. Ela se impõe soberana. Mas, aquelas situações trazidas pela vida, a exigir todas as forças que temos para solucionar. Aquelas que seguir lutando é preciso, porque tememos que desistir nos traga uma dor que não saberemos lidar. 
Como saber o momento de parar, sentar, contemplar e aceitar simplesmente o fluxo do rio?
Aceitar a vida como ela é me parece tarefa contra cultura. Somos ensinados que viver exige luta, conquista e empreendedorismo.
Contudo, saber a resposta para esta pergunta é encontrar a sabedoria tão necessária, pois dela depende o descanso da nossa alma, o qual, torna a vida sustentável.
Aprendi que desistir é diferente de aceitar
Desistir é não tentar mais, depois de um tempo de luta, em que ainda temos armas e possibilidades para vencer. 
Aceitar é compreender que as armas em punho não foram suficientes, e as forças se esvaíram. É perceber o limite do cansaço que nos arrasta para o precipício do desespero, nos levando ao  abismo do desequilíbrio. É render-se as portas revestidas de muros que se ergueram, impedindo toda e qualquer possibilidade de serem abertas. 
Desistir pode ser fácil, mas aceitar é tarefa árdua quando se lutou com tanto afinco. 
Roberto Carlos e Eramos já disse que "é preciso saber viver". E como lição que não se pode pular, aceitar faz parte deste saber.
Lembro-me da amputação que minha mãe teve sofrer na perna esquerda. Por cinco anos lutamos, fizemos tudo o que era possível. E a cada tentativa uma derrota, até que o médico decidiu amputar. 
Eu estava extremamente cansada de lidar com o convênio, das idas e vindas aos hospitais, do esforço para manter o remédio, de ver seu sofrimento sem trégua. Contudo, teria lutado mais se fosse considerar o desejo da minha alma. Mas, era hora de parar. A tristeza me tomou por dias, mas provei do descanso para o coração ferido, ao aceitar as soluções que a vida trouxe. 
O tempo passou. 
Hoje, vendo minha mãe sem dores, embora sem parte da perna, sou grata por ter aceitado o fluxo do rio.
Aprendi que é hora de parar quando já se fez tudo que podia. Quando anos de lutas já sinalizaram o cansaço dos nãos.
É preciso deixar o fluxo do rio a correr, quando, toda tentativa possível, frustrada foi em seu intento.
Gosto de pensar que Deus só nos cobrará aquilo que está em nossas mãos para fazer. A Moisés era erguer o cajado, abrir o mar vermelho só Ele podia. 
Porém, tantas vezes queremos abrir os mares da nossa vida com a força dos nossos "cajados". Não tem jeito. Se Ele não quiser abrir, e a "gente não aceitar, é certo, a gente desaba". 
Seu Leonel tinha toda razão.



quinta-feira, dezembro 14, 2017

O Deus que entende o cansaço dos homens





A 38 anos aquele homem era massacrado pela realidade de não andar. Quando sofremos por tanto tempo, um coro de pessimismo pode nascer dentro da gente. 


Eu penso que ele ouvia que era um fracassado, que a vida é uma realidade sem graça e sem justiça, que a felicidade é para o outro que consegue chegar ao tanque de Betesda sem precisar da bondade humana. 



Certamente, fora quase convencido de que estava fadado a miséria, digo quase, porque acredito que sua permanência ali por tanto tempo, revela sua esperança, ainda que estivesse por um fio, que um dia, quem sabe, fosse curado.

Jesus quando viu o paralítico deitado e soube que vivia naquele estado durante tanto tempo, pergunta se deseja ser curado. Sua indagação, traz a tona o coração deste homem, e sua resposta nos diz que o tempo pode minar as esperanças, roubar projetos e o não crer, pode ser acolhido. 
Mas, eu penso, que a maior revelação do seu coração, é a sua crença de que só havia um caminho para ser curado. E mesmo diante de Jesus, ficou a lamentar o que não conseguia obter. Não considerava que estava diante daquele que poderia lhe dar novas possibilidades.

É mesmo difícil para nós humanos. Somos limitados. E podemos ficar impotentes diante de situações que ferem o corpo e a alma. E feridos, é possível não raciocinar com clareza, e assim deixar de considerar que pode ter soluções em outros caminhos. Por tantas vezes a realidade pode ser uma madrasta má, a nos dizer que não tem outro jeito. 
E ficamos como este homem na presença de Jesus a lamentar o que precisamos e não conseguimos ter. Afinal, é mesmo sofrido conviver com a dor por tanto tempo. 



