terça-feira, março 28, 2023

 

Sobre a mesa uma roseira amarela. Seu aspecto muxo e escuro, revela uma flor sem vigor.

Aproximo. Descubro que o caule rente ao botão está em processo moribundo a anunciar a morte na bela flor que despontou.

Do outro lado da mesma roseira um botão pendido, toco na tentativa de salvá-lo, mas o caule rente ao botão se vergou impedindo que a seiva corra.

Fiquei a contemplar duas flores interrompidas em seu curso.

Até que meu olhar se deteve sobre um botão viçoso com folhas novas e vi que lá a morte não apagou a beleza da vida que estava presente.

E percebi que assim eu sou.

Trago um corpo que adoece e se dobra ao tempo. Mas, também um Espírito a me soprar a vida, não me deixando murchar e nem perder a cor.

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