quarta-feira, novembro 13, 2019

o amor romântico - Seus propósitos, seu perigo.

http://jaquelinecenci.com.br/familia/casais/como-escolher-seu-parceiro-a-ideal

Sim, as suas carícias são mais agradáveis
    que o vinho. Cantares 1:2b
Nascemos com a necessidade do colo, do aconchego, do abraço, do cafuné, do sorriso dos pais e das suas palavras de incentivo.
Crescemos. Portanto, por toda a vida vamos carecer de relações afetivas que supram essas necessidades.
Quando chegamos na adolescência descobrimos que o corpo é uma fonte de prazer que guarda lugares que produzem sensações mágicas. É o despertar do amor Eros.
Este amor floresce com dois grandes propósitos.
 O primeiro: Cumprir o instinto da perpetuação da espécie.
 O segundo: Satisfazer a necessidade do toque – dos afetos.
Este é um momento perigoso. Pois o corpo está pronto, entretanto, ainda falta muito para que o amor Eros seja vivido de forma a preencher estas duas necessidades sem produzir estragos. A verdade é que os seres humanos levam tempo para amadurecer e viver com equilíbrio o amor Eros.
E o perigo está na química explicada pela ciência, que compara o apaixonado ao doente mental – A paixão altera a percepção da realidade, podendo produzir um olhar distorcido sobre o que de fato se busca para preencher esses propósitos.
O que nos leva a considerar o quanto é importante ter cuidado na hora da escolha do companheiro para se viver o amor Eros.
Sulamita aponta um caminho ao compartilhar que encontrou um amado cujas carícias eram mais agradáveis do que o vinho.  Seu amado lhe trazia alegria. Ele veio para somar em sua vida. Ele era no mínimo muito educado, pois qual amor que não guarda em sua prática a educação?
Por esta razão, um recado às mulheres: Não aceitem menos. Lembrem-se das palavras do padre Fábio de Melo ao dizer que a mulher não deve aceitar apanhar se compreendeu o quanto foi amada por Jesus na cruz do calvário.
Na busca pelo amor Eros é preciso buscar quem vai respeitar a necessidade humana das “carícias agradáveis”. É preciso tempo para encontrar aquele ou aquela à qual vamos pedir que ‘nos leve para sua recâmara’, pois, a intimidade do quarto, só é vivida com alegria se o trato diário for cheio de ternura.
Roseli de Araújo
Escritora e psicóloga clínica

quinta-feira, novembro 07, 2019

O amor romântico - A sede do encontro


Ah, se ele me beijasse,
    se a sua boca me cobrisse de beijos...
Foto - Parati
Sim, as suas carícias são mais agradáveis
    que o vinho.
A fragrância dos seus perfumes é suave;
    o seu nome é como perfume derramado.
Não é à toa que as jovens o amam!
Leve-me com você! Vamos depressa!
Leve-me o rei para os seus aposentos! (Cantares 1:1-4)
Cantares é um poema de amor escrito por Salomão. No original, a ênfase do nome no plural, aponta para o mais excelente dos hinos.
É um livro de difícil interpretação, mas aqui eu adoto a natural ou literal, onde o hino é considerado um poema que exalta o amor humano.
É importante considerar que tudo na bíblia aponta para a pessoa de Jesus Cristo, por isso, creio que ao nos apresentar o ideal de um relacionamento amoroso entre o homem e uma mulher ele nos indica também o relacionamento entre Cristo e a sua igreja.
 Cantares nos conta a história de amor entre Salomão e Sulamita e começa com a amada declarando o seu desejo de ser beijada pelo noivo.
O beijo em nossa cultura é compartilhado com pessoas as quais na maioria das vezes não se tem nenhuma intenção de compromisso. Porém, o beijo na bíblia é sempre uma expressão de afeto entre familiares, amigos e casal. Apontando para a expressão de amizade, respeito e paixão.
Aqui neste texto de Cantares, a amada expressa a ardente chama em seu peito pelo seu amado. Ela deseja seus beijos apaixonados, porque lhe são mais agradáveis do que alegria produzida pelo vinho.
Estar com ele era o seu grande momento. Ao seu lado provava o saber da felicidade. Por isso, a amada pede, “leve-me com você”. Desejando ir com ele por onde for, seguindo os seus passos em uma caminhada lado a lado.
Este “leve-me com você”, é desejo inerente ao humano em todos os tempos. Queremos encontrar aquele que nos oferecerá o lugar lado a lado na caminhada até o fim da jornada.
Afinal, fomos criados para amar e ser amado pelo Criador, entretanto, ao vivermos distante desta relação de amor com Ele, podemos almejar que o amor romântico tenha esse caráter de eterno.
Mas, por mais belo que seja uma história de amor, a morte lhe impõe um limite, um fim. Porém, a eternidade é realidade do Criador e, só no retorno de uma relação intima com Ele podemos saciar o nosso coração desta sede que carregamos no peito.
Ele nos ensina a reconhecer a força e a beleza do amor romântico ao permitir que uma história de amor seja contada em sua carta de amor por nós, a bíblia.
Contudo, nenhuma paixão humana pode levar o coração a saciar a sua sede de eternidade, essa, só é satisfeita na presença daquEle que o criou.
Roseli de Araújo
Referência:
1.    Comentário Bíblico de Moody