Porém, o Senhor sabe do cansaço que o tempo impõe a nossa alma. Da tristeza instalada. Do sonho se esvaindo...


E Jesus chega com uma pergunta que me soa num primeiro momento, como frase de livro de auto ajuda, mas, na verdade é um garimpar da alma, para que a cura dele não fosse só no corpo. 
'Você deseja ser curado', é uma oportunidade para perceber o Caminho está diante dele. Era preciso pensar em novos trajetos, e Jesus sabe que a multidão das vozes internas pode fazer calar a visão de novas oportunidades. 
A guerra travada do lado dentro, nos leva a crença de que somos destinados a tragédia, que a vida é um palhaço a divertir outros, que talvez sejamos loucos, e os sonhos são bobagens das crianças.
Pense. É mesmo triste estar tão perto da cura e não poder desfrutar dela, e aquele homem estava ali a 38 anos.
Acho que entendo este homem, principalmente quando penso no acesso a saúde no Brasil, portador de uma medicina tão avançada, mas só disponível aos ricos. Quantas vezes, nós e pessoas que amamos, perdem a oportunidade de experimentar o milagre da cura, por não ter os recursos necessários.
Mas, aquele homem estava diante daquele que é o Caminho. Jesus não o repreende por sua resposta, não parece impaciente, não critica, apenas lhe diz para levantar e andar. E assim, o homem ficou curado. 
Que coisa extraordinária. O Deus que não quebra a cana já quebrada. O Deus que entende o cansaço dos homens. O Deus que pergunta para apontar Ele como o caminho. 
E diante dele uma coisa é certa. Ele tem o poder de restaurar corpo e alma, silenciando o coro interno do pessimismo, fazendo nascer um cântico de alegria no coração ferido.
Sim. Ele pode fazer qualquer coisa. E seja qual for sua situação, saiba que estar diante dele é estar diante de possibilidades, nunca  antes pensada. 
Creia.




segunda-feira, dezembro 11, 2017

O Deus que se entrega?

                        Quem pode entender o Deus que se entrega?

Ele havia curado pessoas, ressuscitado a filha de Jairo, o filho único da viúva de Naim e a Lázaro depois de quatro dias da sua morte.
Porém, não usou o seu poder nem para livrar seu corpo das chibatadas. Ele em silêncio levando sua cruz, foi sem ter culpa nenhuma.
E os discípulos estavam confusos. Eles ouviram falar da crucificação, leram sobre ela, mas, não puderam compreender, e pensaram que Jesus jamais se entregaria a morte. A expectativa é que usaria todo o seu poder para libertar Israel do domínio romano. Mas, Ele se entrega.
Como alguém que ressuscita mortos se submete a morte? Afinal, com o seu poder poderia secar os mares, inundar desertos, pintar o universo de cores nunca antes vista. Ele poderia fazer bonecos de barro e dar vida a eles. Poderia fazer o que quisesse, mas, se entrega.
É mesmo confuso compreender o Deus que não se poupa. Ainda mais quando nós o conhecemos. Quando provamos o seu poder em nossa própria vida, ou quando o vimos usar o seu poder com outros.
Sabemos que Ele curou aquele irmão que testemunhou na igreja. Que salvou aquele que ninguém podia imaginar que tinha alguma possibilidade. Que fez o milagre da solidariedade, e dispôs o coração de alguém para suprir as necessidades de outro. Mas, Ele por alguma razão que não compreendemos, se entregou.
Num momento não esperado Ele nos cura de um doença que não sabíamos ter, em outro, oramos fervorosamente, mas Ele insiste em nos deixar doentes. Num momento, nos dá o que não esperamos, em outro, nos mantém carentes do que lhe pedimos a anos. Em nossas lutas, nos dá amigos que nos ajudam, mas, permite tantas vezes que os de casa nos tratem como inimigos.
É mesmo confuso o Deus que se entrega. Ele é misterioso em seus caminhos. Não presta continência a ninguém. Não recebe ordens humanas, e tem a sua própria agenda.
Sim, Ele ouve e responde as nossas orações, mas, conforme a sua vontade (IJoão 5:14).
E a nós que não o entendemos, vale a pena considerar sua resposta a João Batista (Mateus 11:1-6). Diante da angústia de estar preso, nosso irmão que anunciou o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, parece duvidar da identidade do messias, ao enviar seus discípulos a perguntar ao próprio Cristo, se Ele era aquele que havia de vir ou se devia esperar outro.
É estranho que o escolhido de Deus para preparar o caminho da chegada de Cristo, aquele que viu o Espírito Santo descer sobre Ele e ouviu a voz do Pai, dizendo: ‘Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo’ (Mateus 3:13-17), tenha tido dúvida quanto à sua identidade.
 Mas, sendo João humano, não é tão bizarro assim, não é mesmo? Quem pode entender o Deus que não se curva as agendas pessoais?
A verdade é que os seus discípulos, em qualquer tempo, nem sempre o compreende. 
Porém, atraídos por seu amor, sabem que experimentaram do seu maior poder, e aprendem que Ele não negocia sua glória com ninguém.
Boa semana a todos.

