segunda-feira, outubro 22, 2018

As crônicas da academia – O imediatismo reina?



O imediatismo é aquela ideia que tantas vezes nos domina e nos leva a agir de forma precipitada sobre uma determinada situação. É o pensamento macabro de que tudo tem de ser feito rápido demais, pensamento no qual esperar é sempre perder e a alegria só está no pódio. É aquela atitude de quem não tem paciência com o processo, que suborna para não pagar a conta e acredita que os fins justificam os meios.
O imediatismo é o ladrão a nos roubar a razão. E sem o uso dela, ficamos com o pensamento mágico da criança que acredita que ao colocar a capa do super-homem e subir na janela, será suficiente para sair voando. Percebemos um adulto com o pensamento mágico no Box quando no primeiro dia de treino ele deseja acompanhar o Warm de preparação, ativação, técnica e WOD como os colegas que já estão treinando há muito tempo, ou na primeira semana de treino tenta acompanhar o WOD, fazer na sequência 100 burpee, ou, em dois ou três meses tenta pegar o mesmo peso de alguém que já está a seis anos treinando.
No Cross, como em qualquer modalidade esportiva, os movimentos precisam ser executados sob as orientações de profissionais experientes e a evolução na execução dos exercícios tem que ser gradual, portanto, a técnica deve ser priorizada, sendo necessário tempo para aperfeiçoá-la.
O imediatismo no Box é perigoso, podendo causar lesões sérias no corpo. Porém, o mais triste de se ver é a lesão emocional da infantilidade. Tal como, adultos incapazes de controlar a criança mimada que traz dentro de si.
O Rodrigo, a Márcia e o Rafael já tiveram algumas vezes que me relembrar que é melhor fazer devagar, pensando no movimento, do que cumprir todos os rounds. Eles têm razão, é pensando que nós podemos dar adeus ao imediatismo.
Por esta razão, ao chegarmos ao Box, usemos a nossa maior força: Nossa capacidade de pensar. Assim fazendo, daremos adeus ao imediatismo, afastando de nós o pensamento mágico e diminuindo a possibilidade de sofrermos lesões.
Pense nisto!
Roseli de Araújo
Psicóloga clínica

sexta-feira, outubro 19, 2018

Estou feliz com mais este sonho realizado



Esta é a divulgação do meu primeiro romance. Um sonho alimentado por 36 anos. Descubro que nada é impossível apesar da jornada nem sempre ser tranquila. 
Quero deixar minha gratidão registrada ao meu marido que está sempre ao meu lado, ele é quem de fato divulga meus trabalhos, ao Gislean, mais que um revisor dos meus textos, um amigo incentivador, ao Kemuel, que com carinho e muita competência fez esta bela capa e a Duana, está morena bonita que de coração foi para um ensaio fotográfico.
Aos meus amigos do blog muita alegria pela companhia sempre e pelos comentários, seja aqui no blog ou no whatsapp.  Conto com a ajuda de vocês na compra do livro para que eu possa concorrer ao prêmio de literatura da Kindler. 
Segue a divulgação. Se puder compartilhe.





quarta-feira, outubro 17, 2018

Sou quem eu quero ser? Estabelecendo as prioridades

Sou quem eu quero ser? Estabelecendo as prioridades
A vida é um caixa de surpresa. Por vezes somos surpreendidos por eventos que alteram todo a nossa rotina, outras vezes o volume de atividades aumenta e ficamos sobrecarregados, nestes momentos ter claro quais são as nossas prioridades nos ajuda a manter o foco.
A lista do que precisa ser feito pode ser um farol a nos apontar a direção do objetivo que tínhamos estabelecido. Sempre que perceber que sua vida está desorganizada ou desorganizando-se, refaça sua lista. Ela lhe dará norte para ter uma agenda. Sem uma agenda definida seremos um barco a deriva neste bravio mar que é a vida.
Se com uma agenda definida corremos o risco de nos perder e distrair do nosso foco, sem ela é certo que viveremos uma vida sem realizar o que desejamos e pior do que isto, frustrados, tantas vezes deprimidos e com baixa estima.
A falta de agenda e a procrastinação pode gerar em nós o sentimento de que não podemos confiar em nós mesmos. De que ser organizado é para o outro e o sucesso é para os mais dotados.
Nunca me esquecerei da fala de uma professora que nos dava aula de testes psicológicos quando percebeu que muitos alunos ficaram frustrados com o resultado do teste de inteligência, que indicava que eles tinham um QI - Quociente de inteligência – médio. Frente ao questionamento de muitos, disse: “Vocês não imaginam onde pode chegar uma pessoa com quociente de inteligência médio, devido a dificuldade em algumas áreas, eles têm que focar e quando conseguem são os que mais se sobressaem”
Neste dia, aprendi que o problema não esta no quociente de inteligência, pois seja ele qual for, o que nos fará alcançar nossos objetivos, é o uso disciplinado da inteligência que temos. Se está com uma vida sem nenhuma agenda, pode ter certeza que você tem desprezado a capacidade que bondosamente recebeu de Deus.
Por esta razão, deixe de desculpas e faça sua lista.
O próximo passo é estabelecer seus objetivos imediatos - aquilo que pretende fazer logo, seus objetivos de médio prazo- que pode ser realizado em uma semana ou meses, e seus objetivos a longo prazo – algo que pode levar anos.  
Olhando a lista que fez e definidos os seus objetivos imediatos, médio e a longo prazo, é preciso escolher cinco dentre seus objetivos imediatos para executar primeiro. Escolha também dois objetivos a médio e longo prazo.
Você terá até a próxima semana para pensar seus objetivos e fazer sua lista. Eu seguirei na quarta com as dicas.
Aguardo você.
Roseli de Araújo

