quarta-feira, outubro 30, 2019

O amor romântico – Um convite ao livro de Cantares

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Quem nunca suspirou numa platéia ao ouvir e ver uma história de amor?Quando contadas provocam um caldeirão de emoções, algumas nem explicadas.
Livros e filmes ao falar doamor entre uma mulher e um homem parecem fazer sucesso em qualquer tempo. Até mesmo nos tempos pós modernos, onde a poesia parece perder campo por causa da crise da falta de afetos. 
Parece ser um tema das mulheres, mas não é verdade! Os homens, também sonham com o amor romântico.
Esta história começa em Gênesis quando Deus cria uma alma gêmea para Adão, a partir da costela dele.
Ao vê-la, o primeiro homem criado expressa com palavras viscerais que ela é osso dos seus ossos, carne da sua carne1.
Nasce neste momento o primeiro casal. A partir deles se constitui a maior e mais importante instituição da terra, a família.
Em provérbios somos informados que a relação amorosa é caminho maravilhoso e misterioso2. E de todas as relações possíveis de viver, a única comparada com Cristo e sua igreja é a relação conjugal.O que nos aponta que amor eros3 são águas profundas.
Nesta série, já em suspiros, irei escrever o que vi sobre o amor romântico em Cantares.
Este livro narra em poemas à história de amor de Salomão e Sulamita, indicando-nos as possibilidades de alegria e dos caminhos de angústia que o amor romântico pode nos trazer, se não for vivido na perspectiva do Seu Criador.
Escrevo para todos - solteiros, casados, separados, divorciados e viúvos -, que suspiram (ainda que seja no secreto da alma) ao ouvir uma história de amor.
Aguardo você.
Roseli de Araújo
Escritora e psicóloga clínica
Referências:
1.    Gênesis 2:23;
2.    Provérbios 30:18,19;
3.    Amor Eros: Eros (em grego:"ἔρως" transliteração para o latim "érōs") é o amor apaixonado, com desejo e atração sensual. Amor romântico.

quarta-feira, outubro 23, 2019

As consequências do orgulho na vida da igreja – O convite de Jesus aos seres humanos



     
imagem do blog maisgospel




“Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em meu trono, assim como eu também venci e sentei-me com meu Pai em seu trono.
Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Apocalipse 3:22,22
                                                                                  



É intrigante o final desta carta.
Jesus nos fala que venceu e sentou no trono do Pai, e aquele que vencer como Ele terá o direito de sentar-se com Ele em seu trono.
Diante deste texto duas perguntas surgem:
A primeira: O que Jesus teve que vencer para sentar no trono do seu Pai?
A segunda: O que os laodicenses precisavam para se tornarem vencedores e se sentar no trono com Jesus?
Jesus no getsêmani nos aponta a resposta. Ele estava para ser entregue e assim cumprir seu propósito no mundo, o de buscar e salvar o perdido1.
E do que os homens estavam perdidos para Jesus? Eles estavam perdidos em seus pecados. Na bíblia, pecado não é apenas comportamentos que julgamos não adequados.
No original, a palavra pecado significa “errar o alvo”. E foi o que ocorreu com Adão, o representante da raça humana, ao escolher ser igual a Deus.
Sua decisão de desobedecer fez com que a maldade dos muitos saberes adentrasse o mundo, que a natureza sofresse mudanças em sua estrutura, que a mulher tivesse dores ao dar a luz e o homem tivesse que se sustentar com o suor do seu rosto, tudo isso ocorreu porque o homem sai do lugar de filho desejando o lugar do Pai – ser como Ele. Sendo impossível que a criatura seja igual a seu criador, Adão, é punido com a morte física e espiritual – que é a distancia do Pai 2. Jesus, então vem para pagar o preço desta escolha de Adão que contaminou todos os seres humanos, e levá-los de volta para casa – para o projeto original de Deus.
No getsêmani, um pouco antes de ser preso e crucificado, em grande agonia orou ao Pai pedindo que passasse dele o cálice que estava para beber 3.  Ao terminar sua oração, Jesus se rende a vontade do Pai. Na cruz escutamos o seu grito: “Meu Deus, Meu Deus! Porque me abandonaste”4, nos revelando que teve que vencer como homem a maior tragédia que os homens atraíram para si – a distância do Pai.
E os laodicenses para se tornarem vencedores precisavam retornar urgente, a intimidade com o Senhor Jesus, pois só por meio dele temos acesso ao Pai.
Contudo, a autossuficiência deles, (a mesma que fez com que Adão desejasse ser igual a Deus), os levaram a crer que suas riquezas materiais eram tudo o que necessitavam. Mas, o que os seres humanos carecem é de se relacionar com Pai – O Deus criador, e foi isso que Jesus veio ensinar aos seres humanos.
É na obediência ao Pai que encontraremos a vida que vale a pena viver. Jesus nos mostrou que só rendido ao Pai podemos herdar mais do que riquezas nesta terra, podemos nos assentar no seu trono como Ele.
A vitória dos laodicenses era a de OUVIR a Jesus para serem nutridos por Ele (participar da ceia) e assim serem capazes de viver o projeto de Deus para suas vidas e não os seus projetos pessoais.
Porém, eles seguiam suas vidas satisfeitos com muito pouco perto do prometido a eles: o de reinar com Jesus. E por isso Jesus os vê tão miseráveis, afinal, seu projeto eram muito maior do aquele que eles se contentavam.
Entretanto, para sentar no trono com Jesus é necessário antes casa e ceia – intimidade. É na relação com Ele que vamos compreender o projeto de Deus para nossas vidas.
E Jesus termina a carta dizendo, “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”, nos deixando claro que a mensagem daquela carta é exortação para todos os que creem nele como Senhor e Salvador.
Por está razão, a minha oração é que eu e você, hoje, possamos ouvir o que o Espírito nos diz.