Lucas 24:13-27

quarta-feira, dezembro 06, 2017

Eu sou um fariseu e você?


Creio em absoluto. Não sou pluralista em minha fé. Creio que Jesus Cristo é  o caminho, a verdade e a vida, e só vamos ao Pai, se conduzidos por Ele. 
Contudo, em minha caminhada cristã, vou descobrindo que afirmação do apóstolo Paulo, de que só conhecemos em parte, é uma realidade difícil de ser compreendida.
Sempre li está parábola do fariseu e publicano, pensando que ela nada tinha a ver comigo. Afinal, nós religiosos nem sempre pensamos que somos tão religiosos assim. 
Entretanto, Jesus, sempre desmonta o que pensamos sobre qualquer coisa. Ele é especialista em jogar luz nas trevas dos nossos corações. E  ao contar está parábola "a alguns que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros", descubro que sou assim. (Lucas 18:9-14) 
Sei que é tendência humana tomar posse da verdade. E por defender a verdade, por estar com a razão, vejo que nem sempre sou capaz de ouvir quem pensa diferente de mim. 
Minha tendência é colocar Jesus dentro das minhas perspectivas, ainda que professo ser Ele Deus. E creio assim fazer, porque minha necessidade de segurança e controle, tantas vezes me domina.. 
Dói conviver com mistérios. Exige  humildade o reconhecimento que não sou capaz de compreender ou absorver tudo.
Mas, Ele é mais, muito mais do que podemos ver ou entender sobre Ele. 
E, o problema do Fariseu, de confiar em sua própria justiça, de interpretar que a vida com Deus se reduz ao que ele entende, é uma realidade a qual nos persegue. E nos alcançando, pode nos levar a confiar de tal forma em nossas concepções, que corremos o risco de desprezarmos todos aqueles que não creem e não vivem como nós, da mesma maneira que este fariseu.
Para mim, a questão,  não é ter as ideias, mas como as tratamos. 
O fariseu as consideravam mais importante do que as pessoas, e ter razão, estar com a sua verdade, o levava a desprezá-las.
E, quantas pessoas não ouvimos, não consideramos suas palavras,  não cogitamos sentar com elas por nem um minuto, por julgamos crer e viver de forma mais coerentes do que elas? 
Somos tomados quase sempre, pelo sutil orgulho, que nos dá a sensação de somos melhores dos que os outros que não concordamos. 
Acreditando estar com a  razão,  detentores da verdade, desejamos que os outros se apropriem da verdade como nós o fizemos, do nosso jeito, com as nossas fôrmas.
E, vamos desprezando tanta gente pelo caminho, ficando ilhados no mundo das nossas ideias, como se o mundo fosse só o que os nossos olhos conseguem ver.
 Mas, mesmo sendo um trabalho de parto, aprender a desconfiar da minha própria justiça, eu vou descobrindo que Jesus é mais, muito mais do que posso apreender.



segunda-feira, dezembro 04, 2017

O Fariseu no altar - Lucas 18: 9-14


O Fariseu foi ao templo para orar, e subiu ao altar. Era hora de fazer suas orações. Seu coração estava feliz. Acreditava ter conseguido cumprir com todos os mandamentos da sua religião. 
Mas, no altar, pensando tudo compreender sobre o seu Deus, de olhos abertos ficou a observar quem entrava no templo. E ao ver o Publicano, foi tomado por indignação. Afinal, aquele era ladrão e traia o seu povo. Pensando ser um pecador incorrigível, o desprezou em seu coração.
O Fariseu, era mesmo gente boa. Conseguia ser o que acreditava. Tinha foco. Cumpria seus deveres diante da sociedade de tal forma que despertava admiração por sua disciplina. E o seu zelo para com as coisa religiosas, era reconhecido por todos da sua sinagoga. 