sábado, outubro 13, 2018

As crônicas da academia – A perfeição não te incomoda?



Direita, esquerda, esquerda, direita. Os coaches dão as ordens e descubro que essa tal de lateralidade nem sempre é coisa fácil.
Quando eu ou um colega com déficit de atenção gira em sentido contrário a ordem do Coach, a risada rola solta, porém, desconfio que o Rafael, a Márcia e o Rodrigo, se divertem mais ainda com estes exercícios ao ver adultos tão descoordenados rsrs...
Percebo que a ansiedade de não errar visita-me, pois não passarei despercebida dos Coaches e dos colegas. O interessante é que quanto mais preocupada fico, mais erro. Ninguém merece kkk...
Não sei onde aprendemos que temos que acertar o tempo, todavia, essa é uma expectativa comum, o que nos torna tantas vezes reféns de um perfeccionismo que rouba energia e alegria diante da vida.
Diversas pessoas desistem do cross porque não conseguem executar algum exercício ou acompanhar o ritmo do treino. Alguns ficam tão frustrados consigo mesmo, que na primeira aula desistem. Outros, na medida em que vão conhecendo os exercícios que tem dificuldade de executar, não se permitem continuar, acreditam ser inadmissível conviver com suas próprias dificuldades.
Contudo, haverá exercícios que teremos vontade de sair correndo do Box, outros que exigirá muito treino e tempo para fazermos certo, mas e daí?
Por que temos que exigir perfeição se não somos perfeitos por natureza? Olhe com atenção o seu corpo e descobrirá uma perna maior que a outra, um olho, um lado da cabeça com menos cabelo. Um corpo simétrico é algo incomum e do ponto de vista psicológico, é consenso que ninguém é “normal” o tempo todo, pois de “médico e louco todo mundo tem um pouco, diz um velho ditado.
Assim, tanto na vida quanto no crossfit, temos que aprender a lidar com a realidade de que perfeição não faz parte do mundo dos humanos, sendo necessário trilhamos o caminho da humildade para identificarmos e aceitarmos as nossas deficiências. Vamos errar e daí? O que importa é seguir em frente.
Pense nisto.
Roseli de Araújo
Psicóloga clínica



quarta-feira, outubro 10, 2018

Sou quem eu quero ser? – Vencendo a autossabotagem



Sendo a procrastinação um dos sustentadores do comportamento sabotador, só nos tornamos quem desejamos se decidirmos vencê-la.
Rita Emmett nos diz que “protelar causa estresse, doenças e baixa-estima”. Isto ocorre porque na medida em que você não faz o que precisa ser feito para hoje, se torna uma pessoa sem realização, além é claro de viver uma vida sem organização.
Para vencer este mal de procrastinar precisamos compreender que ela foi um hábito que adquirimos ao longo do caminho, e como tal pode ser mudado. Também é necessário perder o medo de fracassar.
Importante considerar que o medo é mesmo um vilão o qual devemos ficar de olho, afinal, tem potencial para roubar nossos sonhos. Nem sempre é possível detectá-lo ou assumir que ele está presente, entretanto, desconfie sempre daquela ideia do “eu não dou conta”. Diante de algo que precisa e queira fazer pergunte-se: Como não dou conta de algo se não tentei muitas vezes?
Ninguém nasce sabendo, vamos aprendendo ao longo do caminho, mas infelizmente, em alguma curva sinuosa, vamos deixando esta verdade para trás, e nos esquecemos que os vencedores não são pessoas que não erraram, são pessoas que não desistiram de fazer o que se propôs. Thomas Edson disse que aprendeu 100 maneiras erradas de construir uma lâmpada, realizando seu intento depois de todas estas tentativas. E entra para a história da humanidade contribuindo com o dia a dia de milhares de pessoas no mundo. Porém, seu sucesso ocorreu porque viu no erro um caminho e não um fracasso.
Deixando a crença de que é procrastinação faz parte da sua personalidade e o medo de fracassar, pegue uma caneta, uma folha de papel e prepare uma lista de coisas que pretende fazer, entretanto, tem adiado. Se tiver dificuldade, ande pela sua casa, seu ambiente de trabalho, veja os armários sem pressa.
Esta lista deve conter tudo que dever ser “verificado, devolvido, consertado, substituído, jogado fora, terminado, lavado, esvaziado, removido, limpo, organizado, retirado, modificado, pintado e comprado”2. Acrescente nesta lista o que um dia deixou de lado, mas que sempre quis fazer, como por exemplo: Uma viagem, um curso.
Coloque sua lista em algum lugar onde será sempre visualizada, lendo pelo menos uma vez por dia.
Para você ser quem deseja ser é preciso estabelecer suas prioridades a partir desta lista. 
Como fazer isto?
 Semana que vem conversamos.
Roseli de Araújo
Psicóloga clínica

