Minha avó Mariana aprendeu
a ler após os 50 anos, tirou sua carteira de motorista aos 68 e aos 70 aprendeu
a nadar, sendo ela mesma digna desta frase: ‘Sou
brasileiro e não desisto nunca’.
Pequena em estatura, mas
enorme em sua coragem, nunca a ouvi dizer que algo era difícil quando desejava
fazer alguma coisa. Conhecida como teimosa pelos seus, nunca se deixou vencer
pelo preconceito com a terceira idade. É que pessoas como minha avó Mariana
jamais se preocupam com a soma do tempo, elas descobriram que têm contas mais
importantes para fazer, e vão transformando tudo que receberam em oportunidades.
Eu fico impressionada
porque nem essa cultura burra que endeusa a juventude roubou dela o brilho de
quem desafia.
E assim ela segue,
teimosa... E eu confesso que a admiro com toda minha alma, e sou grata por
nascer na família dela, tendo o privilégio de ser sua primeira neta!
Da mesma
maneira que ela, desejo terminar meus dias fazendo tudo que eu acredito, a
despeito das vozes que se erguem – fora e dentro de mim – pra dizer que eu não
posso.
E essa teimosia
dela... ah... essa teimosia... como eu
quero!