quarta-feira, agosto 21, 2019

As consequências do orgulho na vida da igreja - Reflexão em Apocalipse 3:14-22


E ao anjo da igreja de Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.
Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.
Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.
Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Eles acreditavam que podiam fazer qualquer coisa. O dinheiro era a sua proteção. Diziam: “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma”1. Tão seguros sentiam-se na riqueza acumulada que viviam na expectativa que o futuro - esse sujeito incerto - só traria o sucesso.
Moradores da rica cidade de Laodicéia estavam cercados de bancos, da indústria têxtil e de uma boa medicina oftalmológica. Também, recebiam povos de todos os lados por ser rota comercial, e novidades não lhes faltavam.
É seguro afirmar que enxergou novas culturas – jeitos diferentes de pensar, e, produtos lançados em primeira mão.
Todavia, não só vislumbraram cultura nova, como também a absolveram. Parece-me que eles se tornaram capitalista de alma, ao crer que a riqueza da vida consiste nos bens que possuíam.
O problema de ser capitalista de alma é que eles perdiam de vista o tesouro que haviam recebido. Eram seguidores declarados do evangelho, entretanto, negavam a realidade do único tesouro que pode ocupar o coração dos discípulos: as boas novas - O evangelho – o Cristo.
Jesus se mostra indignado. Tenta chamar atenção da igreja. Bate na porta, mas eles não o ouvem. Então, fala a João na ilha de Patmos para escrever ao líder da igreja de Laodicéia. Quem sabe com uma carta em mãos, os laodicenses atentassem ao som insistente das mãos de Jesus ao bater na porta.
Soa estranho pensar em Jesus do lado de fora da igreja. Mas, é assim que Ele se apresenta aos laodicenses.
Creio que o bater na porta é a insistência de Jesus em falar com seu povo por meio da palavra.
E sem ouvir o Jesus que fala através da sua palavra, a igreja perdeu a capacidade de enxergar a si mesma. Que tragédia. Criam possuir tudo, enquanto estavam diante do Senhor da Vida de forma miserável, pobre, cega e nua.
Diante da realidade dos laodicenses me pergunto: Como será que Jesus nos vê? Qual é o diagnóstico que Ele faz de mim e de você?
Semana que vem continuamos nossa reflexão. Até lá.
Roseli de Araújo
Psicóloga clínica
1Apocalipse 3:17