quinta-feira, março 31, 2016

O feio vencendo o belo

Frágeis são as pétalas de uma rosa que admiramos ao longe, ou quando perto podemos tocar. E, sem aspirar desconfiança, nos perguntamos para que ser tão bela se seu destino é êfemero?
Talvez, essa dor surja porque na beleza reside uma espécie de encantamento, uma sedução que os olhos não resistem, antes, se entrega na fração do tempo, o coração que se esconde.
E se seguimos embevecidos, a razão perdida fica, para a magia do que se apresenta. Contudo, o feio não se rende, brinca de pique esconde também no coração da gente.
E refém da sua falta de harmonia, o feio, que carregamos dentro da gente, derroca o encantamento da vida, como uma tempestade arrasta tudo o que encontra a sua frente. E podemos seguir vestidos com a nossa roupa mais bela, com o nosso sorriso mais pensado, mas o olhar, quem pode não o vê? Ele expressa a dor que em vão ocultamos sobre nossas palavras mais leves.
E o que antes era admirado, agora, desprezado é. E a flor que embalava os sonhos de outrora, provoca, no hoje, a amargura que cobre com o seu véu mais pesado, a alegria que nos fazia seguir contemplando a beleza que a vida nos presenteia em nossa jornada.
E vivemos a vida com a possibilidade fúnebre do feio vencer o belo.

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