sexta-feira, outubro 05, 2018

As crônicas da academia - Você já ficou desanimado em ir para o Box?



Estas duas semanas foram difíceis para mim. O joelho direito começou a doer e fui impedida de fazer diversos exercícios. A sensação é que um balde de água fria foi derramado sobre meu entusiasmo em evoluir nos exercícios. Travei uma luta interna para cumprir os 3 dias que me propus treinar por semana.
Sempre nos lembrando coisas importantes, a Márcia me disse que “para evoluir as vezes é preciso regredir”. Coisa difícil de compreender. Porém, me fez pensar em muitos momentos na vida em que as dificuldades nascem para me levar para uma circunstância melhor. Deixe-me explicar:
Lembro-me de uma paciente que estava extremamente cansada, todavia, por questões de trabalho não podia dar a pausa necessária. Eu insistia que estava em seu limite e necessitava do descanso físico, entretanto, embora concordasse comigo, não conseguia parar.
Mas, a vida, pioneira em dar surpresas, preparou um imprevisto. Indo para o trabalho sofreu um pequeno acidente o qual a deixou impossibilitada de trabalhar por um mês completo. Ficou chateada, protestou por perder importantes contratos, contudo, teve que cumprir o atestado por causa das suas condições físicas.
Dois meses depois, me assustei com seu avanço na psicoterapia, que até então estava lento. Descansada foi capaz de avaliar melhor o seu momento e tomar as decisões que necessitava.
Ela teve que perder para poder descansar, porém, o que ganhou depois não pode ser mensurado.
No Box esta lição nem sempre é clara e fiquei a me perguntar o que um joelho doendo poderia me fazer evoluir, porém, ao refletir na frase da Márcia, pude perceber que não me deixei vencer pelo desânimo e indo sem uma gota de vontade, fortaleci em mim a disciplina de ir ao Box.
Confesso que termino esta semana feliz. Afinal, ser assíduo é bem maior que fazer este ou aquele exercício, pois sem esta disciplina não evoluímos em exercício algum.
Pense nisto.

Roseli de Araújo
Psicóloga clínica

quarta-feira, outubro 03, 2018

Sou quem eu quero ser? Como podemos vencer a autossabotagem?



Para vencer a autossabotagem vamos precisar de mirar o espelho da nossa alma. Contudo, a grande dificuldade é o fato de que nem sempre nos damos conta da imagem refletida. O porquê de estarmos fazendo isto ou aquilo, nem sempre é claro para nós.
Também é comum o não reconhecimento da força da autossabotagem que nos leva a fazer o que não queremos. Quando isto ocorre, a tendência é acharmos que não precisamos de ajuda e que o problema é sempre do lado de fora.
Algumas vezes, somos tomados pela consciência de que uma força maior opera dentro de nós, nos levando a fazer o que a um minuto atrás afirmamos que não faríamos, e frustrados, tantas vezes dizemos “ eu quero, mas não dou conta”.
Esta força, chamada de autossabotagem, pode ser fruto de dores profundas que vivenciamos e das quais hoje não temos lembranças. Mas, as dores estão guardadas em nós e comparecem tantas vezes na repetição de um comportamento, no atender de um impulso que despreza as conseqüências, ainda que este destrua a nossa vida ou a de outra pessoa.
Em muitos casos, pode-se fazer necessário um trabalho psicoterapêutico. E o trabalho do psicólogo é conduzir-nos as nossas realidades internas, nos fazendo entrar em contato com estas memórias que nos feriram, nos ajudando a elaborar e dar novos significados as nossas dores.
Para quem está no grupo do “eu quero, mas não dou conta”, a boa notícia é que você já deu um passo importante ao ter esta consciência de si mesmo. O passo seguinte é não procrastinar, porque a procrastinação é mantenedora da autossabotagem.
Sabemos que procrastinar é adiar o que precisamos e queremos fazer. É este terrível hábito de deixar para amanhã. Quando criança, lembro-me de uma mercearia perto de casa que tinha uma cartolina na parede escrita “fiado só amanhã”, eu achava divertida aquela frase, porém, este é o lema do sabotador, “ fazer só amanhã” e como o amanhã nunca chega, os dias passam, os meses, os anos, e nada do que precisamos ou queremos vai sendo construído.
Quem vive assim está habitando o futuro, e como o futuro ainda não chegou, a pessoa não faz nada hoje.
Todavia, podemos tirar a manutenção da autossabotagem ao estabelecermos a nossa agenda. O que em nossa cultura não é tarefa fácil. Agenda neste contexto é a capacidade de organizar a vida, de estabelecer prioridades, de fazer o que precisa ser feito para chegar onde quer.
Se deseja fazer esta viagem rumo a vida que deseja construir, a partir de hoje, estarei postando dicas práticas para ajudá-lo a vencer a procrastinação.Hoje, é preciso que você se avalie se é ou não um procrastinador. Para isto responda as seguintes perguntas:
1-      As vezes se sente angustiado ou culpado porque não consegue fazer tudo o que quer e precisa?
2-      Tem hábito de adiar as coisas, deixando os que estão perto de você irritados?
3-      Você paga contas atrasadas mesmo tendo dinheiro no dia que vence a fatura?
4-      Você adia a ida ao médico, academia, mesmo sabendo que precisa?
5-      Em seu ambiente de trabalho e em sua casa, a desorganização o atrasa? Como está sua mesa de trabalho, seu guarda roupa, seus armários?
6-       Costuma se ocupar de coisas as quais não são necessárias e que podem ser adiadas por não agregarem valor a sua vida?
  Se respondeu sim a qualquer uma desta perguntas, acompanhe o blog e aprenda a vencer a procrastinação. Ela é um hábito que uma vez vencido nos faz sabotar a autossabotagem.
Entretanto, se identificou que precisa de ajuda profissional não deixe de procurar ainda hoje.
Espero você.
Roseli de Araújo
Psicóloga clínica
Referência:
Livro: Não deixe para depois o que você pode fazer agora
Autora: Rita Emmett