quarta-feira, outubro 30, 2019

O amor romântico – Um convite ao livro de Cantares

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/casal-coracao-forma-na-mesa-de-madeira-amor-romantico
-e-conceito-de-feriado-do-dia-dos-namorados_3726883.htm




Quem nunca suspirou numa platéia ao ouvir e ver uma história de amor?Quando contadas provocam um caldeirão de emoções, algumas nem explicadas.
Livros e filmes ao falar doamor entre uma mulher e um homem parecem fazer sucesso em qualquer tempo. Até mesmo nos tempos pós modernos, onde a poesia parece perder campo por causa da crise da falta de afetos. 
Parece ser um tema das mulheres, mas não é verdade! Os homens, também sonham com o amor romântico.
Esta história começa em Gênesis quando Deus cria uma alma gêmea para Adão, a partir da costela dele.
Ao vê-la, o primeiro homem criado expressa com palavras viscerais que ela é osso dos seus ossos, carne da sua carne1.
Nasce neste momento o primeiro casal. A partir deles se constitui a maior e mais importante instituição da terra, a família.
Em provérbios somos informados que a relação amorosa é caminho maravilhoso e misterioso2. E de todas as relações possíveis de viver, a única comparada com Cristo e sua igreja é a relação conjugal.O que nos aponta que amor eros3 são águas profundas.
Nesta série, já em suspiros, irei escrever o que vi sobre o amor romântico em Cantares.
Este livro narra em poemas à história de amor de Salomão e Sulamita, indicando-nos as possibilidades de alegria e dos caminhos de angústia que o amor romântico pode nos trazer, se não for vivido na perspectiva do Seu Criador.
Escrevo para todos - solteiros, casados, separados, divorciados e viúvos -, que suspiram (ainda que seja no secreto da alma) ao ouvir uma história de amor.
Aguardo você.
Roseli de Araújo
Escritora e psicóloga clínica
Referências:
1.    Gênesis 2:23;
2.    Provérbios 30:18,19;
3.    Amor Eros: Eros (em grego:"ἔρως" transliteração para o latim "érōs") é o amor apaixonado, com desejo e atração sensual. Amor romântico.

quarta-feira, outubro 23, 2019

As consequências do orgulho na vida da igreja – O convite de Jesus aos seres humanos



     
imagem do blog maisgospel




“Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em meu trono, assim como eu também venci e sentei-me com meu Pai em seu trono.
Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Apocalipse 3:22,22
                                                                                  



