Quando Jesus diz para os membros da igreja de Laodicéia que conheciam suas obras mornas e lamentou eles não serem nem frio e nem quente, compreenderam bem suas palavras.
Fundada no ano de 250 A. C., a próspera cidade de Laodicéia situada na
Ásia Menor não possuía abastecimento próprio de água. Eles captavam as águas
frias das montanhas de Colossos e as termais de Hierápolis, portanto, quando as
águas chegavam em Laodicéia estavam mornas.1
Fria
e quente era apontamento para algo positivo. Águas frias de Colossos eram
refrescantes e as quentes de Hierápolis, curativas. No contexto, parece que a
sugestão era que a igreja não produzia nenhum dos benefícios dessas águas.
O
que fazia os laodicenses não produzirem nada que fosse positivo era a crença de
suas riquezas serem suficientes para toda manutenção de suas vidas.
Apoiando-se no que possuíam ao invés do no quem (Jesus), eles haviam esquecido
das suas palavras. Isto produziu um mal-estar em Jesus ao ponto de afirmar no
início da carta que estava prestes à de vomitá-los. Cabe salientar, ter sido a
autossuficiência e não suas riquezas o cerne do problema dos laodicenses. E sem
dúvida, este é o maior perigo que corre os seguidores de Cristo.
A autossuficiência
os encastelaram – enclausuraram dentro das quatros paredes do sofisma que suas
riquezas eram suficientes. Tão fechados estavam nessa crença, que não ouviam o
bater insistente de Jesus. Voltados para
eles mesmos, passaram a enxergar apenas a condição que tinham.
Se
alimentada, a autossuficiência, por qual motivo for - talentos, recursos, números
financeiros ou de membros – a igreja de Cristo passa a viver de forma morna a
vida fervorosa que em Cristo3 foram chamados a viver.
Porém,
Jesus havia dito aos discípulos que sem Ele nada poderiam fazer2, e
uma vez enxertados nele, a videira verdadeira, eles, seus ramos, produziriam os
seus frutos – afinal, estariam alimentados por sua seiva – natureza - DNA.
Contudo,
cegos pela autossuficiência os laodicenses acreditaram que davam conta da vida sem
Jesus. Todavia, a história nos relata que a única coisa que os laodicenses
fizeram com sua autossuficiência foi acumular suas riquezas para si.
Eles
ficaram tão pobres de Jesus que perderam a maior capacidade Dele: A de servir
os seres humanos. Deixando de enxergar os outros, tornaram-se incapazes de
abençoar como Ele abençoou.
Entretanto,
ao final da carta, Jesus disse que estava a bater na porta da igreja de
Laodicéia. Seu mal-estar não o levou a desistir deles, antes, a insistir que prestassem atenção no
que estavam crendo.
Que o
mesmo aconteça com as nossas vidas, se a autossuficiência quiser dominar nosso
coração. Que Ele insista. Que você e eu, possamos ouvir o seu bater na porta.
Roseli
de Araújo
Escritora
e psicóloga clínica
Referência:
2. Evangelho
de João 15:5;
3. Romanos
12:11.
Sem dúvidas, nós precisamos meditar sobre este texto, porque a maioria dos cristãos hoje estão assim,se sentem autosuficientes!!!!!👏☺️😘
ResponderExcluirSim, que o Senhor nos livre.
ExcluirQual o seu nome? No blog não apareceu.
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