A
semana havia sido puxada, porém, a visita aqueles amigos era sempre um momento
de comunhão deliciosa. No entanto, exigia ficar de olho no relógio, afinal, era
tão bom estar juntos que o tempo se tornava um maratonista de cem metros.
Percebendo
ser necessário contar as horas para não ser inconveniente, tocou suavemente o
braço da pessoa amada e com uma voz branda, comunicou a passagem do tempo.
Porém,
o outro embevecido com o momento mágico, não foi capaz de contemplar a
realidade. Compreendendo estar ele cativado pela beleza da comunhão, deixou...
Contudo, de olho no relógio.
E
o outro dia anunciou que estava à porta.
Tentou avisar novamente que já era hora de se despedir, foi ignorado, afinal, o momento era mágico.
Tentou avisar novamente que já era hora de se despedir, foi ignorado, afinal, o momento era mágico.
O
novo dia chegou, novamente tentou explicar que era necessário ir. Sem conseguir
nenhum olhar de consentimento, levantou-se como tentativa de demonstrar que quem passa da hora, perde
tempo, e quem sabe, de viver o melhor.
De
pé no meio da sala, transparecia a mensagem clara de que já passava
da hora de ir embora, entretanto, os momentos mágicos costumam “dar de ombros”
a realidade.
Sendo a realidade uma menina brava, que sabe o que quer, se impõs sem nenhuma
educação à magia do momento, e na sala pairou um certo desconforto.
E
o que era para ser uma coisa agradável se tornou cansativa, roubou o que a
noite prometia...
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