Decisão e medo

Decidir. Tarefa complicada. E a ansiedade diante do desconhecido aperta o peito. E o medo comparece com toda sua força para nos paralisar, mas, não temos como caminhar sem fazer a escolha. Direita ou esquerda, não sabemos qual é o melhor. Só temos a certeza que as escolhas darão o destino, o qual, não sabemos se é o que queremos dar em nossas vidas.

E José, está vivendo um desses momentos. 

Precisa decidir em qual região morar. Avisado pelo anjo que Herodes, o rei que havia mandado matar as crianças até 2 anos de idade do sexo masculino, por temer nascer um rei que ameaçasse seu trono, agora, havia morrido. 

E José temia. Seu sucessor pensaria como ele? Tentaria ainda contra as crianças? Buscaria ainda o menino o qual os magos haviam dito que seria o Rei dos reis? Ele não sabia. 

O anjo que tinha lhe avisado já ser o tempo de partir com sua família, não o havia dito para qual cidade, apenas o país. E, certamente, na memória de José a matança dos pequeninos ainda era latente. Estava com medo, afinal, Arquelau era filho de Herodes e estava governando a Judéia. Certamente, o sucessor de Herodes sabia da profecia que o Rei dos reis viria da Judéia, e José precisava garantir a distância daquele que poderia trazer novamente o mal. 
José já havia fugido uma vez para preservar a vida do seu filho, agora era preciso cautela para mantê-la. O seu medo o leva a prevenção. E, ao tomar está decisão, cumpre-se o que fora dito pelos profetas, de que Jesus, o seu filho, seria chamado de Nazareno.

Que mistério. O Deus soberano faz com que o medo de José possa cooperar para os seus planos eternos.

E a gente aprende: Medo que preveni é para ser considerado. Medo fruto de uma lógica histórica pode ser norte. Bússola. Direção. 

Medo que traz a prevenção não paralisa, só leva em consideração que o mal tão perto é perigo desnecessário, sendo sensato ir para longe de onde está. 

Seja como for, decida com cuidado. Pense. Não desconsidere o medo. Quem sabe ele o levará ao projeto de Deus para sua vida como o medo de José o levou a cumprir a escritura. 

(Mateus 2:19-23)