É intrigante o final desta carta.
Jesus nos fala que venceu e sentou no trono do Pai, e aquele que vencer como Ele terá o direito de sentar-se com Ele em seu trono.
Diante deste texto duas perguntas surgem:
A primeira: O que Jesus teve que vencer para sentar no trono do seu Pai?
A segunda: O que os laodicenses precisavam para se tornarem vencedores e se sentar no trono com Jesus?
Jesus no getsêmani nos aponta a resposta. Ele estava para ser entregue e assim cumprir seu propósito no mundo, o de buscar e salvar o perdido1.
E do que os homens estavam perdidos para Jesus? Eles estavam perdidos em seus pecados. Na bíblia, pecado não é apenas comportamentos que julgamos não adequados.
No original, a palavra pecado significa “errar o alvo”. E foi o que ocorreu com Adão, o representante da raça humana, ao escolher ser igual a Deus.
Sua decisão de desobedecer fez com que a maldade dos muitos saberes adentrasse o mundo, que a natureza sofresse mudanças em sua estrutura, que a mulher tivesse dores ao dar a luz e o homem tivesse que se sustentar com o suor do seu rosto, tudo isso ocorreu porque o homem sai do lugar de filho desejando o lugar do Pai – ser como Ele. Sendo impossível que a criatura seja igual a seu criador, Adão, é punido com a morte física e espiritual – que é a distancia do Pai 2. Jesus, então vem para pagar o preço desta escolha de Adão que contaminou todos os seres humanos, e levá-los de volta para casa – para o projeto original de Deus.
No getsêmani, um pouco antes de ser preso e crucificado, em grande agonia orou ao Pai pedindo que passasse dele o cálice que estava para beber 3.  Ao terminar sua oração, Jesus se rende a vontade do Pai. Na cruz escutamos o seu grito: “Meu Deus, Meu Deus! Porque me abandonaste”4, nos revelando que teve que vencer como homem a maior tragédia que os homens atraíram para si – a distância do Pai.
E os laodicenses para se tornarem vencedores precisavam retornar urgente, a intimidade com o Senhor Jesus, pois só por meio dele temos acesso ao Pai.
Contudo, a autossuficiência deles, (a mesma que fez com que Adão desejasse ser igual a Deus), os levaram a crer que suas riquezas materiais eram tudo o que necessitavam. Mas, o que os seres humanos carecem é de se relacionar com Pai – O Deus criador, e foi isso que Jesus veio ensinar aos seres humanos.
É na obediência ao Pai que encontraremos a vida que vale a pena viver. Jesus nos mostrou que só rendido ao Pai podemos herdar mais do que riquezas nesta terra, podemos nos assentar no seu trono como Ele.
A vitória dos laodicenses era a de OUVIR a Jesus para serem nutridos por Ele (participar da ceia) e assim serem capazes de viver o projeto de Deus para suas vidas e não os seus projetos pessoais.
Porém, eles seguiam suas vidas satisfeitos com muito pouco perto do prometido a eles: o de reinar com Jesus. E por isso Jesus os vê tão miseráveis, afinal, seu projeto eram muito maior do aquele que eles se contentavam.
Entretanto, para sentar no trono com Jesus é necessário antes casa e ceia – intimidade. É na relação com Ele que vamos compreender o projeto de Deus para nossas vidas.
E Jesus termina a carta dizendo, “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”, nos deixando claro que a mensagem daquela carta é exortação para todos os que creem nele como Senhor e Salvador.
Por está razão, a minha oração é que eu e você, hoje, possamos ouvir o que o Espírito nos diz.

Roseli de Araújo
Escritora e Psicóloga clínica

Observação: Este é o último texto desta série. Espero que o Senhor tenha edificado sua vida.