sexta-feira, setembro 28, 2018

As crônicas da academia - A Márcia é fácil de amar


            Quando o Hugo saiu da academia fiquei um tanto acabrunhada.
No seu tempo na Skill as turmas pelas manhãs eram bem pequenas, e muitas vezes, no horário das 9 da manhã, ele foi meu personal e nossa convivência era boa. Divertido e amante da música sertaneja, me fazia treinar sobre o som de Bruno e Marrone kkk... (disto eu não sinto saudade kkk).
            Então, com sua saída a Márcia passou a ser a Coache neste horário. Eu a conhecia apenas de vê-la no Box, e já tinha dela uma boa impressão. Rapidamente sua presença amenizou o vazio deixado pela saída do Hugo.
            Neste pouco tempo convivendo com ela, me impressiono com seu olhar detalhista e o seu abraço tão espontâneo e afetuoso que nos faz sentir sempre bem-vindos ao Box.
Sua paixão pelo cross é fácil de se ver. Amante dos treinos até diz que é melhor que terapia, o que é difícil para uma psicóloga concordar rsrsrs... Entretanto, ela me contaminou com seu amor.
            Quando temos tempo após um WOD, ganhamos tempo conversando e vamos descobrindo que temos um olhar tão parecido.... As vezes desconfio que nasceu para ser psicóloga, pois tão apurado é o seu olhar para o humano.
Dona de uma personalidade que sabe o que quer, se impõe sem nenhuma palavra. Porém, o que eu gosto mesmo nela é seu jeito simples e profundo, revelado tantas vezes nas frases que diariamente procura para colocar no mural da Skill Box.
Sou sua fã. Não apenas por causa da sua execução tão correta dos exercícios, ou por seu belo corpo (principalmente suas torneadas pernas), ou por sua disciplina alimentar que é admirável, mas por ser quem é.
            Martin Burber1 diz que toda verdadeira vida é encontro. Para ele o sentido da vida estava na relação entre as pessoas. E de todo coração eu creio nisto.
Por esta razão escrevo, para dizer o quanto foi bom encontrá-la na Skill Box.
No seu aniversário, 21 de setembro, não tive tempo de lhe fazer uma homenagem, contudo, eu não poderia deixar de expressar por meio das crônicas da academia quem a Márcia se tornou para mim.
E a você Márcia eu dedico este acróstico:

Maravilha é conhecer-te.
Alegro-me ao te encontrar.
Rio a me refrescar em qualquer tempo é a tua amizade.
Conquista fácil com o teu abraço.
Importante torna-te sem nenhum esforço.
Admiro-te, pois sei que és de verdade.

