quarta-feira, setembro 26, 2018

Sou quem eu quero ser? Vencendo a autossabotagem para ser quem eu quero ser



 Quando queremos ir a algum lugar e abrimos o aplicativo da Uber no celular, temos que escolher o destino e depois confirmar nosso lugar de partida. E assim, do ponto de vista psicológico, também precisamos definir nosso destino, ma saber com clareza onde é que nós estamos.
 Parece óbvio? Não se engane. O óbvio nem sempre é simples, pois trazemos dentro de nós a possibilidade da autossabotagem.
Deixe-me explicar.
Sabe aquele curso que você quer fazer e adia o tempo todo? Aquele copo de cerveja que acredita que irá parar quando quiser, porém, termina sempre embriagado? Diz que vai desligar a TV e assistir menos a Netflix, mas vai deixando para amanhã a leitura/ estudo que tanto fala fazer falta? E as várias histórias que acumula de namorados (as) ou cônjuges com atitudes destrutivas? Quem sabe um dia você prometeu que jamais faria o que seu pai e mãe fez, mas na idade adulta começa fazer exatamente como eles? A lista de comportamentos sabotadores é grande. Portanto, se respondeu sim para qualquer uma destas perguntas, saiba, você esta vivendo o ciclo da autossabotagem.
A autossabotagem é um movimento psicológico, onde a pessoa de forma inconsciente frustra os seus planos com comportamentos repetitivos que impedem que ela alcance o que deseja.
Sabe-se que a autossabotagem pode se manifestar em um nível mais profundo ou mais superficial e nem sempre se revela em comportamentos claramente destruidores.
Para Stanley Rosner, psicanalista que escreveu o livro “o
Ciclo da Sabotagem”, todos nós repetimos comportamentos, porém, o problema é quando repetimos comportamentos que são capazes de destruir nossas vidas, roubar sonhos, trazendo sofrimento.
É algo terrível. Afinal, roubamos de nós o que queremos.
Quando estudei sobre o assunto, me perguntei: Como eu e você podemos vencer este estrupício que carregamos?
Os profissionais da psicologia afirmam que a autossabotagem é vencida quando a pessoa toma consciência que suas escolhas produzem o que elas não desejam para suas vidas. No entanto, este pode ser um processo longo e penoso.
Contudo, existem sinais que apontam se estamos vivendo-a e precisamos identificá-los.
O primeiro sinal a considerar é a dificuldade em assumir a responsabilidade pela própria vida. Normalmente, quem se sabota costuma culpar os outros pelos seus erros ou pelos planos não darem certo; o segundo é a tendência em permanecer sem objetivo e sem foco, enquanto reclama constantemente sem buscar soluções para os seus problemas; o terceiro é a mania de procrastinar – deixar sempre para amanhã atividades importantes que pode fazer hoje - mantendo o hábito de trocá-las por atividades desnecessárias ou fúteis; o quarto é a criação de justificativas sem fundamentos para os seus próprios erros e o quinto, e último, é viver como um barco a deriva, sem nenhum planejamento para as atividades as quais necessitam de organização prévia.
Queridos leitores acreditem: Todos nós estamos suscetíveis a autossabotagem!
Por isto, prestem atenção onde estão, para que busquem meios de chegar onde desejam. E não existem“aplicativos” psicológico que podem nos levar onde queremos com apenas alguns cliques. É preciso muita vontade e tempo para vencer a autossabotagem.
           Semana que vem falarei de como podemos vencê-la.
            Aguardo você.
                  Roseli de Araújo
                  Psicóloga clínica