1.    Lucas 19:10;
2.    Gênesis 1-3;
3.    Lucas 22:41-44;
4.    Mateus 27:46

quarta-feira, outubro 16, 2019

As consequências do orgulho na vida da Igreja – Temos tempo para ouvir Jesus?



foto do blog - aprendendo-a-ouvir-o-coracao-do-outro


Os laodicenses pensavam estar bem. Tinham certeza que eram abençoados por causa da excelente situação financeira e por viver em uma cidade próspera.
Porém, Jesus aponta que algo importante estava faltando ao afirmar que Ele estava à porta e batia. E se alguém o escutasse, entraria e cearia.
O problema deles consistia na relação superficial que mantinham com Jesus - o Senhor e Salvador, uma vez que chamados para participar da intimidade dEle, os deixavam do lado de fora de suas vidas.
 Jesus os adverte que se alguém entre eles ouvir e abrir a porta, Ele entra em suas vidas e participa da intimidade deles como também permite que eles participem da Sua.
Contudo, parece que os laodicenses distraídos com tanta coisa boa que acreditavam ter, corriam o risco de não ouvir o chamado de Jesus para a intimidade.
Será que vivemos tamanho risco? Temos em nossa vida tempo e espaço para termos intimidade com Jesus? Ou como os laodicenses, estamos distraídos com tantas coisas ao nosso redor?
Os laodicenses estavam surdos por causa da sua fartura, e nós? Seriam os nossos problemas, nosso casamento, nossos filhos, nossa casa, nossas vãs filosofias, nossos sonhos ou a nossa luta pela sobrevivência?
O convite de Jesus ecoou para eles e segue para nós até a sua vinda. Se ouvirmos a sua voz teremos oportunidade de casa e ceia – intimidade com Ele. Sem ouvi-la, não tenha dúvida, estaremos diante dEle -miseráveis, pobres, cegos e nus.

quarta-feira, outubro 02, 2019

As consequências do orgulho na vida da igreja – O que fazer para deixar o orgulho



‘Repreendo e disciplino aqueles que eu amo. Por isso, seja diligente e arrependa-se. Eis que estou a porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo’.Apocalipse 3:10-20


O amor de Jesus é diferente do amor dos seres humanos. Ele faz o necessário por aqueles que Ele ama. Se eles precisam de repreensão e disciplina, então, Jesus não se faz de rogado, repreende e disciplina.
Em nossos dias, as palavras de repreensão e a disciplina não são bem-vindas. Temos uma geração de pais que acreditam que não podem traumatizar seus filhos em nome do amor, e os poupam da repreensão - educação, tão necessária para a vida em sociedade. Então, o caos se instala. Sem disciplina os homens ficam perdidos, sem foco, sem direção.
E assim estavam os laodicenses. Eles tinham se perdido da verdadeira proposta do evangelho. Haviam deixado de olhar para Cristo por acreditarem estarem seguros em suas riquezas.
Jesus não os poupa. Ele os quer de volta. Ele deseja estar a mesa com os laodicenses. Contudo, para isso há uma condição, Laodicéia tinha que ser diligente e arrepender-se.
Para quem acreditava ter conquistado tudo, ter que ser diligente em alguma coisa talvez não fizesse muito sentido. Entretanto, o contexto nos esclarece o que Jesus quer dizer com diligencia. Ele diz: ‘Eis que estou a porta e bato, se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo’.
Jesus não diz se alguém ouvir a batida da porta, mas ‘se ouvir a minha voz’. Fica claro que na medida em que os laodicenses foram alimentando a autossuficiência, foram perdendo a capacidade de ouvi-lo.
Que coisa terrível. Que cena estranha. O Senhor do universo não sendo ouvido por aqueles que Ele deu a sua vida.

Entretanto, Ele segue fiel em seu amor. Ele os fere em sua vaidade ao dizer que eles são miseráveis, pobres, cegos e nus. Porém, Ele bate à porta. Ele deseja sentar novamente a mesa com os laodicenses e cear com eles.
A condição para os laodicenses é de voltar os olhos para a Palavra e arrepender-se. Sem ouvir a Palavra não há como o arrependimento brotar, mas no ouvir a Palavra, a fé vem2. Qual era fé que eles precisavam resgatar?
A fé que só em Cristo reside toda riqueza e toda plenitude. Só em Jesus podemos todas as coisas3. E sem Ele a igreja é miserável, pobre, cega e nua.