Ele não rouba, não adultera, não é corrupto, e ainda jejua duas vezes por semana, e dá o dízimo de tudo quanto ganha. Ele é mesmo uma pessoa que busca fazer tudo o que acredita estar certo. E ainda parecia agradecer a Deus por conseguir. 
Mas, diz o texto que embora estava no altar, crendo falar com Deus,  tudo o que conseguiu foi falar consigo mesmo. 
E nós sabemos que na verdade, este Fariseu, era agradecido a ele mesmo. Acreditava ser o que era, e conseguir cumprir o que cumpria, por suas próprias forças. Sua religião era mantida pela falsa ideia de que era capaz de agradar a Deus. 
A verdade é que os humanos se impressionam com atitudes corretas, com disciplina, com gente que confia em si mesmo. Mas, o Deus da bíblia se impressiona com gente que bate em seu peito pedido misericórdia, que não ousa subir ao altar e nem seus olhos se ergue em sua presença, por causa da consciência de que é um pecador. 
O Fariseu não compreendia que ser diante de Deus, é diferente de ser diante dos homens. Diante de Deus ninguém é, sem ser lavado pelo sangue vertido na cruz do calvário por Jesus Cristo. Não importa o que fazemos, nada é capaz de satisfazer a justiça de Deus. 
A verdade é que todos nós somos publicanos. Em algum momento ferimos seus mandamentos. Negociamos valores importantes. Quebramos a ética coletiva a nosso favor.

E que bom é saber que para os publicanos arrependidos que clamam por misericórdia, Deus ouve suas orações, e os tornam justos.
Uma bom semana  a todos.

quarta-feira, novembro 29, 2017

O que eu posso fazer para ajudar uma pessoa com depressão?

Oi gente, hoje eu concluo minha séria sobre depressão. 

No texto, deixo aqui dicas práticas (retiradas do blog Sair da Depressão) do que você pode fazer para ajudar as pessoas, as quais, identificou que estão sofrendo ao seu lado com está doença. Gostaria de deixar como sugestão a leitura do blog Sair da Depressão, que trata do tema de uma forma abrangente e prática, tornando a leitura fácil e interessante. Se você está deprimido, ou se convive com pessoa com depressão, vale a pena conferir seus textos.


Segue as orientações para você que está disposto (a) ajudar uma pessoa com depressão:

  1. Aproxime-se da pessoa de forma a apoiar e manifestar a sua preocupação com o seu bem-estar;
  2. Tente transmitir uma sensação de compreensão. Em vez de dizer “Por que você não pode simplesmente sair da cama?” diga por exemplo “Você parece ter dificuldade para sair da cama de manhã. O que posso fazer para ajudá-lo neste aspecto? “;
  3. Mostre preocupação.
    • Estas palavras podem significar muito para uma pessoa que esteja a sentir em baixo: “Você é importante para mim. “ “Diga-me o que posso fazer para ajudá-lo.” “Nós vamos encontrar uma maneira de se sentir melhor. “Um abraço também ajuda;
  4. Esteja lá.
    • A melhor coisa que você pode fazer para ajudar alguém com depressão é estar com a pessoa, dar apoio ou fazer algo em conjunto como passear, fazer compras, ir ao cinema;
  5. Não julgue ou critique. Evite dizer :
    • Está tudo na sua cabeça.
    • Todos nós passamos por momentos como este.
    • Eu não posso fazer nada sobre a sua situação;
  6. Ofereça o seu apoio e ouça as preocupações da pessoa;
  7. Aceite que a depressão é uma questão complexa, que geralmente não é resolvida num par de semanas. Recuperar da depressão leva o seu tempo;
  8. Faça entender que a depressão é comum e tratável. Não é um sinal de fraqueza pessoal;
  9. Encoraje a pessoa com depressão a procurar profissional. A pessoa deprimida pode pensar que o tratamento é inútil e a sua situação não tem solução;
  10. Ofereça-se para procurar um médico ou terapeuta e vá com a pessoa à primeira consulta, é uma grande ajuda para uma pessoa deprimida;
  11. Incentive a pessoa a fazer uma lista completa de sintomas para discutir com o médico;
  12. Dê o seu apoio durante todo o processo de tratamento;
  13. Ajude a pessoa a manter compromissos (como ir a terapia), e a fazer o tratamento prescrito;
  14. Ajude quando e quanto, possível. Quando alguém está com depressão, as pequenas tarefas podem ser complicadas de fazer. Ajude, mas apenas o necessário para você não ficar saturado. 
  15. Caso a pessoa não admita ter a doença ou não crer que algo pode ajudá-la, e você percebe que seu quadro se agrava, marque a consulta com o profissional e insista para que a pessoa vá com você.