Te amo Márcia e de você já tenho um pouco em mim.
Seja feliz sempre.
Feliz Aniversário, atrasado, mais em tempo.
Roseli de Araújo
Psicóloga clínica
            Referência:
1.      Martin Buber (1878-1965) foi um respeitado jornalista e teólogo.  Publicou um livro de menos de 100 páginas que é considerado um dos mais densos e belos da área: Eu e Tu, de 1923.

quarta-feira, setembro 26, 2018

Sou quem eu quero ser? Vencendo a autossabotagem para ser quem eu quero ser



 Quando queremos ir a algum lugar e abrimos o aplicativo da Uber no celular, temos que escolher o destino e depois confirmar nosso lugar de partida. E assim, do ponto de vista psicológico, também precisamos definir nosso destino, ma saber com clareza onde é que nós estamos.
 Parece óbvio? Não se engane. O óbvio nem sempre é simples, pois trazemos dentro de nós a possibilidade da autossabotagem.
Deixe-me explicar.
Sabe aquele curso que você quer fazer e adia o tempo todo? Aquele copo de cerveja que acredita que irá parar quando quiser, porém, termina sempre embriagado? Diz que vai desligar a TV e assistir menos a Netflix, mas vai deixando para amanhã a leitura/ estudo que tanto fala fazer falta? E as várias histórias que acumula de namorados (as) ou cônjuges com atitudes destrutivas? Quem sabe um dia você prometeu que jamais faria o que seu pai e mãe fez, mas na idade adulta começa fazer exatamente como eles? A lista de comportamentos sabotadores é grande. Portanto, se respondeu sim para qualquer uma destas perguntas, saiba, você esta vivendo o ciclo da autossabotagem.
A autossabotagem é um movimento psicológico, onde a pessoa de forma inconsciente frustra os seus planos com comportamentos repetitivos que impedem que ela alcance o que deseja.
Sabe-se que a autossabotagem pode se manifestar em um nível mais profundo ou mais superficial e nem sempre se revela em comportamentos claramente destruidores.
Para Stanley Rosner, psicanalista que escreveu o livro “o
Ciclo da Sabotagem”, todos nós repetimos comportamentos, porém, o problema é quando repetimos comportamentos que são capazes de destruir nossas vidas, roubar sonhos, trazendo sofrimento.
É algo terrível. Afinal, roubamos de nós o que queremos.
Quando estudei sobre o assunto, me perguntei: Como eu e você podemos vencer este estrupício que carregamos?
Os profissionais da psicologia afirmam que a autossabotagem é vencida quando a pessoa toma consciência que suas escolhas produzem o que elas não desejam para suas vidas. No entanto, este pode ser um processo longo e penoso.
Contudo, existem sinais que apontam se estamos vivendo-a e precisamos identificá-los.
O primeiro sinal a considerar é a dificuldade em assumir a responsabilidade pela própria vida. Normalmente, quem se sabota costuma culpar os outros pelos seus erros ou pelos planos não darem certo; o segundo é a tendência em permanecer sem objetivo e sem foco, enquanto reclama constantemente sem buscar soluções para os seus problemas; o terceiro é a mania de procrastinar – deixar sempre para amanhã atividades importantes que pode fazer hoje - mantendo o hábito de trocá-las por atividades desnecessárias ou fúteis; o quarto é a criação de justificativas sem fundamentos para os seus próprios erros e o quinto, e último, é viver como um barco a deriva, sem nenhum planejamento para as atividades as quais necessitam de organização prévia.
Queridos leitores acreditem: Todos nós estamos suscetíveis a autossabotagem!
Por isto, prestem atenção onde estão, para que busquem meios de chegar onde desejam. E não existem“aplicativos” psicológico que podem nos levar onde queremos com apenas alguns cliques. É preciso muita vontade e tempo para vencer a autossabotagem.
           Semana que vem falarei de como podemos vencê-la.
            Aguardo você.
                  Roseli de Araújo
                  Psicóloga clínica