Referência:
1. Proverbios 27:6a
2. Romanos 10:17
3. João 15:3

quarta-feira, setembro 25, 2019

As consequências do orgulho na vida da igreja – O terceiro conselho de Jesus para nos livrar da autossuficiência



         ‘Compre de mim colírio para ungir os seus olhos e poder enxergar’1, é o terceiro e último conselho de Jesus para a igreja que vivia em Laodicéia, e tão difícil de compreender quanto o primeiro e o segundo.
A cidade era famosa pela medicina oftalmológica por causa da descoberta de um colírio, contudo, os membros desta igreja tinham uma cegueira que só o colírio de Jesus poderia resolver.
É mesmo impressionante a diferença dos olhares.
As visões que tinham sobre si mesmo em nada se assemelhavam a descrição feita por Jesus. Retratados por Ele como miseráveis, pobres, cegos e nus, se viam ricos e sem nenhuma necessidade.
         Para Jesus, o que eles precisavam enxergar?
O texto nos dá a resposta: A autossuficiência que dominava seus corações.
Diz o escritor de Gênesis2 que Adão foi criado à imagem e semelhança de Deus, e colocado no Jardim do Éden para reger, a partir dele toda a terra. Dos muitos atributos que recebeu de Deus, dentre eles, Adão recebeu a capacidade de exercer a sua vontade – fazer escolhas.  Para que pudesse exercê-la em toda sua plenitude, a única coisa exigida de Adão foi não comer do fruto do conhecimento do bem e do mal, o qual lhe foi avisado que se dele comesse, morreria2.
         Ao dar essa ordem à Adão, Deus o coloca na possibilidade de exercer sua vontade na relação com Ele através da confiança em sua Palavra.
         É importante ressaltar que pela sua Palavra Deus criou o universo3 e por sua Palavra Deus sustenta todas as coisas3. Logo, a relação entre Ele e Adão também tinha como estrutura, fundamento e ambiente, a sua Palavra.
         Entretanto, ao ser apresentado à Adão outra palavra - a palavra da serpente - Adão se encanta com o fruto do conhecimento do bem e do mal, e também com a possibilidade de ser igual a Deus. Todavia, ao concordar com a serpente e comer do fruto, Adão despreza a Palavra dada por Deus.
 Assim estava a igreja de Laodicéia. Encantada com sua riqueza e a segurança que julgavam que ela proporcionava, desprezava a Palavra de Deus – O Verbo – Jesus. Ele mesmo é quem nos informa que está do lado de fora da igreja e não dentro.
Ao deixar de ver o pecado da autossuficiência, passaram a alimentar em suas vidas a confiança nas riquezas, e estavam perdendo a oportunidade de desfrutar da maior riqueza dada à igreja, ‘Cristo neles, a esperança da glória’4.
Contudo, Jesus insiste para que percebam o que estão fazendo. Ele diz: Repreendo e disciplino aqueles que amo. Por isso, seja diligente e arrependa-se5.
Creio que o desafio de Jesus na igreja de Laodicéia é estendido a todos que se denominam cristão hoje. Devemos nos arrepender da confiança que temos depositado no dinheiro, bens, títulos, conhecimentos, beleza, pessoas – marido, filhos, pais, irmãos, amigos, etc. A Palavra é o instrumento de Deus para sustentar todas as coisas. Ela é o único fundamento da vida cristã e só nela podemos colocar a nossa confiança.
Roseli de Araújo
Escritora e psicóloga clínica
Referencia:
1.   Apocalipse 3:18 (NVI);
2.   Gênesis 1,2,3;
3.   Hebreus 1:3;
4.   Colossenses 1:27;
5.   Apocalipse 3:19

quarta-feira, setembro 18, 2019

As consequências do orgulho na vida da igreja – O segundo conselho de Jesus para nos livrar da arrogância




