Tem feridas que são necessárias
para que a gente não volte a se esfolar. Elas nos tornam mais cautelosos frente
às escolhas, nos fazendo, se necessário, confiar menos no outro, em nós mesmos
e em nossas percepções. Elas nos levam a olhar os fatos!
E contra fatos, quem pode
argumentar?
As feridas, transformadas em
sinalizações, podem nos ajudar a errar menos o caminho, nos fazendo andar mais devagarzinho,
porque quem tem pressa nas avenidas da vida pode ser que não chegue aos lugares
aonde deseja chegar.
Melhor ainda é quando essas feridas
deixam cicatrizes. Agora sem dor, temos em nós mesmos a lembrança de que somos
maiores do que as chagas com que a vida pode nos presentear. Ficamos então com
coragem. E, sem medo, seguimos em frente com um sorriso pousado nos lábios, com
palavras mais leves emergindo do coração.
Então celebremos as nossas feridas,
não com quem é masoquista, mas como aqueles que se tornou no melhor que pode
ser.
Que seria de nós sem as cicatrizes que compoem e contam a nossa história.
ResponderExcluirQue seria de nós sem as cicatrizes que compoem e contam a nossa história.
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