sábado, abril 15, 2017



Ai, ai ai, hoje é sábado, a dor jorra sem nenhuma piedade. A expectativa do mal se cumpriu, o Cristo, sem nenhum pecado, ontem, foi cravado na cruz. 
O que virá para seus discípulos perplexos? Será que só resta ficar trancafiados com o medo do que virá, e com o coração arrebentado pela ausência daquele que os amou?
Ai, ai, ai, é sábado. Se bem que Ele prometeu que ressuscitaria, mas os discípulos lutavam com a realidade da morte... E a morte, é mesmo uma vilã forte.
Ai, ai, ai, como pode ser difícil viver no sábado, porque mesmo ensolarado, ele é desespero, vazio, tristeza sem cura. Ele é uma pausa no tempo que abriga dores inimagináveis, e contém o grito da fragilidade e contradição humana. 
Mas, havia uma promessa... O que será que os discípulos conversaram trancados pelo medo? Se lembraram delas? Ou apenas choravam pela decepção de não ver o reino tomado a força? Estavam frustrados porque o mestre, que repreendeu os ventos em alto mar, ressuscitou mortos, curou leprosos, cegos, coxos, multiplicou os pães, se entregou sem nenhum resistência mesmo sendo portador de um poder sem limites? 
Uma coisa é verdade, o domingo não havia chegado para os discípulos, mas nós sabemos o que aconteceu no domingo, a nós, não nos cabe viver como os discípulos viveram naquele sábado. 
Nós sabemos que a promessa da ressurreição se cumpriu, o Cristo venceu a morte, nos garantiu vida eterna, e ainda foi para o Pai para preparar para nós um lugar. Os discípulos precisaram que o domingo após aquele sábado se levantasse, mas nós não. O domingo já se impôs em nossa vida. A ressurreição já nos alcançou. Portanto,vamos descansar.












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