         O segundo conselho que Jesus dá à igreja de Laodicéia é em relação as suas vestimentas. Ele diz ‘comprem de mim vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifestada a vergonha da tua nudez1.
         Este conselho deve ter soado tão estranho aos laodicenses quanto o primeiro. Afinal, ricos e donos do polo industrial da lã famosa da época,deviam vestir as melhores marcas e serem reconhecidos por sua classe social ao saírem com suas belas roupas.
         Contudo, novamente a ordem é: Comprem de mim - Jesus - vestes brancas.
         Na bíblia, vestes brancas apontam para a santidade.
E a santidade nasce da consciência de que sem Jesus podemos nos apresentar bem aos homens, causar uma boa impressão por causa do status social revelado no valor de nossas belas roupas, porém, na presença de Deus estamos nus.
De acordo com a Palavra de Deus, ‘não foi mediante coisas corruptíveis, como prata e ouro, que fomos resgatados do nosso fútil procedimento que nossos pais nos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo2’.
Pedro nos informa que ao crermos em Cristo e confessarmos Ele como Senhor e Salvador, fomos resgatados para uma outra dimensão de vida.
No evangelho de João 15, Jesus nos dá uma pista de qual vida agora fomos chamados para viver, ao nos informar que fomos enxertados nEle. Logo, se estamos em Cristo, vamos produzir de suas características. Sendo Ele santo, santo seremos. Contudo, também nos informa que para produzir suas características, necessitamos de permanecer nEle.
Preste atenção. A igreja de Laodicéia sabia disso, entretanto, em sua jornada na vida cristã, deixou de permanecer em Cristo ao perder Jesus como referência. Agora, apoiados em suas riquezas, se esqueceram que a única veste a qual podiam se apresentar diante de Deus era com as vestes de Jesus. Se esqueceram também que essas vestes só são possíveis de serem possuídas por causa do sangue derramado na cruz por Ele.
É por meio de Jesus que podemos nos apresentar. Ele é quem satisfez a plena vontade do Pai. Só Ele tem vestidura branca – santidade. Ele é o único mediador entre nós e Deus Pai e apenas através dEle somos recebidos por Deus.
Ao perder a consciência de qual era o critério de Deus para se apresentar a Ele, os laodicenses deixaram de reconhecer a graça de Deus doada - a eles - por meio de Cristo, passando a viver como se tivessem algo para apresentar a Deus.  Então, ficaram nus diante de Deus Pai, pois a única roupa exigida é a santidade. Por essa razão, Jesus os informa que devem comprar dEle para que não seja manifesta a vergonha da sua nudez 3.
Ao utilizar o termo comprar, Jesus fala a única linguagem que os laodicenses poderiam compreender naquele momento, uma vez que seus corações estavam tomados pelo sofisma de que ter é mais do que ser. Todavia, as vestes brancas já foram compradas pelo seu precioso sangue.
O que eles precisavam era reconhecer a nudez que estavam quando o deixaram do lado de fora.
Toda igreja de Cristo sempre é chamada para reconhecer que só nEle podemos viver a vida cristã a qual fomos chamados, nos apresentando com a dignidade dEle diante do Pai.
Roseli de Araújo
Escritora e Psicóloga clínica
Referência;
1.   Apocalipse 3:18;
2.   Primeira Pedra 1:18,19


terça-feira, setembro 10, 2019

As consequências do orgulho na vida da igreja – O primeiro conselho de Jesus para nos livrar da arrogância



A autossuficiência de Laodicéia e a confiança em suas riquezas fizeram com que perdessem a visão correta de si mesma. ‘Nada precisavam’1, pensavam. Contudo, Jesus estava ‘ a bater na porta’2, do lado de fora da igreja.
Tal era a sua arrogância que não foram capazes de perceber que embora estivessem reunidos em seu nome, Jesus não estava dentro dela – entre eles.
            Jesus então dá três conselhos:
O primeiro, ‘compre de mim ouro refinado no fogo, e você se tornará rico3.
          Os laodicenses tinham um grande poder de compra. Viviam em uma cidade que era rota comercial. Os produtos vinham de longe. Além de serem os produtores da lã mais cara da época, estavam sempre diante de novos produtos.
            A despensa deles era farta do necessário e seus guarda-roupas e armários das novidades da época.
Sabemos que comprar é algo pró-ativo. Demanda tempo, conhecimento do produto, pesquisa de preço e pensar na melhor estratégia de pagamento. E a compra para suprir a necessidade precisa ser feita com um bom planejamento, o que eles seguramente faziam bem.