Para finalizar, algumas considerações:

Ajudar uma pessoa deprimida, é uma tarefa que exige disposição em compreender, que a depressão é uma doença. Sem este conceito claro em sua mente, pode ser que suas boas intenções, torne pior a situação da pessoa.
Percebo uma grande dificuldade na aceitação deste diagnóstico, porque somos uma sociedade preconceituosa, quando o assunto é transtorno mental. Podemos sofrer ou ver alguém com dor de estômago, câncer, problemas nos olhos, e tantos outros, mas, se alguma doença altera o comportamento, temos dificuldade em lidar. 

É impressionante que a depressão, no contexto de muitas comunidades religiosas, é sinônimo da falta de fé, de fraqueza espiritual, de problemas espirituais. Sou de fé evangélica, e é com tristeza que vejo irmãos, não aceitando o diagnóstico da depressão. 

É triste que em um tempo com tanta informação, o preconceito resista bravamente, e o irmão adoecido, ilhado fica em sua dor, se tornando um forte candidato ao suicídio.
Jesus Cristo disse: "Não julgueis, para não ser julgado"(Mateus 7:1). Sua ordem é atual. É sábia. E uma vez obedecida, nos tornaremos capazes de fazer muito pelas pessoas com depressão. Seremos mãos que acolhem, e não mãos que atirem pedras.
Que Ele nos ajude.


Referências:

Leia mais: http://www.sairdadepressao.com/como-ajudar-uma-pessoa-com-depressao/#ixzz4zjdTsrFa
https://www.vittude.com/blog/12-maneiras-de-ajudar-um-amigo-com-depressao/

segunda-feira, novembro 27, 2017

Tecnologia vilã, mas amada.

Estou escrevendo meu segundo livro. Um pequeno trecho do primeiro capítulo.


.... Para nós criados em cidade grande, é complicado entender que Deus fala na natureza. Estamos cada vez mais cercados por concreto e asfalto. Entretanto, “os céus proclamam a sua glória ”xSl.19:1.
E rodeados pelo cinza, e sem folga por causa do nosso ritmo de vida, a pouca natureza que nos circunda é roubada. É que a práxis urbana - o correr de um lado para outro - sufoca com a falta de tempo.
Na cidade em que moro, ocupada, nem sempre consigo contemplar o céu azul, a noite caindo e trazendo as estrelas. E ainda que tento diariamente molhar as plantas, nem sempre desfruto das flores que nascem nos vasos que insisto em ter no meu quintal cimentado.
A tecnologia, vilã disfarçada da mais bela mocinha, também seduz. Sua maldade é refinada, sutil. Prometendo facilitar a vida, se alia a cidade. O que ela faz? Todos nós sabemos. Suga o tempo cada vez mais escasso.
Abrimos o Facebook, só queremos gastar 10 minutos, coisa rápida, ver os amigos não vistos. Nos assustamos quando, 30 minutos se foram. WhatsApp, só ver uma mensagem, estamos na mesa com a família, com os amigos – era só ver, não resistimos, respondemos. Gasta-se o tempo, o pouco tempo, que se tem com quem está do lado.

