sábado, outubro 28, 2017

Fronteira - Quem eu sou?

Fronteira. O que é meu e o que é seu? É preciso descobrir bem rápido. Antes que o humano que sou, se perca no humano do outro.
Sem fronteira não há identidade, nem sonhos, nem vida vivida.
Sem fronteira, a construção que se faz é para o outro, enquanto eu me desconstruo de mim mesma. Isso não é amor. Deixar de ser o ser para qual fui criada é suicídio lento... Dia a dia... Morte na caminhada.
Sem fronteira dizemos sim a tudo o que não podemos fazer ou que não queremos fazer. Abrimos mão de dar alívio ao nosso corpo e alma. É não ter oportunidade de ver o pôr do sol com tranquilidade da janela... 
Sem fronteira não dormimos mais... Deitamos para acordar para um dia o qual não queremos viver por nenhum minuto. 
Desconfio que viver sem fronteira é morrer enquanto se está vivo. 
Fronteiras é preciso... Eu e você. Nós. Todos.
Fronteira é entender o outro que está do outro lado pensar diferente sem assim precisar romper. Respeito. Ele tem como a mim o direito.
Fronteira é não entrar no que não lhe cabe na vida do outro. É não  romper em nome de um amor que nunca amou. Amor que ama sabe respeitar fronteiras. Reconhece que o outro tem o direito de buscar os seus próprios caminhos.
Fronteira é ouvir a necessidade do outro, e decidir o que eu posso ou não fazer. Não é deixar de ouvir. É não se deixar tiranizar pela tentativa de agradar aquele que nunca será agradado. Tem gente, muita gente que é alma enferma. Abismo que ninguém sonda, e se  não sondado, não se pode preencher.
Fazer tudo o que o outro quer é loucura vestida da veste mais fina de ser bonzinho ou boazinha. Porém, veste que não cobre nada em sua alma e tão pouco daquele que tudo reclama. Talvez por isto fique a reclamar. É que ele precisa da sua fronteira para delimitar a dele.
Não ter fronteira é sacrificar o que não tem mais para ser sacrificado. Cuidado!!!
É preciso descobrir o limite de onde podemos ir. E recuperar a capacidade de andar duas milhas com outro sem violentar a nossa própria alma.
Ter fronteira é aprender a respeitar sem deixar de respeitar-se.
É fazer o que for possível para viver com um sorriso sincero e aberto na alma. É não entregar a nossa vida ao outro que não consegue nos ver. 
E só quem tem fronteira com marcos fincados, pode amar para além, e até a sua própria vida entregar, se assim Deus o requerer. Mas, nunca a custa do propósito de viver a vida para o qual foi chamado. A vida que recebeu é presente de Deus, e para Ele deve ser vivida.
Se descobre não ter fronteira e omiti a você mesmo a busca por ajuda, por ser vergonhoso reconhecer o que não se têm, ou por não acreditar mais que é possível. Saiba: A morte é certa se a esperança é perdida. 
Mas, não se deixe morrer. Grite. Busque alguém que irá lhe ajudar a restaurar sua fronteira. Deus o chamou para ser quem você é, e cumprir assim o seu chamado para sua vida. 
E assim sendo, será o que Ele tiver de melhor para você.









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