Para não terem falta de nada e ainda estarem abastados, possuíam também uma poupança gorda e aplicações em vários outros rendimentos. Se vivessem em nossos tempos tinham investimentos em ações, no tesouro direito, LCI e LCA, CDB e outros.

E Jesus os chama para continuar fazendo o que eles sabem fazer bem, comprar. Todavia, comprar dEle. Para atraí-los Jesus apresenta seu ouro refinado pelo fogo.
O fogo é quem tira a presença de outras substâncias e impurezas, logo, vale mais, muito mais do o ouro que estavam comprando.
 O que Jesus está dizendo em outras palavras, é que eles pensavam estar fazendo boas compras, bons investimentos, contudo, o ouro deles os contaminava ao produzir a crença de terem tudo enquanto Jesus estava do lado de fora.
Os membros da igreja de Laodiceia tão entretidos estavam com o quanto – suas riquezas, que deixaram o quem – o Senhor Jesus, assumindo a crença que ter é mais importante do que ser (como podem ver o que vivemos hoje é um velho sofisma).
Jesus os orienta a comprar da fonte certa: Comprar dEle. A fonte na qual eles compravam não era suficiente para produzir neles a vida abundante que acreditavam ter.
Os membros da igreja de Laodicéia se tornaram aos olhos de Jesus miseráveis. Não o miserável que provoca compaixão nEle, mas o miserável que provoca mal-estar.
E assim ocorre comigo e com você todas as vezes que medimos nossa vida pelo quanto - nossas riquezas: família, títulos, bens, ao invés do quem - O Senhor Jesus, sua presença em nós.
            Até semana que vem e veremos o segundo conselho.
Roseli de Araújo
Escritora e psicóloga clínica
Referência
1.    Biblia NVI. Apocalipse 3:17
2.    Bíblia NVI. Apocalipse3:20




quarta-feira, setembro 04, 2019

As consequências do orgulho na vida da igreja – O perigo da queda da temperatura espiritual



Somos chamados para sermos fervorosos de espírito1, entretanto, ao nos tornamos autossuficientes como os laodicenses a nossa temperatura espiritual cai, e ficamos mornos aos olhos de Jesus.
O que tornou os membros da igreja de Laodicéia mornos foi o fato deles se julgarem “honrados” e abençoados, ao ponto de não precisarem mais de coisa alguma. Entretanto, Jesus não se impressiona com o que eles pensam sobre eles mesmos e muito menos com o que acreditam possuir.
O que fica evidente, é o fato deles conseguirem transformar a benção recebida em algo que provocava mal-estar em Jesus ao ponto dEle os chamar de miseráveis, pobres, cegos e nus.
Certa vez em um shopping com uma amiga querida que perdeu seus filhos para uma doença grave, encontramos com uma irmã de igreja cuja filha havia tido a mesma doença, todavia, estava conseguindo vencer.  Entusiasmada a irmã começou a contar da sua filha, da vitória que o Senhor dava a ela, honrando-a, não permitindo que sua filha morresse. Ela sabia da história da minha amiga e na sua euforia não foi capaz de sequer considerar que suas palavras sugeriam que minha amiga havia sido desonrada por Deus.
 Achei sua atitude uma falta de respeito com a história de dor da minha amiga, contudo, minha amiga mais crente do que eu, disse: “Já estou acostumada com as pessoas que pensam assim”.  Confesso que não engoli aquela atitude e achei um absurdo que alguém que havia passado o medo de perder uma filha não fosse sensível o suficiente para considerar a dor do outro que perdeu.
Sentindo-se abençoada, se tornou como os laodicenses. Sua benção revelou sua autossuficiência. E ao invés de se tornar mais misericordiosa, ficou orgulhosa pelo que havia recebido ao ponto de acreditar que Deus a honrou por receber de Deus alguma resposta de oração.
Não duvide. Autossuficiência é pecado sutil, capaz de tirar de nós o olhar de Jesus diante do sofrimento do outro.
O grande desafio de Jesus era levar a igreja de Laodicéia a compreender que sua riqueza não estava no que havia recebido de Deus, e sim no que ela fazia de bom com que recebera em favor dos outros.
Laodicéia se tornara morna ao usar o que tinha para si mesma, negando assim o propósito para o qual foi chamada. Ao deixar de levar água fria - refrigério e água quente - cura ao próximo, se tornaram miseráveis, pobres, cegos e nus na presença de Jesus, ainda que se sentissem ou cressem que eram honrados, ao ponto de nada lhes faltar.
É lamentável que as pessoas chamadas para tornar o mundo melhor se tornem mornas – sem nenhuma ação de bondade.
Que Ele nos livre do pecado de Laodicéia.

