sexta-feira, janeiro 08, 2016

Doeu, mas valeu


Tem feridas que são necessárias para que a gente não volte a se esfolar. Elas nos tornam mais cautelosos frente às escolhas, nos fazendo, se necessário, confiar menos no outro, em nós mesmos e em nossas percepções. Elas nos levam a olhar os fatos!
E contra fatos, quem pode argumentar?
As feridas, transformadas em sinalizações, podem nos ajudar a errar menos o caminho, nos fazendo andar mais devagarzinho, porque quem tem pressa nas avenidas da vida pode ser que não chegue aos lugares aonde deseja chegar.
Melhor ainda é quando essas feridas deixam cicatrizes. Agora sem dor, temos em nós mesmos a lembrança de que somos maiores do que as chagas com que a vida pode nos presentear. Ficamos então com coragem. E, sem medo, seguimos em frente com um sorriso pousado nos lábios, com palavras mais leves emergindo do coração.

Então celebremos as nossas feridas, não com quem é masoquista, mas como aqueles que se tornou no melhor que pode ser.