E a tecnologia vai nos deixando cada vez mais órfãos... Mesmo assim, nós a amamos, como amamos os atores que representam os mais cativantes vilões.

sexta-feira, novembro 24, 2017

Certa vez, ouvi uma estória de um homem, que estava viajando de carro. De repente o pneu furou. Ele, pensativo sentou no meio fio. Se lembrou que não tinha comprado o macaco do seu carro, que havia sido roubado, dias atrás. Estava a confabular as suas possíveis soluções.
Ficou ali parado, não conseguindo pensar em nenhum caminho fácil para resolver aquela situação. Os carros, passavam em alta velocidade, e pensava ser sempre perigoso precisar de pessoas desconhecidas.
De repente, um veículo parou a sua frente. O motorista do carro, ofereceu ajuda, mas, ele recusou. Achou o homem disposto demais, e com medo, disse que não precisava. O motorista que parou, seguiu adiante. Lá ficou o homem sentado no meio fio.
Uma hora depois, já desconsolado com o sol da manhã queimando sua cabeça, e com as horas de trabalho perdidas, o outro motorista parou, e ofereceu ajuda. Ele aceitou, mas ao saber o motivo de não ter trocado o pneu, sorriu. O homem, ficou indignado. Do que você está rindo? Perguntou. Mas, antes que ele respondesse, negou que precisasse de sua ajuda. E, assim, o motorista que parou, seguiu adiante. Lá ficou sentado o homem no meio fio.
Três horas da tarde. Com fome, suado, cansado, precisando de um banheiro, rogou com toda as suas forças por ajuda. Meia hora depois, outro motorista parou e ofereceu ajuda. Mas, ele recusou. Era um afro descendente. E, embora acreditava não ser racista, pensava, 'é preciso ter muito mais cuidado'. Assim, o motorista que parou, seguiu adiante. E o homem continuou sentado  no meio fio...
Penso, que eu e você, também trazemos nossos medos, o pavor de críticas e, tantas vezes, nossos sutis preconceitos. É possível, que  dominados por estas realidades ( medo, crítica e preconceito), paralisados ficamos diante de um desafio em nossa vida.
Tantas vezes, não aceitamos as respostas que precisamos, por causa das nossas expectativas de como é que as coisas deveriam ser, e perdemos o que é. 
Quem sabe hoje, eu e você, sentados no meio fio da estrada da nossa vida, estamos dizendo não, a todas as respostas para voltarmos a viagem que nos cumpre fazer. "Como o homem que planeja em seu coração o seu caminho", mas esquecidos de que "é o Senhor quem determina os seus passos"(Provérvio 16:9), fica a determinar quais são as soluções possíveis. 
Se assim estamos, é certo que ficaremos cada vez mais adoecidos, e  desconsolados, ao reclamar a ajuda que recebemos, mas, não conseguimos ver.







quarta-feira, novembro 22, 2017

Tratamento para depressão: Terapia medicamentosa

Oi gente, nesta quarta estarei falando sobre a terapia medicamentosa para depressão.

Vale salientar que é um tema controverso. Somos uma geração acostumada com o microonda, controle remoto, celulares e caixas eletrônicos. Geração que vê o mundo, sem sair de casa pelas teclas de um computador conectado na internet. Não é a toa que queremos tudo para ontem. Mas, nem sempre o rápido é o caminho necessário. E tomar remédio, sem prescrição de um bom especialista, pode ser algo perigoso para a saúde.  

O humano passa por seus processos e crises. Alegrias e tristezas. Perdas. Tudo faz parte da vida. Temos que aprender a lidar com elas. Nenhum medicamento vai curar a saudade de um ente querido, ou aliviar a raiva da traição sofrida. É preciso tempo, novos olhares para a vida, nova forma de pensar, novas posturas internas para digerir eventos que marcam nossa história.

Porém, vivemos em uma sociedade que evita a todo o custo, o sofrimento. E o uso de medicamentos, como solução mágica é uma realidade cada vez mais presente em nossas casas. Os antidepressivos, vendidos no mercado, parecem prometer um alívio rápido e total, para uma doença que precisa ser tratada em muitas dimensões. 

Sou psicóloga e nada tenho contra o tratamento medicamentoso, caso este, de fato, ajude quem dele faz uso. A advertência é contra o uso de medicamentos para aliviar as questões, cujas causas são sociais, culturais, emocionais e psicológicas.
A terapia com antidepressivo é indicada como um dos tratamentos mais eficazes para combater a depressão. Estudos mostram eficácia, principalmente aliada a psicoterapia. Contudo, é preciso cuidado. Na depressão leve normalmente não necessita do uso de medicamentos. Na depressão moderada e grave, será necessária a avaliação de um bom psiquiatra para saber qual o melhor tratamento.
Já atendi pacientes que o médico insistiu em manter um medicamento que não estava trazendo nenhum benefício para a pessoa. Meses se passaram. E me pergunto: Se os sintomas de uma doença não foi contido, amenizado, e a doença só evolui, qual a finalidade de manter um medicamento no caso da depressão, se existe tantas outras alternativas?