Roseli de Araújo
Escritora e psicóloga clínica

Referência:
1.               Romanos 12:11,


quarta-feira, agosto 28, 2019

As consequências do orgulho na vida da igreja - Frio? Quente? Mornos? Apocalipse 3:14-22




Quando Jesus diz para os membros da igreja de Laodicéia que conheciam suas obras mornas e lamentou eles não serem nem frio e nem quente, compreenderam bem suas palavras.
Fundada no ano de 250 A. C., a próspera cidade de Laodicéia situada na Ásia Menor não possuía abastecimento próprio de água. Eles captavam as águas frias das montanhas de Colossos e as termais de Hierápolis, portanto, quando as águas chegavam em Laodicéia estavam mornas.1
                Fria e quente era apontamento para algo positivo. Águas frias de Colossos eram refrescantes e as quentes de Hierápolis, curativas. No contexto, parece que a sugestão era que a igreja não produzia nenhum dos benefícios dessas águas.
O que fazia os laodicenses não produzirem nada que fosse positivo era a crença de suas riquezas serem suficientes para toda manutenção de suas vidas. Apoiando-se no que possuíam ao invés do no quem (Jesus), eles haviam esquecido das suas palavras. Isto produziu um mal-estar em Jesus ao ponto de afirmar no início da carta que estava prestes à de vomitá-los. Cabe salientar, ter sido a autossuficiência e não suas riquezas o cerne do problema dos laodicenses. E sem dúvida, este é o maior perigo que corre os seguidores de Cristo.
A autossuficiência os encastelaram – enclausuraram dentro das quatros paredes do sofisma que suas riquezas eram suficientes. Tão fechados estavam nessa crença, que não ouviam o bater insistente de Jesus.  Voltados para eles mesmos, passaram a enxergar apenas a condição que tinham.
Se alimentada, a autossuficiência, por qual motivo for - talentos, recursos, números financeiros ou de membros – a igreja de Cristo passa a viver de forma morna a vida fervorosa que em Cristo3 foram chamados a viver.
Porém, Jesus havia dito aos discípulos que sem Ele nada poderiam fazer2, e uma vez enxertados nele, a videira verdadeira, eles, seus ramos, produziriam os seus frutos – afinal, estariam alimentados por sua seiva – natureza - DNA.
Contudo, cegos pela autossuficiência os laodicenses acreditaram que davam conta da vida sem Jesus. Todavia, a história nos relata que a única coisa que os laodicenses fizeram com sua autossuficiência foi acumular suas riquezas para si.
Eles ficaram tão pobres de Jesus que perderam a maior capacidade Dele: A de servir os seres humanos. Deixando de enxergar os outros, tornaram-se incapazes de abençoar como Ele abençoou.
Entretanto, ao final da carta, Jesus disse que estava a bater na porta da igreja de Laodicéia. Seu mal-estar não o levou a desistir deles, antes, a insistir que prestassem atenção no que estavam crendo.
Que o mesmo aconteça com as nossas vidas, se a autossuficiência quiser dominar nosso coração. Que Ele insista. Que você e eu, possamos ouvir o seu bater na porta.
Roseli de Araújo
Escritora e psicóloga clínica
 Referência:
2. Evangelho de João 15:5;         
3. Romanos 12:11.