sexta-feira, setembro 21, 2018

As cronicas da academia – A “nóia” da dieta



            No CT Skill Box sempre converso com a coache Márcia sobre minha vontade de emagrecer e a importância de mudar o olhar sobre a comida. Ela me influenciou muito na busca de uma alimentação saudável. E, embora esteja longe de ter a sua disciplina, concordamos que a melhor dieta é a reeducação alimentar.
Entretanto, são poucos os lugares em que encontro pessoas que não estão malucas por dietas. E, por onde vou escuto falar das mais miraculosas. Delas, nem ouso escrever seus nomes, para não correr o risco de dar algum incentivo a quem desesperadamente quer emagrecer.  Afinal, todo mundo sabe que na busca da perfeição do corpo faz-se loucuras.
Durante minha vida sempre lutei com o peso. E penso que o corpo leve e bem trabalhado pelos exercícios deve ser bom, contudo, a questão que me inquieta não é a busca por ter um corpo bonito, mas a falta de alegria por ter o corpo que se tem.
Conheço mulheres belas, algumas delas convivo na academia. Mas, são poucas as mulheres que encontro na minha rotina, felizes com sua imagem no espelho.  É como se beleza nenhuma pudesse faltar neste mundo onde o completo não existe.
O interessante é que todas sabem que as belas modelos necessitam do fotoshop para irem para as capas de revistas, e mesmo assim o fardo de ser como elas, não é questionado.
Depois que a indústria da beleza disse que há um modelo, um padrão, e que para ser feliz precisamos conquistar o corpo perfeito, nasceu à insatisfação.  
E se estar dentro do padrão estabelecido é o que nos fará felizes, o que vamos fazer com a história do Elvis Presley e Marilyn Monroe? Ícones de beleza, ambos terminaram suas vidas de forma trágica.
Não te inquietas que a beleza deles não o salvaram? Além de belos, eram ricos e famosos, mas descontentes com suas próprias vidas.
Diante da trágica história de Elvis e Marilyn, ainda resta uma pergunta: O que é mesmo que eu e você precisamos para ser feliz?
Quando minha mãe amputou parte de sua perna esquerda em 2008, sofri em imaginar qual seria sua reação em perder algo tão importante para sua imagem corporal. Contudo, diferente de mim, minha mãe estava preocupada em ficar sem dor, em manter sua vida. Ela lutava por algo maior e nunca vi minha mãe chateada com sua imagem ou acanhada em sair de casa.  
No dia em que saiu do hospital após a sua amputação, eu estava receosa de como iria enfrentar os olhares por onde passaria, entretanto, ao entrar no quarto, ela me pediu um batom e saiu cumprimentando e dando tchau as pessoas pelos corredores.
Confesso, senti vergonha por estar preocupada com algo tão pequeno. Afinal, ela estava viva e sem a dor que a perturbou por cinco longos anos.
Ela me ensinou que nada é mais belo que a vida que recebemos pra viver. E que não podemos ficar bitolados a uma causa tão pequena, enquanto a vida clama pelo seu próprio reconhecimento.
O que temo é que na busca insana do padrão imposto, vivamos a tragédia de estarmos o tempo todo insatisfeitos, e nos tomamos suscetíveis aos transtornos alimentares e de ansiedade.
Por está razão, vá a academia, faça reeducação alimentar e busque viver com alegria a vida que bondosamente recebeu.

Roseli de Araújo
Psicóloga clínica.



quarta-feira, setembro 19, 2018

Sou quem eu quero ser? Você tem coragem de olhar no espelho?



Ser quem eu quero ser não é tarefa fácil.
Acredito que para isto é necessário identificar em qual fase do desenvolvimento humano estamos para conhecermos quais são as possibilidades e desafios da nossa fase.
Entretanto, o maior desafio que temos ao conhecer o desenvolvimento humano é a auto avaliação.
            Avaliar-se exige coragem.
Para isto é preciso fazer algumas perguntas certas, para chegarmos onde queremos. Dentre elas, é crucial responder a si mesmo: Sou até aqui quem eu quero ser? Desenvolvi minhas oportunidades, venci os desafios de cada fase?
Sabemos que a vida adulta é tempo de transformações e construções. Portanto, devemos responder as seguintes perguntas: Abandonei o pensamento mágico de criança e adolescente? Fui me tornando livre e ao mesmo tempo responsável pela minha vida? Adquiri flexibilidade para lidar com a realidade?
Do adulto se espera a construção da sua própria vida. Ele tem que fazer suas escolhas e arcar com elas.
Para quem está na meia idade é tempo de colheita e balanço da vida vivida, entretanto é necessário ter as respostas das seguintes perguntas: Estou a lamentar o que não fiz? Sinto-me velho demais para alcançar quem eu quero ser. Espera-se colher frutos do que foi plantado e capacidade de se reinventar no que é possível.
Para a terceira idade, tempo de viver o resultado de tudo que foi colhido. Faz-se essencial perguntar: Como cheguei até aqui? Estou concordando que não sou mais capaz de tomar minhas decisões? Estou vivendo sem autonomia? Não existe mais nada a fazer?
Da terceira idade se espera lidar com a morte não como inimiga, aceitar as mudanças físicas, ser autônomo no que é possível. Pessoalmente creio que também é tempo de se reinventar.   
Em todas as fases o que temos em comum é o tempo presente. E a todos nós cabe a resposta do que vamos fazer com a vida que nos foi imposta.
Bronnie Ware enfermeira australiana, ao lidar com pacientes terminais em suas últimas semanas de vida, listou cinco arrependimentos mais comuns entre os que estão no leito de morte.
 O primeiro pesar deles foi não terem tido a coragem de viver uma vida fiel a eles mesmos; Segundo, lamentaram o tempo excessivo gasto com o trabalho, ficando pouco com suas famílias; Terceiro arrependimento foi o medo de não terem agradado pais, irmãos, amigos, cônjuges, deixando assim de expressar seus sentimentos com o objetivo de manter a paz em suas relações e ao fazer isto deixaram de alcançar muito do que eles eram capazes; Quarto, não cultivaram os bons amigos por não conseguirem administrar o tempo em suas vidas; Quinto, viveram a angústia de não terem percebido que a felicidade é uma escolha, portanto, presos em velhos padrões e hábitos não se deixaram ser mais felizes.
Estes arrependimentos nos apontam caminhos. Afinal, o humano não é marinheiro solitário neste barco lançado ao mar que é a vida, como tantas vezes nos imaginamos.
Sofremos as mesmas coisas e podemos aprender com estes pacientes terminais. Eles se arrependeram de não viver o que desejaram, de não cultivar os relacionamentos que lhe eram caros, de tentar agradar os outros o tempo todo, de não assumirem a responsabilidade pela construção da sua felicidade, e por ter-se importado demais com as opiniões das pessoas a seu respeito.
Penso que respeitar pais, filhos, esposos (as), amigos, enfim as pessoas que cruzamos ao longo da vida é fundamental. Existe uma ética que precisa ser respeitada na relação com outro, porém, quando nunca nos damos o direito de expressar nossas vontades e de vivê-las, adoecemos porque deixamos de exercer algo que é  inerente a natureza humana: A capacidade de escolher.
Escolher é complexo. É preciso assumir a liberdade e a responsabilidade pelas escolhas.  E não conseguem lidar com a angústia de não saber onde suas escolhas o levarão.
Contudo, para ser quem eu quero ser é preciso coragem para assumir a liberdade de escolher.
Por isto, tenha coragem de se avaliar. A dor que se sente não é maior do que a liberdade que se conquista.
Talvez, ao encontrar as respostas para suas perguntas, descubra que é tempo de ser o que é e o que deseja, ainda que tenha só mais alguns minutos.
Creio que o humano pode se tornar quem ele quer ser em qualquer fase da sua vida. E você?
Estarei de agora em diante trazendo reflexões e sugestões que poderão ajudá-lo a tomar nas mãos a sua própria vida.
Semana que vem aguardo você.
Roseli de Araújo
Psicóloga clínica