Saber qual o melhor tratamento é sempre o desafio. Psicoterapia e medicamento, são os mais indicados pelas pesquisas, e o ideal era ter acesso aos dois, para ver a melhor resposta. 

Entretanto, muitas outras terapias podem ajudar, tais como: Meditação, acunputura, fitoterápicos, EMT, e tantas outras

Cabe salientar que a EMT- Estimulação Magnética Transcraniana - técnica não invasiva, com poucos efeitos adversos, é pouco conhecida. Porém, é regulamentada no Brasil, e tem eficácia comprovada. É um tratamento caro, e os planos de saúde não o cobrem, mas, é uma opção. Para quem interessar pelo assunto, deixei nas referências abaixo, links e artigos para pesquisa.


Vivemos dias difíceis. São muitas informações e não sabemos em qual fonte confiar. Existe também inúmeras criticas aos laboratórios. Estudiosos e jornalistas reconhecidos, afirmam que a indústria farmacêutica  manipula o mercado. Médicos são comprados com benefícios para receitaram medicamentos produzidos. E acho prudente o conselho que devemos ter cuidado com estudos publicados por laboratórios. 
Mas, a depressão é uma doença. Precisamos buscar tratamento. Certamente que existem remédios que podem funcionar para alguns.



Semana que vem irei terminar minha série sobre depressão. Com  dicas práticas de como podemos ajudar a pessoa deprimida. Espero por você. Até lá.

Referências:
http://www.sairdadepressao.com/tratamento-da-depressao/
https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/Caderno_AF.pdf
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/11/1832841-industria-farmaceutica-age-como-o-crime-organizado-diz-pesquisador.shtml
http://www.psicologiasdobrasil.com.br/estudo-mostra-que-industria-e-psiquiatria-criaram-doencas-e-remedios-que-nao-curam/
http://www.psicologiahailtonyagiu.psc.br/materias/esclarecendo/395-a-psiquiatria-esta-em-crise
Links e artigos para quem quer conhecer sobre a técnica EMT:
https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/vida/noticia/2015/04/conheca-um-novo-tratamento-para-depressao-quase-sem-efeitos-colaterais-4732432.html
https://jornalggn.com.br/noticia/o-tratamento-da-depressao-por-meio-de-estimulos-eletricos

Artigos científicos:
COELHO, C.L.S. et al. Higher prevalence of major depressive symptoms in Brazilians aged 14 and older. Revista Brasileira de Psiquiatria. v. 35, n. 2, p. 142-43. abr.-jun. 2013.
KRISHNADAS R, CAVANAGH J. Depression: an inflammatory illness? Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry. vol. v. 84, n. 5, p. 495-502. 2012.

segunda-feira, novembro 20, 2017

Sucesso dos fracassos

O sucesso dos fracassos. Fui desafiada a escrever. Mas, como é difícil ver na dor não buscada, algo que faça algum sentido de triunfo. 
Afinal, o que teria para ser visto de bom na dor da descoberta do "amigo", que só se teve, por causa do olhar da inocência que não nos fez prudente? Seria o sucesso deste fracasso, ver os amigos, que são amigos de fato?
O que teria para ser visto de bom no desemprego, a nos tirar a dignidade de uma vida com possibilidades? Seria o sucesso deste fracasso, a nova estrada do nada, que diz os gênios ser o lugar do nascer da criatividade?

O que teria para ser visto de bom em uma batida de carro, que o deixou na oficina por longo tempo, nos fazendo perder o dinheiro investido, nos impondo o não ir? Seria o sucesso deste fracasso o novo, nos velhos caminhos a se destacar? Lojas vistas, pessoas perto, flores, plantas, jardins, calçadas desenhadas. Beleza presente nos caminhos de todo dia?
O que teria de bom no amor que não vingou? Seria o sucesso dos fracassos a chegada de corações antes não conhecidos, trazendo um amor nunca sonhado?

O que teria de bom na saúde que se tornou turista? Seria o sucesso dos fracassos, a pausa ao corpo cansado das férias nunca tiradas? Ou seria, a alma a celebrar o repouso que lhe traz novas janelas abertas,  no sentar sem pressa ao redor da mesa, e no falar e ouvir de sentimentos não nomeados?

