quarta-feira, março 04, 2020

O amor romântico - Um chamado a monogamia



O amado
Como você é linda, minha querida! ...você é toda linda, minha querida; em você não há defeito algum.
...Você fez disparar o meu coração, minha irmã, minha noiva; fez disparar o meu coração com um simples olhar, com uma simples joia dos seus colares.
...Você é um jardim fechado, minha irmã, minha noiva; você é uma nascente fechada, uma fonte selada...
A amada
Acorde, vento norte! Venha, vento sul! Soprem em meu jardim, para que a sua fragrância se espalhe ao seu redor. Que o meu amado entre em seu jardim e saboreie os seus deliciosos frutos. Cânticos 4:1-16

Quase todo o capítulo 4 são versos exaltando a beleza da noiva. As figuras de linguagem usadas são mais bem compreendidas pelos orientais daquela época.
Entretanto, quando lemos este trecho, sabemos que embora sejamos de cultura tão diferente, o amor Eros, sempre evoca esse olhar de admiração. Ele faz ver no outro o que ninguém mais vê.
No texto, Salomão descreve com detalhe o irresistível corpo de sua amada, o qual é para ele “um jardim fechado, “uma fonte selada”. Ressaltando mais uma vez a informação de que o amor Eros celebra a intimidade sexual partilhada apenas entre o casal.
Nestes tempos, em que tudo parece permitido, qual apaixonado que não sonha em ter alguém só para si? Fidelidade parece valor perdido, porém, os humanos quando tomados pelo amor Eros, a desejam ardentemente.
Embora existam tantas ideias sobre as relações conjugais, a monogamia foi, e é o modelo de Deus para os casais.
Por está razão, ainda que o escritor de Cantares não tenha sido exemplo ao se prostituir com tantas mulheres, quando apaixonado por Sulamita, reconheceu que o amor Eros não negocia sua intimidade.
Roseli de Araújo
Escritora e Psicóloga clínica

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