Roseli de Araújo
Escritora e Psicóloga clínica

Observação: Este é o último texto desta série. Espero que o Senhor tenha edificado sua vida.

1.    Lucas 19:10;
2.    Gênesis 1-3;
3.    Lucas 22:41-44;
4.    Mateus 27:46

quarta-feira, outubro 16, 2019

As consequências do orgulho na vida da Igreja – Temos tempo para ouvir Jesus?



foto do blog - aprendendo-a-ouvir-o-coracao-do-outro


Os laodicenses pensavam estar bem. Tinham certeza que eram abençoados por causa da excelente situação financeira e por viver em uma cidade próspera.
Porém, Jesus aponta que algo importante estava faltando ao afirmar que Ele estava à porta e batia. E se alguém o escutasse, entraria e cearia.
O problema deles consistia na relação superficial que mantinham com Jesus - o Senhor e Salvador, uma vez que chamados para participar da intimidade dEle, os deixavam do lado de fora de suas vidas.
 Jesus os adverte que se alguém entre eles ouvir e abrir a porta, Ele entra em suas vidas e participa da intimidade deles como também permite que eles participem da Sua.
Contudo, parece que os laodicenses distraídos com tanta coisa boa que acreditavam ter, corriam o risco de não ouvir o chamado de Jesus para a intimidade.
Será que vivemos tamanho risco? Temos em nossa vida tempo e espaço para termos intimidade com Jesus? Ou como os laodicenses, estamos distraídos com tantas coisas ao nosso redor?
Os laodicenses estavam surdos por causa da sua fartura, e nós? Seriam os nossos problemas, nosso casamento, nossos filhos, nossa casa, nossas vãs filosofias, nossos sonhos ou a nossa luta pela sobrevivência?
O convite de Jesus ecoou para eles e segue para nós até a sua vinda. Se ouvirmos a sua voz teremos oportunidade de casa e ceia – intimidade com Ele. Sem ouvi-la, não tenha dúvida, estaremos diante dEle -miseráveis, pobres, cegos e nus.

quarta-feira, outubro 02, 2019

As consequências do orgulho na vida da igreja – O que fazer para deixar o orgulho



‘Repreendo e disciplino aqueles que eu amo. Por isso, seja diligente e arrependa-se. Eis que estou a porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo’.Apocalipse 3:10-20


O amor de Jesus é diferente do amor dos seres humanos. Ele faz o necessário por aqueles que Ele ama. Se eles precisam de repreensão e disciplina, então, Jesus não se faz de rogado, repreende e disciplina.
Em nossos dias, as palavras de repreensão e a disciplina não são bem-vindas. Temos uma geração de pais que acreditam que não podem traumatizar seus filhos em nome do amor, e os poupam da repreensão - educação, tão necessária para a vida em sociedade. Então, o caos se instala. Sem disciplina os homens ficam perdidos, sem foco, sem direção.
E assim estavam os laodicenses. Eles tinham se perdido da verdadeira proposta do evangelho. Haviam deixado de olhar para Cristo por acreditarem estarem seguros em suas riquezas.
Jesus não os poupa. Ele os quer de volta. Ele deseja estar a mesa com os laodicenses. Contudo, para isso há uma condição, Laodicéia tinha que ser diligente e arrepender-se.
Para quem acreditava ter conquistado tudo, ter que ser diligente em alguma coisa talvez não fizesse muito sentido. Entretanto, o contexto nos esclarece o que Jesus quer dizer com diligencia. Ele diz: ‘Eis que estou a porta e bato, se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo’.
Jesus não diz se alguém ouvir a batida da porta, mas ‘se ouvir a minha voz’. Fica claro que na medida em que os laodicenses foram alimentando a autossuficiência, foram perdendo a capacidade de ouvi-lo.
Que coisa terrível. Que cena estranha. O Senhor do universo não sendo ouvido por aqueles que Ele deu a sua vida.

Entretanto, Ele segue fiel em seu amor. Ele os fere em sua vaidade ao dizer que eles são miseráveis, pobres, cegos e nus. Porém, Ele bate à porta. Ele deseja sentar novamente a mesa com os laodicenses e cear com eles.
A condição para os laodicenses é de voltar os olhos para a Palavra e arrepender-se. Sem ouvir a Palavra não há como o arrependimento brotar, mas no ouvir a Palavra, a fé vem2. Qual era fé que eles precisavam resgatar?
A fé que só em Cristo reside toda riqueza e toda plenitude. Só em Jesus podemos todas as coisas3. E sem Ele a igreja é miserável, pobre, cega e nua.

Referência:
1. Proverbios 27:6a
2. Romanos 10:17
3. João 15:3