Enquanto aceito o desafio de escrever sobre o que eu não compreendo, eu sigo me questionando:
Se o sucesso dos fracassos, é descobrir que o controle é ilusão sem tato? É segurança falsa prometida a seres impotentes e finitos? 
É se vê, sem ver o todo? É se assustar sempre com o novo? É se perceber nada sem o outro?
Duas coisas tenho por certo: 
A primeira: É que a vida é a dona das possibilidades. Do sol ou chuva na manhã seguinte, quem é que sabe?
A segunda: É preciso o olhar da criança, e  não do adulto que acredita não ter mais tempo. É preciso ver além da realidade insossa, e vislumbrar a oportunidade, que o fracasso seja, apenas o recomeço. 
Não sei se conheço o sucesso dos fracassos... Desconfio não ter a criança com este olhar que traz a simplicidade da fé teimosa, que nada precisa ver para crer.
Contudo, vendo o que os olhos só veem, após ser provado pelo fogo, eu abraço o fracasso, certa de que Deus pode o tornar, o meu  maior sucesso.

quarta-feira, novembro 15, 2017

Tratamento para depressão: Psicoterapia


Oi gente, nesta quarta, continuo falando sobre depressão. O tema de hoje: o que é Psicoterapia e como pode ajudar a pessoa deprimida.

Os estudos apontam que a psicoterapia é um dos tratamentos mais eficazes para o combate da depressão. É um método de tratamento de problemas psicológicos e emocionais baseado no conhecimento científico do funcionamento psicológico. 
A partir da abordagem adotada (teoria científica a qual o profissional se baseia para fazer seus atendimentos), o profissional da psicologia vai fazer a leitura de como o paciente se encontra, e elaborar a intervenção.  
Estudos mostram, que independente da abordagem, quando há domínio do psicoterapeuta da sua teoria e um bom relacionamento entre o profissional e o paciente, a psicoterapia pode ser eficaz. E, somente psicólogos credenciados ao conselho de psicologia de sua região podem realizá-la.
A psicoterapia pode promover um novo olhar sobre os problemas. Levando a pessoa a se conhecer melhor e a descobrir outras formas de reagir diante do que está vivendo. Com uma nova forma de ver o mundo, a maneira de se portar diante da vida pode mudar, podendo levar a pessoa ao encontro de caminhos, de volta ao equilíbrio emocional.
As psicoterapias podem variar relativamente à frequência das sessões e duração do tratamento. A frequência é acordada entre paciente e psicoterapeuta, de acordo com as necessidades e condições do paciente. De um modo geral, as sessões são bissemanais, semanais ou quinzenais.

A relação entre paciente e psicoterapeuta não é uma relação de amizade, caso contrário, deixa de ser uma técnica científica implementada por um profissional qualificado, o que compromete a eficácia do tratamento. E só pode ser feita por psicólogos que não fazem parte do seu círculo familiar e de amizade.


Em nenhuma hipótese, a psicoterapia pode ser usada para dar conselhos aos pacientes. As decisões da vida de uma pessoa, só podem ser tomadas por ela. E a psicoterapia pode ser uma forma de ajuda para que o individuo chegue as suas próprias decisões. Psicoterapia eficaz é aquela que desenvolve a autonomia e liberdade. Por isto, o paciente  tem que estar motivado a colaborar com o terapeuta, porque as mudanças da sua vida, só podem ser realizadas por ele.

A psicoterapia pode ser aplicada a uma diversidade de situações clínicas em que se verifique sofrimento emocional e dificuldades de adaptação à vida, tais como: Crises no desenvolvimento, transtornos mentais, luto e divórcio, e outras.
No tratamento da depressão, a psicoterapia pode ajudar a compreender a doença com seus sintomas, e como ela se manifesta na vida do paciente. Também, a identificar os problemas que a causam, ou que a mantém. E o psicoterapeuta ao dar feedback (explicação do que está vendo) ao paciente, pode ajudá-lo a buscar novas formas de lidar com a doença. 
Vale lembrar que a depressão é uma doença que precisa ser tratada levando em consideração a vida do paciente como um todo. O que certamente levará o profissional a indicar a busca de outras abordagens de tratamento.
Na semana que vem vamos falar sobre a terapia farmacológica - remédios usados no combate da depressão.

Compartilhe com seus contatos. Vamos espalhar estas informações.

Aguardo você.