sexta-feira, setembro 14, 2018

As crônicas da academia – Os "burpees" e as dificuldades da vida




A minha grande dificuldade para executar alguns exercícios no crossfit são os meus joelhos. Ora um melhora, ora o outro emburra.
Já fui ao ortopedista, fiz fisioterapia, sigo as orientações dos coaches. Faço os exercícios com as bands para fortalecer as pernas, não executo aqueles que produzem maior impacto, uso gelo e com muita tristeza e resistência guardei os saltos. A única coisa que ainda fujo é da dolorida liberação (a Márcia que o diga rsrsrs).
Os vilões dos meus joelhos são a minha amada psicologia e o tempo que passo escrevendo, e não o crossfit como alguns pensam. Entretanto, se não fosse à perseverança de ir ao CT Skill Box eu já estaria entrevada, com certeza.
Lembro que para conquistar a graduação tive que aguentar o cansaço, dificuldades financeiras, barulhos durante as aulas, trabalhos em grupos que poucos queriam fazer, professores ruins, outros mais ou menos, alguns exigentes demais e dias e dias sentada em cadeiras duras e salas quentes. Porém, quando peguei o canudo na mão, de um curso que sonhei a vida inteira, pensei que ia explodir de tanta alegria e gritei: Valeu a pena.
E não tem jeito, as dificuldades fazem parte da vida. Elas são muitas vezes como o “burpee”, exercício complexo e nada fácil.
O “burpee” começa com agachamento, com as mãos apoiadas no chão, em seguida as pernas são jogadas para trás e volta a posição de agachamento, finalizando com um salto com os braços levantados para cima. E ficamos suados e cansados rapidamente ao fazê-lo. Porém, o “burpee” trabalha muitas partes do corpo, define os músculos, ajuda desenvolver força e resistência, aumenta a freqüência cardíaca, auxilia no equilíbrio e coordenação e dizem que pode queimar até 300 calorias em 30 minutos.
As dificuldades da vida trabalham os músculos da alma, nos colocando em movimento, em busca de novos caminhos, nos mantendo de pé no barco diante do mar bravio, nos ensinando a calcular e pagar o preço de adiar os desejos, nos fazendo aguentar o gosto amargo do remédio até que a cura chegue, nos fortalecendo a vontade de levantar da cama quente na manhã de inverno, e nos levando a zombar da preguiça e cruzar o portão rumo a academia.
Tantas vezes as dificuldades são presentes da vida que não gostamos, entretanto, ao não nos dobrarmos a elas, produzem em nós à ilustre perseverança. 
Os meus joelhos, por vezes me desanima e irrita, contudo, já percebi que perseverança é qualidade a tecer os vencedores.
Quem dela não se apartar no crossfit evolui cada vez mais nos complexos exercícios.
Na vida, a perseverança faz os guerreiros estrangular o eu não quero, eu não gosto, eu não vou fazer isto, calando as murmurações, espantando os desânimos e os desafetos. Ela torna o sonhador realista, sem deixá-lo perder a alegria de perseguir o seu foco.
Na perseverança conquista-se os sonhos.

