segunda-feira, janeiro 25, 2016

...40 anos...

Eu aos 7 anos de idade
...40 anos... (Parte I)
Próximo dos quarenta anos, eu percebi que acontecera um fenômeno comigo: comecei a olhar para trás.
Olhei meu filho com 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, hoje, 20 anos... meu Deus, como ele cresceu! O tempo, esse que nada respeita, ou que nada considera, soberanamente passou.
O espelho, antes tão querido, passou a me mostrar meu rosto com uma expressão mais marcada; meu olhar, antes tão leve, ficou pesado pelas pálpebras.
Notei que minha alma estava cansada do que não havia vivido, e que os projetos velhos precisavam de um novo alento.
Assustei-me, quando olhei pra mim, numa corda bamba emocional...
E me vi à beira do abismo de romper com tudo que eu considerava importante. E meu coração se agitou frente à ordem bíblica de que não devemos ‘remover os marcos antigos’.
Eu penso, não tenho nenhuma certeza, que isso que me ocorreu porque, além de ser algo da fase do desenvolvimento humano normal dessa faixa etária, foi fruto de uma pergunta filosófica: O que é a vida? Que, para mim, começou a soar assim – O que é a vida e qual meu propósito nela? Essa pergunta começou a despertar em mim uma sensação – mesmo que longe – entranhada – de que a vida é breve, que não sei quanto tempo tenho, por essa razão não posso desperdiçar nenhum segundo do tempo que se faz hoje.

O meu-eu de agora nem quer ganhar o mundo-planeta, deseja mesmo conquistar o mundo-meu-eu que precisa ser conhecido, desvendado, moldado. É que descobri na alma que o nosso mundo muda, ainda que o mundo não mude, se a gente decidir não ser mais vítima da nossa história.

Eu aos 42 anos






Amanhã segue a parte dois do texto. Espero por vocês.