sábado, fevereiro 20, 2016

Barco e o porto

Existe uma luta entre o que sei - razão, e o que sinto - emoção. Que arena é esse meu coração. Diante desta realidade, escrevo para acalmar a alma.


Barco e o porto
 
De repente um vento tempestuoso agita meu frágil ser.
Algo dói, mas que dor é essa?

Como um abraço que rouba todo o ar,
Sufoco-me com o incontrolável que brota.

E assim me contemplo.
Sou como um barco que sabe que tem Porto,

Contudo, meu coração se inquieta no alto mar.

E mesmo vislumbrando ao longe o Farol que me guia, me agito, frente as ondas geladas que insistem, em mim brotar.
Ah... essa hipotermia da alma paralisa em mim o desejo de continuar...

E as certezas que antes aquecia minha alma frente as ondas de fora, são levadas ao fundo desse mar gelado que brotou... onde?

E assim me contemplo.

E enquanto olho... percebo...  uma inquietude borbulha como uma mina cercada por mata ciliar,  então percebo, a vida que almejo ter também jorra...de onde?

E meus olhos se distrai por um instante desse mundo que trago,
E vejo o Farol acenar o caminho a minha frente...
Há beleza no mar que se agita, tanto quanto no mar que se acalma,

E me descubro barco guiado, nesse imenso mar que é a vida.