Por está razão,  vamos perseverar!

quarta-feira, setembro 12, 2018

Sou quem eu quero ser? A vida adulta tardia - A terceira idade não é o fim do túnel



A vida adulta tardia conforme com Papalia1, inicia-se a partir dos 65 anos, conhecida como a terceira idade.
Nesta fase, o corpo irá sofrer mudanças significativas. A altura dos homens diminuirá em torno de 2,50 cm, e as mulheres até 5 cm(eu terei que usar salto mais alto rsrs). Vamos dormir menos e sonhar menos. A capacidade do corpo de exercitar frente a um esforço irá ficar menor, exigindo mais tempo de pausa entre as atividades. A maioria das pessoas poderão fazer o que os jovens fazem, porém mais devagar.
Sexualmente, os homens irão precisar de mais tempo para uma ereção e ejaculação, e precisarão de maiores intervalos. As mulheres terão sinais menos intensos de excitação sexual, e a vagina pode tornar-se menos flexível, necessitando de lubrificação artificial. Papalia1 nos diz que o fator que mais influenciará a atividade sexual na terceira idade é a prática da relação sexual ao longo da vida, e também se for reconhecida como normal e saudável pelos familiares e o casal. Muitas vezes a  sexualidade é vista como um atributo da juventude, porém, é uma necessidade humana em qualquer fase do desenvolvimento humano.
Pesquisadores dizem que depois dos 30 anos o cérebro começa a perder peso, e aos 90 anos pode diminuir seu tamanho em até 10%, podendo afetar a coordenação motora e a capacidade de aprender. Contudo, o declínio cognitivo é lento e não compromete todas as capacidades, portanto, muitas pessoas poderão ter áreas aperfeiçoadas. Também, a capacidade de aprender não é perdida. Os órgãos do sentido, assim como todos os outros poderão sofrer desgaste, contudo, hoje, com o avanço da medicina e de outras tecnologias, muito destes desgastes podem ser minimizados.
John Lenon dizia:“A vida é o que nos acontece enquanto fazemos nossos planos”, de fato, pois se passamos pela vida sem elaborar as dores emocionais (lutos, divórcios, doenças, etc.), enquanto submetidos a condições precárias, com uma genética que nos predispôs a doenças, as quais muitas delas vivenciamos, estes fatores poderão interagir e tornar complicada as alterações fisiológicas que ocorrerão na terceira idade.
Entretanto, o maior desafio da terceira idade é o preconceito. Inseridos em uma sociedade que idolatra a juventude, o idosos é muitas vezes tratado como se fossem frágil demais, doente, rabugentos, sem nenhuma beleza, inúteis e ainda incapazes de lidar com suas vidas.
Tal concepção permeia nossa sociedade, fazendo com que as pessoas nesta faixa etária, deixem de receber atenção como qualquer outra. Por exemplo, se houver a crença de que a depressão é normal nesta fase da vida, é possível que o idoso deixe de receber o tratamento. O que é um absurdo. A depressão é uma doença... e qualquer pessoa com seus sintomas necessita combatê-los. Nem mesmo a tristeza pode ser considerada comum, se ela está presente, então necessário se faz buscar caminhos de alegrias.
 Também existe aqueles que os infantilizam. Filhos superprotetores podem passar a tratá-los como se não fossem capazes de tomar nenhuma decisão ou cuidar de si mesmo. Esse tipo de atitude pode levar o idoso assumir esta identidade de criança, roubando dele a tão importante autonomia.Tal atitude, pode trazer muito prejuízo emocional e físico, além de maiores desgastes para a família.
O equilíbrio entre, trabalho, lazer e estudo em todas as idades pode contribuir para o bem-estar emocional na velhice. Por isso, quem ainda não chegou lá, se cuide. Quem já chegou, reavalie sua vida, não se permita viver sem as possibilidades que lhe estão ainda disponíveis.
Todos estão na fila para morrer, nela fomos inseridos quando entramos na vida, e não sabemos a nossa senha. Crianças, jovens e adultos, qualquer um pode ir primeiro, entretanto, todos temos uma coisa em comum, o hoje.
É preciso abandonar o mito que a terceira idade é o fim do túnel, é estrada sem saída, é abismo sem ponte. A terceira idade é como qualquer outra fase da vida, e guarda suas dificuldades e possibilidades. A beleza do humano consiste no poder de se reinventar em qualquer fase da vida.
Então, lembre-se sempre: A vida exige movimento.
Quem pratica exercícios, se alimenta de forma saudável, cuida do sono, se mantém estudando, trabalhando, fazendo o que gosta e ao lado de pessoas que lhe fazem bem, tem a possibilidade de chegar na terceira idade e passar por ela com saúde e alegria.
John Lenon tinha razão ao dizer que viveremos coisas que não estão em nossos planos, porém, a vida é também a soma das escolhas e do que decidimos fazer com o que nos aconteceu.
Portanto, coragem! Você recebeu o dom da vida, faça dela uma canção  agradável de cantar e escutar.
Que o Criador da vida nos ajude.
Roseli de Araújo
Psicóloga clínica

Referência: 
1. Papalia, Diane E.