segunda-feira, abril 04, 2016

Recomeçar? Não ouse.

Recomeçar? Não ouse.
Gritarão em seus corações, os próximos e os longes, ainda que o tom da fala seja suave e cordata, ‘você não deu certo’.
Se insistir, vão levá-lo ao passado, e dizer, ‘olha tudo que já fez...’, e, tirarão você do tempo presente, o hoje, e ficará tentado a desprezar a esperança manifesta na construção que se faz possível agora.




Recomeçar? Não ouse.
Perceberá que o construído dentro, não é visto, ainda que as fachadas se apresentem. É que a casa dentro não tem porta para os que estão de fora. E, ainda que queira mostrar toda reforma ou desconstrução, apenas você e Aquele que o fez, verá.


Recomeçar? Não ouse.



Precisará suportar as dores de parto das coisa novas que chegam, vencendo as palavras de morte, porque elas, abrem covas, por não acreditar que a vida é  maior.



                                                                  
Recomeçar? Não ouse.


Descobrirá que estará sozinho por algum tempo... ou que talvez... estar sozinho seja a condição para o ser que se refaz. E, tendo o seu coração como  único companheiro, não se engane, ele se mostrará com toda sua dor...


Recomeçar? Não ouse. Contudo, não diga que ninguém avisou que aquele que não recomeça vive na mais feia espelunca, perdendo a mais bela casa, para a qual, o seu Senhor o criou. 
É que o arquiteto do universo, diante daquele que se deixa construir de novo, é capaz de forjar a mais bela obra.
 

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