quinta-feira, fevereiro 25, 2016

Pedras do caminho

Poema escrito no dia 04/05/2010, quando minha mãe corria risco de amputar a perna.

Ah... Essa roda do tempo que não para nunca e que acolhe as pedras que brotam do nada e do tudo.
Pedras que roubam o chão onde piso.

Pedras que quebram e deixam um vazio pra sempre,
Pedras que não podem ser mais lapidadas, e, jamais, nem o mais hábil escultor dará forma.

Ah... O meu coração estremece diante da roda do tempo que não para nunca e que acolhe as pedras que brotam do nada e do tudo.

Tenho medo das pedras...
Das que me machucam os olhos até que eu veja a dor de ser tão frágil, tão pó.
Das que roubam passos, sorrisos e sonhos.

E assim eu sigo...

Ah... Essa roda do tempo que não para nunca e que acolhe as pedras que brotam do nada e do tudo.

Pedras que me dizem que a vida pode ser tão dura... E que aperta o peito.
 Então meu grito por um momento faz calar minha dor: O que se pode fazer com a Pedra que não podemos remover do caminho?
Pedras que me movem na sensação, de não ser nada frente ao absurdo de acreditar que, o que tenho é meu.
Pedras lançadas a sorte? Eis as Pedras... É dor frente ao medo de dar conta do olhar que se distancia pro futuro, perguntando cadê o membro que se perdeu? Cadê o membro que já não é meu.

Ah... Essa roda do tempo que não para nunca e que acolhe as pedras que brotam do nada e do tudo.

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